Justiça nega cremação do corpo de advogada que morreu em acidente de barco em Suape

Pedido foi feito pela família de Maria Eduarda Medeiros, de 38 anos, com base em declaração do IML. Na quarta (25), polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do médico que pilotava embarcação. Maria Eduarda Medeiros e Belinha, advogada e cadela de estimação que desapareceram no mar após acidente de barco na praia de Suape, no Grande Recife
Acervo pessoal
A Justiça negou permissão à família para cremar o corpo da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, que morreu num acidente de barco no sábado (21), na praia de Suape, no Grande Recife.
Além dela, estavam a bordo o noivo da vítima, o médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, e a cadela de estimação Belinha. Ele foi resgatado com vida enquanto o animal sumiu no mar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
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A decisão foi publicada na terça-feira (24), depois que o corpo da advogada foi encontrado a alguns quilômetros do local do naufrágio, na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. O velório foi realizado no mesmo dia, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, também na Região Metropolitana.
Na quarta-feira (25), um dia depois da cerimônia, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do médico e noivo de Maria Eduarda, que pilotava a embarcação.
O pedido de fazer a cremação foi feito pela família da vítima, com base na declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que atestou a causa da morte como "asfixia mecânica por afogamento".
Porém, na decisão, à qual o g1 teve acesso, a juíza Danielle Christine Silva Melo Burichel, que fazia o plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho, afirmou que o documento não substitui o laudo pericial tanatoscópico, que traz detalhes das análises da perícia e as conclusões técnicas sobre a causa da morte.
"A sua finalidade (do laudo pericial) transcende a mera atestação do óbito, sendo crucial para a formação da prova em eventuais investigações criminais ou cíveis, assegurando que a cremação não prejudicará tais apurações. A ausência do laudo pericial tanatoscópico nos autos impede a formação de convicção plena quanto à desnecessidade de preservação do corpo para fins investigativos, especialmente considerando a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte", disse a magistrada.
Além de negar a cremação, a juíza deu um prazo de cinco dias para que a família apresente o laudo pericial e solicitou ao IML e à 43ª Delegacia de Porto de Galinhas, responsável pelo inquérito, informações sobre o andamento das investigações, além da íntegra do documento.
O g1 tenta contato com a defesa da família de Maria Eduarda Medeiros para falar sobre a decisão. Também procurou a Polícia Civil para falar sobre a decisão judicial e o prazo para a conclusão do laudo, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Mãe de pet apaixonada pela família e pelo direito: quem era Maria Eduarda Medeiros
Busca e apreensão
Polícia faz busca na casa de médico que estava em lancha que naufragou em Suape
A Polícia Civil cumpriu, na quarta-feira (25), um mandado de busca e apreensão na casa do médico urologista Serafico Pereira Cabral Júnior. Ele pilotava a lancha que naufragou no sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife (veja vídeo acima).
Segundo relatos de Seráfico a testemunhas e autoridades, ele nadou por cerca de três horas até conseguir pedir socorro. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o material apreendido durante a operação. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e causas do naufrágio. O objetivo é esclarecer se houve falha humana, técnica ou condições adversas de navegação.
A TV Globo tentou contato com o médico Serafico Júnior, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O urologista tem 55 anos. No Instagram, ele se apresenta como especialista em litíase (formação de pedras em órgãos como os rins e vesícula) e no tratamento de aumento da próstata. Além disso, conforme o perfil, o médico é membro da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia (AUA, em inglês).
De acordo com Tássia Medeiros, prima da advogada, Serafico pratica modalidades aquáticas, como windsurfing, tem experiência em pilotar embarcações e já fez diversos passeios com a namorada em Muro Alto.
Segundo a família, os dois estavam juntos há aproximadamente seis meses e, pouco tempo depois, o médico deu um anel de compromisso à advogada. Tássia contou ao g1 que ele pediu Maria Eduarda em casamento no dia do acidente. A novidade foi anunciada à família em vídeo enviado por ela pouco antes do naufrágio.
Naufrágio em Suape
Corpo de advogada que sumiu no mar após acidente de lancha em Suape é encontrado
O acidente aconteceu na tarde do sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho (veja vídeo acima).
A Praia de Suape é a última orla marítima do Cabo de Santo Agostinho antes do Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca.
Segundo testemunhas, Maria Eduarda estava no barco com o namorado e a cadela quando a embarcação virou. A advogada e o animal de estimação ficaram perdidos no mar.
O médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, foi resgatado pelos bombeiros na costa e levado à UPA de Ipojuca, município vizinho ao Cabo.
De acordo com a prefeitura de Ipojuca, ele relatou às autoridades que nadou por três horas até à costa, onde conseguiu pedir ajuda.
O trabalho de buscas na região começou ainda na tarde do sábado (21).
As operações foram retomadas no domingo (22) e na segunda (23) e seguiam o dia inteiro, sendo suspensas no fim da tarde por causa da falta de visibilidade à noite.
De acordo com a Marinha, duas embarcações foram utilizadas nas buscas junto com o Corpo de Bombeiros, com base nas informações colhidas junto ao namorado da vítima. O trabalho também contou com apoio de helicópteros do GTA.
Atuaram o Corpo de Bombeiros, com o GTA, que fez sobrevoos no local, e uma equipe de comando operacional. A Marinha do Brasil também integrou a operação, utilizando uma moto aquática.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado na manhã da terça-feira (24), quarto dia de buscas.
