Atendente agredida com lata de cerveja em Manaus após informar falta de troco relata trauma: 'Estou abalada, dormindo à base de remédio'

O caso foi registrado por câmeras de segurança por volta das 5h10, em uma conveniência na comunidade Rio Piorini, no bairro Santa Etelvina, no sábado (3). Vídeo mostra homem jogando cerveja no rosto de atendente em conveniência de Manaus
A atendente Léia de Carvalho, que foi agredida com uma lata de cerveja no rosto por um cliente após informar a falta de troco, relatou que está muito abalada pelo ocorrido e que atualmente dorme à base de remédios. O caso foi registrado por câmeras de segurança por volta das 5h10, em uma loja de conveniência na comunidade Rio Piorini, Zona Norte de Manaus, no sábado (3). Veja o vídeo acima.
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Ao g1, a funcionária do posto relatou que o suspeito, identificado como José Alexandre, informou que sacaria R$ 50 de um caixa eletrônico no estabelecimento para pagar uma lata de cerveja. Ela alertou que não teria troco e, mesmo assim, o homem deixou o dinheiro em cima do balcão, foi ao freezer e pegou a cerveja.
Após consumir a bebida, ele retornou ao caixa xingando a vítima e pedindo o troco. Léia afirmou não ter dinheiro em espécie e insistiu para que o homem efetuasse o pagamento com cartão.
"Nesse momento ele começa a me agredir com palavras, grita, fala palavrões, me insulta e assim que ele termina de fazer o procedimento da máquina, ele joga a lata de cerveja no meu rosto sem motivo nenhum", explica Léia.
A Rede Amazônica entrou em contato com a defesa do homem e, em nota, José Alexandre disse apenas que "no tempo oportuno os fatos serão esclarecidos".
A profissional ressaltou que estava no ambiente de trabalho e que não merecia passar pela situação, considerada por ela como humilhante. O episódio de violência a deixou com traumas.
"Estou abalada psicologicamente, dormindo à base de remédios. Isso mexeu comigo, nunca tinha acontecido essa situação. No final ele fala que eu vou ver o que ele vai fazer comigo", completa a atendente.
A defesa da vítima informou que registrou um Boletim de Ocorrência (BO) contra José Alexandre e outro com a filha dele, que não estava no momento da agressão, mas teria ido ao local de trabalho de Léia horas depois para acusá-la de roubo. Além disso, ela estaria perseguindo a atendente nas redes sociais e perfis fakes estariam sendo usados para fazer ameaças contra a vida de Léia. Um pedido de medida protetiva deve ser solicitado.
"Ela imputa que a senhora Léia queria roubar o pai dela e não é o caso", diz o advogado Jorge Vicente.
Ao g1, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) informou que um Boletim de Ocorrência pelos crimes de lesão corporal dolosa e injúria foi registrado no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), e transferido para o 26° Distrito Integrado de Polícia (DIP), que ficará responsável por dar andamento às investigações. A PC-AM não informou se o homem é considerado foragido.
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Suspeito teria se irritado ao se sentir enganado pela atendente.
Reprodução/Redes Sociais
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