Polícia prende 3º suspeito de participar do assassinato de professora em SP; outro homem está foragido e é procurado

Fernanda Bonin foi achada morta com sinais de estrangulamento em abril. Ex-esposa e dois homens estão presos. Para polícia, mulher é a mandante do crime e contratou executores. Rosemberg Joaquim de Santana, preso por suspeita de envolvimento na morte da professora Fernanda Bonin
Divulgação
A Polícia Militar (PM) prendeu na manhã deste domingo (11) o terceiro suspeito de participar do assassinato da professora Fernanda Bonin, em abril, em São Paulo. Outro homem está foragido e é procurado pelas autoridades. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
"Policiais militares prenderam um homem de 54 anos apontado como um dos envolvidos na morte de uma professora no final de abril", informa trecho da nota da pasta da Segurança, que afirma que o caso segue em investigação."
Rosemberg Joaquim de Santana foi preso numa residência onde estava escondido na Zona Sul. Além dele, já estavam presos Fernanda Fazio, ex-esposa da vítima, e João Paulo Bourwuin. Ivo Resende dos Santos ainda não foi preso.
A professora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi achada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos
TV Globo/Reprodução
Além dos quatro suspeitos, uma mulher que aparece em um vídeo saindo do carro da vítima é investigada pela Polícia Civil. A identidade dela não foi divulgada. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu a sua prisão, mas a Justiça ainda não se pronunciou a respeito.
De acordo com a investigação, a ex-mulher é a mandante do crime, que teria sido motivado por ciúmes. Segundo o DHPP, ela contratou os dois homens para executarem a professora. A morte da vítima passou a ser investigada como feminicídio, que é o assassinato de uma mulher pela sua condição de gênero.
Apontada como mandante do crime, ex-mulher de professora morta é presa
Desde o dia do desaparecimento da professora, em 27 de abril, o caso teve uma série de desdobramentos. Abaixo, confira os acontecimentos em ordem cronológica:
? 27 de abril → desaparecimento
Câmeras de segurança do prédio onde Fernanda Bonin morava registraram pela última vez a professora saindo com o veículo na noite do dia 27 de abril, por volta das 18h50. O carro consta como “não recuperado” no registro policial.
As câmeras do prédio registraram ela no elevador do prédio. Em seguida, aparece o carro dela, um Hyundai Tucson prata, deixando a garagem e saindo do condomínio.
De acordo com o primeiro depoimento de Fernanda Fazio, Fernanda Bonin havia deixado o apartamento para socorrê-la na Zona Oeste da cidade. A suspeita contou na polícia que ligou para a professora pedindo ajuda porque seu automóvel estava parado com problemas mecânicos na Avenida Jaguaré.
Inicialmente, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) suspeitou se tratar de um latrocínio — roubo seguido de morte. O celular e o carro da vítima sumiram.
? 28 de abril → corpo encontrado
Na manhã de 28 de abril, a professora foi encontrada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos. A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia anônima.
Fernanda estava deitada de costas, com um cadarço enrolado em seu pescoço, com marcas de estrangulamento.
? 30 de abril → caso investigado como homicídio
No dia 30 de abril, a Polícia Civil passou a investigar o caso como homicídio. As autoridades suspeitavam que a professora poderia ter sido morta por um ladrão ou por alguém que quis assassiná-la por um motivo que era desconhecido até então.
? 2 de maio → ex-mulher presta depoimento
No dia 2 de maio, Fernanda Fazio, ex-companheira da professora, prestou um depoimento à Polícia Civil que durou cerca de 2 horas. Ela começou o depoimento relatando como se encontraria com a ex-companheira no dia em que ela foi morta.
? 6 de maio → vídeo mostra casal abandonando carro
Em 6 de maio, a TV Globo teve acesso a imagens de uma câmera de segurança que registrou o momento em que um casal abandona o carro da professora Fernanda Bonin perto do Autódromo de Interlagos na mesma data em que ela desapareceu.
Nas imagens, é possível ver que a dupla sai do carro, fica alguns segundos parada, olha para os lados e começa a se distanciar do veículo.
No mesmo dia, foi divulgada a informação de que o DHPP pediu à Justiça a prisão temporária de uma das pessoas flagradas abandonando o carro da professora.
O pedido foi feito porque investigadores encontraram e reconheceram uma impressão digital que estava no veículo da vítima.
? 7 de maio → prisão de suspeito
No dia 7 de maio, a Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de uma das pessoas que foram flagradas abandonando o carro da professora.
