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Crime nas alturas: drones invadem presídio de segurança máxima de MS com drogas, celulares e armas

Crime nas alturas: drones invadem presídio de segurança máxima de MS com drogas, celulares e armas
Além da penitenciária de segurança máxima, outros presídios também são alvos de criminosos que usam drones para lançar objetos ilegais. Em 2025, a polícia já apreendeu oito drones envolvidos nestas ações. Criminosos usam drone para arremessar drogas e objetos em presídios de MS
O uso de drones por criminosos em Mato Grosso do Sul tem se tornado recorrente e o equipamento virou aliado do crime para arremessar objetos em presídios do estado. Segundo a Polícia Militar, no primeiro semestre de 2025 foram feitas oito apreensões de drones em Campo Grande. Veja o vídeo acima.
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A quantidade representa mais da metade das apreensões feitas em todo o ano de 2024, quando 14 drones foram apreendidos pela polícia. Entre os itens transportados pelos drones estão drogas, celulares, bebidas e armas.
"São drones de nível A, bem reforçados para poder levantar vôo e arremessar não só drogas, mas bebidas, celulares, armas brancas. Então, tem que ser um drone de alta tecnologia. Nos celulares são colocadas espumas para que, na hora que forem soltos, não tenham impacto. O crime inventa maneiras de tentar burlar a lei mas, estamos sempre atuantes", ressalta o tenente-coronel Guilherme Lopes, do 9º Batalhão da Polícia Militar.
Ainda conforme a PM, os drones ficam escondidos no meio do mato ou em casas do entorno dos presídios.
A dinâmica criminosa, conforme os policiais, envolve duas pessoas: uma que opera o drone e a outra que atua como olheiro, para vigiar a movimentação da polícia. Além disso, pessoas de bairros afastados dos presídios e menores de idade são contratados para arremessar os objetos para dentro dos presídios.
O g1 entrou em contato com a Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e foi informado de que telas têm ajudado a combater a ação dos criminosos com drones. Leia a íntegra da nota mais abaixo.
Drones na Máxima
A vigilância dentro do presídio de Segurança Máxima, que tem mais de 2 mil presos, é de responsabilidade da Polícia Penal e, do lado externo, da Polícia Militar. O Comando do 9º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela região dessa penitenciária, informou que, constantemente, são feitas rondas para evitar que os criminosas consigam arremessar objetos com uso de drones.
Na semana passada, segundo a PM, os policiais impediram duas tentativas de quadrilhas de lançar objetos no pátio do presídio. Em uma das ocorrências, três homens e uma mulher foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, tráfico de drogas, favorecimento real - quando existe a facilitação para entrada de aparelhos de comunicação, rádio ou similar em presídios.
No outro caso, um homem que estaria armado foi baleado por policiais militares do Batalhão de Choque e morreu ao tentar lançar drogas e celulares dentro da cadeia usando um drone.
Medidas de segurança
O sistema prisional de Mato Grosso do Sul tem cerca de 23 mil detentos. Desse total, 35% respondem por tráfico de drogas.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinsap) cobra da Agência de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a implantação de medidas de segurança que impeçam que drogas, celulares e outros objetos sejam lançados para dentro dos presídios.
Entre as reivindicações do Sinsap estão mais efetivo, implantação de mais telas de proteção nos pátios e reforço da vigilância nas muralhas.
Nesta semana, conforme a Agepen, começa a 8ª fase da operação Mute, com o objetivo de combater a comunicação entre organizações criminosas dentro das unidades prisionais de todo o país, incluindo Mato Grosso do Sul.
A ação é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Durante a operação, policiais penais realizam revistas minuciosas em celas e pavilhões em busca de aparelhos celulares, frequentemente utilizados por criminosos para coordenar atividades ilícitas de dentro das prisões.
O que diz a Agepen
Em nota a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) disse que policiais agem em conjunto para tentar evitar que os criminosos arremessem drogas e outros itens com uso de drones. Leia a íntegra da nota abaixo:
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informa que, com a presença da Polícia Penal nas muralhas, os arremessos que eram manuais não estão ocorrendo mais e os criminosos estão usando drones para tentar arremessos de ilícitos.
Para coibir essa prática, unidades do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, como o Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (presídio de segurança máxima), estão passando por processo de telamento para que a pratica seja inibida. As penitenciárias Gameleira da Gameleira já são teladas e isso não ocorre.
Também existe um trabalho conjunto da Polícia Penal com a Polícia Militar para conseguir impedir que criminosos ajam utilizando drone, pois quando são avistados é informado a Polícia Militar que muitas vezes consegue fazer o acompanhamento e chegar até a quem está conduzindo esses drones. Também ocorrem interceptações realizadas pelos policiais penais, tanto de drones, como de ilícitos arremessados.
Além disso, a segurança é reforçada com sistema de vigilância por câmeras e vistorias regulares nas celas.
Criminosos usam drone para arremessar objetos em presídios de MS
Drone apreendido pela polícia e usado por criminosos para tentar arremessar drogas em presídio.
Polícia Penal/Reprodução
Drones carregam drogas, celulares, bebidas e outros objetos que são arremessados em presídios.
Divulgação/PM
Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

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