Advogada Maria Eduarda Medeiros e Belinha, sua cadela de estimação
Acervo pessoal
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Acervo pessoal
A Justiça negou permissão à família para cremar o corpo da advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, que morreu num acidente de barco no sábado (21), na praia de Suape, no Grande Recife.
Além dela, estavam a bordo o noivo da vítima, o médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, e a cadela de estimação Belinha. Ele foi resgatado com vida enquanto o animal sumiu no mar. O caso é investigado pela Polícia Civil.
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A decisão foi publicada na terça-feira (24), depois que o corpo da advogada foi encontrado a alguns quilômetros do local do naufrágio, na praia de Calhetas, no Cabo de Santo Agostinho. O velório foi realizado no mesmo dia, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, também na Região Metropolitana.
Na quarta-feira (25), um dia depois da cerimônia, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do médico e noivo de Maria Eduarda, que pilotava a embarcação.
O pedido de fazer a cremação foi feito pela família da vítima, com base na declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que atestou a causa da morte como "asfixia mecânica por afogamento".
Porém, na decisão, à qual o g1 teve acesso, a juíza Danielle Christine Silva Melo Burichel, que fazia o plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho, afirmou que o documento não substitui o laudo pericial tanatoscópico, que traz detalhes das análises da perícia e as conclusões técnicas sobre a causa da morte.
"A sua finalidade (do laudo pericial) transcende a mera atestação do óbito, sendo crucial para a formação da prova em eventuais investigações criminais ou cíveis, assegurando que a cremação não prejudicará tais apurações. A ausência do laudo pericial tanatoscópico nos autos impede a formação de convicção plena quanto à desnecessidade de preservação do corpo para fins investigativos, especialmente considerando a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte", disse a magistrada.
Além de negar a cremação, a juíza deu um prazo de cinco dias para que a família apresente o laudo pericial e solicitou ao IML e à 43ª Delegacia de Porto de Galinhas, responsável pelo inquérito, informações sobre o andamento das investigações, além da íntegra do documento.
O g1 tenta contato com a defesa da família de Maria Eduarda Medeiros para falar sobre a decisão. Também procurou a Polícia Civil para falar sobre a decisão judicial e o prazo para a conclusão do laudo, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.
Mãe de pet apaixonada pela família e pelo direito: quem era Maria Eduarda Medeiros
Busca e apreensão
Polícia faz busca na casa de médico que estava em lancha que naufragou em Suape
A Polícia Civil cumpriu, na quarta-feira (25), um mandado de busca e apreensão na casa do médico urologista Serafico Pereira Cabral Júnior. Ele pilotava a lancha que naufragou no sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife (veja vídeo acima).
Segundo relatos de Seráfico a testemunhas e autoridades, ele nadou por cerca de três horas até conseguir pedir socorro. A Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o material apreendido durante a operação. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e causas do naufrágio. O objetivo é esclarecer se houve falha humana, técnica ou condições adversas de navegação.
A TV Globo tentou contato com o médico Serafico Júnior, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O urologista tem 55 anos. No Instagram, ele se apresenta como especialista em litíase (formação de pedras em órgãos como os rins e vesícula) e no tratamento de aumento da próstata. Além disso, conforme o perfil, o médico é membro da Sociedade Brasileira de Urologia e da Associação Americana de Urologia (AUA, em inglês).
De acordo com Tássia Medeiros, prima da advogada, Serafico pratica modalidades aquáticas, como windsurfing, tem experiência em pilotar embarcações e já fez diversos passeios com a namorada em Muro Alto.
Segundo a família, os dois estavam juntos há aproximadamente seis meses e, pouco tempo depois, o médico deu um anel de compromisso à advogada. Tássia contou ao g1 que ele pediu Maria Eduarda em casamento no dia do acidente. A novidade foi anunciada à família em vídeo enviado por ela pouco antes do naufrágio.
Naufrágio em Suape
Corpo de advogada que sumiu no mar após acidente de lancha em Suape é encontrado
O acidente aconteceu na tarde do sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho (veja vídeo acima).
A Praia de Suape é a última orla marítima do Cabo de Santo Agostinho antes do Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca.
Segundo testemunhas, Maria Eduarda estava no barco com o namorado e a cadela quando a embarcação virou. A advogada e o animal de estimação ficaram perdidos no mar.
O médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, foi resgatado pelos bombeiros na costa e levado à UPA de Ipojuca, município vizinho ao Cabo.
De acordo com a prefeitura de Ipojuca, ele relatou às autoridades que nadou por três horas até à costa, onde conseguiu pedir ajuda.
O trabalho de buscas na região começou ainda na tarde do sábado (21).
As operações foram retomadas no domingo (22) e na segunda (23) e seguiam o dia inteiro, sendo suspensas no fim da tarde por causa da falta de visibilidade à noite.
De acordo com a Marinha, duas embarcações foram utilizadas nas buscas junto com o Corpo de Bombeiros, com base nas informações colhidas junto ao namorado da vítima. O trabalho também contou com apoio de helicópteros do GTA.
Atuaram o Corpo de Bombeiros, com o GTA, que fez sobrevoos no local, e uma equipe de comando operacional. A Marinha do Brasil também integrou a operação, utilizando uma moto aquática.
A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado na manhã da terça-feira (24), quarto dia de buscas.
Advogada Maria Eduarda Medeiros e Belinha, sua cadela de estimação
Acervo pessoal
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