No mesmo dia, a polícia prendeu o homem suspeito de abandonar o veículo. Segundo a TV Globo apurou, o suspeito confirmou em depoimento ter deixado o veículo no local e negou ter participação no assassinato.
? 9 de maio → polícia conclui que ex-mulher foi mandante
Em 9 de maio, a polícia concluiu que a morte da professora Fernanda Bonin foi encomendada por Fernanda Fazio, ex-companheira dela, motivada por ciúmes.
Os investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa pediram à Justiça a prisão de Fazio. A defesa dela não foi encontrada pela reportagem.
Também foi pedida a prisão de outras duas pessoas, consideradas executoras do crime.
? 9 de maio → prisão da ex-mulher
Ainda nesta sexta (9), Fernanda Fazio se apresentou à polícia e foi presa.
O caso, que inicialmente era apurado como latrocínio (roubo seguido de morte), passou a ser investigado como feminicídio.
Ao todo, cinco pessoas são consideradas suspeitas de participação no crime:
Fernanda Fazio (presa temporariamente): ex-mulher da vítima, apontada como mandante;
João Paulo Bourwuin (preso temporariamente): detido em 7 de maio, o suspeito aparece dirigindo o carro da professora no dia do crime;
Rosemberg Joaquim de Santana (preso temporariamente): suspeito de matar a vítima;
Ivo Resende dos Santos (procurado): suspeito de matar a vítima;
Mulher que aparece em vídeo abandonando carro da vítima: polícia pediu a prisão, mas Justiça ainda não se pronunciou. A identidade dela não foi divulgada.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as "diligências prosseguem para concluir o caso".
Carro da professora Fernanda Bonin que foi encontrado na Zona Sul de SP
TV Globo
Como foi o crime
Câmeras de segurança mostram que a professora saiu sozinha de carro do prédio onde morava na Zona Oeste.
As imagens das câmeras do prédio onde Fernanda residia mostram ela no elevador por volta das 18h50. Em seguida, o carro dela, um Hyundai Tucson prata, aparece deixando a garagem e saindo do condomínio. Depois disso, não foi mais vista.
O corpo foi encontrado com uma corda no pescoço. Peritos da Polícia Técnico-Científica trabalham com a hipótese de que ela pode ter sido asfixiada.
Câmeras de segurança gravaram Fernanda Bonin no elevador do prédio e saindo sozinha de carro em São Paulo
Reprodução
Divulgação
A Polícia Militar (PM) prendeu na manhã deste domingo (11) o terceiro suspeito de participar do assassinato da professora Fernanda Bonin, em abril, em São Paulo. Outro homem está foragido e é procurado pelas autoridades. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
"Policiais militares prenderam um homem de 54 anos apontado como um dos envolvidos na morte de uma professora no final de abril", informa trecho da nota da pasta da Segurança, que afirma que o caso segue em investigação."
Rosemberg Joaquim de Santana foi preso numa residência onde estava escondido na Zona Sul. Além dele, já estavam presos Fernanda Fazio, ex-esposa da vítima, e João Paulo Bourwuin. Ivo Resende dos Santos ainda não foi preso.
A professora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi achada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos
TV Globo/Reprodução
Além dos quatro suspeitos, uma mulher que aparece em um vídeo saindo do carro da vítima é investigada pela Polícia Civil. A identidade dela não foi divulgada. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pediu a sua prisão, mas a Justiça ainda não se pronunciou a respeito.
De acordo com a investigação, a ex-mulher é a mandante do crime, que teria sido motivado por ciúmes. Segundo o DHPP, ela contratou os dois homens para executarem a professora. A morte da vítima passou a ser investigada como feminicídio, que é o assassinato de uma mulher pela sua condição de gênero.
Apontada como mandante do crime, ex-mulher de professora morta é presa
Desde o dia do desaparecimento da professora, em 27 de abril, o caso teve uma série de desdobramentos. Abaixo, confira os acontecimentos em ordem cronológica:
? 27 de abril → desaparecimento
Câmeras de segurança do prédio onde Fernanda Bonin morava registraram pela última vez a professora saindo com o veículo na noite do dia 27 de abril, por volta das 18h50. O carro consta como “não recuperado” no registro policial.
As câmeras do prédio registraram ela no elevador do prédio. Em seguida, aparece o carro dela, um Hyundai Tucson prata, deixando a garagem e saindo do condomínio.
De acordo com o primeiro depoimento de Fernanda Fazio, Fernanda Bonin havia deixado o apartamento para socorrê-la na Zona Oeste da cidade. A suspeita contou na polícia que ligou para a professora pedindo ajuda porque seu automóvel estava parado com problemas mecânicos na Avenida Jaguaré.
Inicialmente, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) suspeitou se tratar de um latrocínio — roubo seguido de morte. O celular e o carro da vítima sumiram.
? 28 de abril → corpo encontrado
Na manhã de 28 de abril, a professora foi encontrada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos. A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia anônima.
Fernanda estava deitada de costas, com um cadarço enrolado em seu pescoço, com marcas de estrangulamento.
? 30 de abril → caso investigado como homicídio
No dia 30 de abril, a Polícia Civil passou a investigar o caso como homicídio. As autoridades suspeitavam que a professora poderia ter sido morta por um ladrão ou por alguém que quis assassiná-la por um motivo que era desconhecido até então.
? 2 de maio → ex-mulher presta depoimento
No dia 2 de maio, Fernanda Fazio, ex-companheira da professora, prestou um depoimento à Polícia Civil que durou cerca de 2 horas. Ela começou o depoimento relatando como se encontraria com a ex-companheira no dia em que ela foi morta.
? 6 de maio → vídeo mostra casal abandonando carro
Em 6 de maio, a TV Globo teve acesso a imagens de uma câmera de segurança que registrou o momento em que um casal abandona o carro da professora Fernanda Bonin perto do Autódromo de Interlagos na mesma data em que ela desapareceu.
Nas imagens, é possível ver que a dupla sai do carro, fica alguns segundos parada, olha para os lados e começa a se distanciar do veículo.
No mesmo dia, foi divulgada a informação de que o DHPP pediu à Justiça a prisão temporária de uma das pessoas flagradas abandonando o carro da professora.
O pedido foi feito porque investigadores encontraram e reconheceram uma impressão digital que estava no veículo da vítima.
? 7 de maio → prisão de suspeito
No dia 7 de maio, a Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de uma das pessoas que foram flagradas abandonando o carro da professora.
No mesmo dia, a polícia prendeu o homem suspeito de abandonar o veículo. Segundo a TV Globo apurou, o suspeito confirmou em depoimento ter deixado o veículo no local e negou ter participação no assassinato.
? 9 de maio → polícia conclui que ex-mulher foi mandante
Em 9 de maio, a polícia concluiu que a morte da professora Fernanda Bonin foi encomendada por Fernanda Fazio, ex-companheira dela, motivada por ciúmes.
Os investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa pediram à Justiça a prisão de Fazio. A defesa dela não foi encontrada pela reportagem.
Também foi pedida a prisão de outras duas pessoas, consideradas executoras do crime.
? 9 de maio → prisão da ex-mulher
Ainda nesta sexta (9), Fernanda Fazio se apresentou à polícia e foi presa.
O caso, que inicialmente era apurado como latrocínio (roubo seguido de morte), passou a ser investigado como feminicídio.
Ao todo, cinco pessoas são consideradas suspeitas de participação no crime:
Fernanda Fazio (presa temporariamente): ex-mulher da vítima, apontada como mandante;
João Paulo Bourwuin (preso temporariamente): detido em 7 de maio, o suspeito aparece dirigindo o carro da professora no dia do crime;
Rosemberg Joaquim de Santana (preso temporariamente): suspeito de matar a vítima;
Ivo Resende dos Santos (procurado): suspeito de matar a vítima;
Mulher que aparece em vídeo abandonando carro da vítima: polícia pediu a prisão, mas Justiça ainda não se pronunciou. A identidade dela não foi divulgada.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as "diligências prosseguem para concluir o caso".
Carro da professora Fernanda Bonin que foi encontrado na Zona Sul de SP
TV Globo
Como foi o crime
Câmeras de segurança mostram que a professora saiu sozinha de carro do prédio onde morava na Zona Oeste.
As imagens das câmeras do prédio onde Fernanda residia mostram ela no elevador por volta das 18h50. Em seguida, o carro dela, um Hyundai Tucson prata, aparece deixando a garagem e saindo do condomínio. Depois disso, não foi mais vista.
O corpo foi encontrado com uma corda no pescoço. Peritos da Polícia Técnico-Científica trabalham com a hipótese de que ela pode ter sido asfixiada.
Câmeras de segurança gravaram Fernanda Bonin no elevador do prédio e saindo sozinha de carro em São Paulo
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