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Morre idosa internada após comer torta de frango de padaria em BH

Morre idosa internada após comer torta de frango de padaria em BH
Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, estava no CTI do Hospital MedSênior, na capital mineira, desde o último 22 de abril. Causas de possível intoxicação alimentar são investigadas pelas autoridades. Exames descartam botulismo em pacientes que comeram torta de frango
O Hospital MedSênior Pampulha, em Belo Horizonte, confirmou, nesta terça-feira (27), a morte de uma das três pessoas da mesma família que foram internadas em estado grave após o consumo da torta de frango de uma padaria da capital. As causas de uma possível intoxicação alimentar são investigadas pelas autoridades.
Profissionais de saúde que fizeram o atendimento dos pacientes suspeitaram de envenenamento, mas a polícia não confirmou se analisa esta possibilidade (leia mais abaixo).
Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, estava no Centro de Terapia Intensiva (CTI) desde 22 de abril deste ano. Em nota, a assessoria do MedSênior lamentou o falecimento da idosa.
"As investigações seguem em curso e informações adicionais devem ser fornecidas exclusivamente pelas autoridades competentes", informou o hospital.
Já a sobrinha dela, Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23 anos, e o namorado da jovem, José Vitor Carrilho Reis, de 24, continuam hospitalizados em Sete Lagoas, na Região Central do estado.
O estabelecimento que vendeu o salgado fica no bairro Serrano, na Região da Pampulha, e foi interditado pela Vigilância Sanitária em 23 de abril.
Inicialmente, em razão dos sintomas apresentados, os familiares tomaram, de forma preventiva, soro para botulismo, uma doença causada pela bactéria Clostridium botulinum.
A condição geralmente está associada à ingestão de alimentos mal conservados, afeta o sistema nervoso e pode ocasionar diversas complicações. No entanto, análises laboratoriais descartaram essa hipótese.
Os médicos dos hospitais onde os três foram atendidos também chegaram a levantar a chance de envenenamento por organofosforados e carbamatos, substâncias usadas em pesticidas.
Botulismo descartado
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em abril, foi realizada a coleta de amostras clínicas dos pacientes para análise da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial. Foram recolhidos, ainda, pedaços de alimentos como frango desfiado, milho verde, água e sobras presentes na fôrma da torta.
O material coletado foi encaminhado ao Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional para botulismo, em São Paulo. No dia 20 de maio, exames laboratoriais descartaram a presença de toxina botulínica nos organismos dos três familiares.
Também conforme a secretaria, outras possíveis causas de intoxicação alimentar com sintomas de neurointoxicação estão sendo investigadas.
Relembre o caso
A torta de frango foi comprada na noite do último 21 de abril, na Padaria Natália, no bairro Serrano, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Parentes das vítimas contaram à Polícia Militar que o casal Fernanda Isabella de Morais Nogueira e José Vitor Carrilho Reis esteve na casa da tia, Cleuza Maria de Jesus Dias, no mesmo dia. Além do salgado, eles também pegaram uma empada, e os três ingeriram os alimentos.
Na mesma hora, eles perceberam que a comida estava com um gosto ruim e azedo e levaram o resto de volta ao estabelecimento comercial. Os namorados voltaram para casa, na cidade de Sete Lagoas, e, na madrugada de 22 de abril, começaram a sentir um mal-estar.
As vítimas foram levadas para o Hospital Municipal Monsenhor Flávio Damato, sendo encaminhadas no mesmo instante para o Centro de Terapia Intensiva (CTI). Os dois foram entubados em estado grave.
Cleuza Maria, que mora na capital mineira, também passou mal e ficou desmaiada por cerca de 30 minutos, sendo reanimada pelo filho. Ela foi entubada ainda na ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para a UTI do Hospital MedSênior, na Região da Pampulha.
Familiares relataram aos policiais que a equipe médica suspeitava de envenenamento por alguma substância.
No dia 23 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde confirmou que foi notificada sobre três casos suspeitos de intoxicação "possivelmente associados ao consumo de alimento preparado e oferecido em estabelecimento comercial localizado no bairro Serrano, em Belo Horizonte".
A pasta informou que as equipes de Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária dos municípios de Sete Lagoas, onde o casal foi internado, e BH, onde a idosa foi hospitalizada, seguiam em processo de investigação do caso, que também é apurado pela Polícia Civil.
Padeiro procurou a polícia
Os policiais foram até a padaria e conversaram com os funcionários. Todos eles afirmaram que os salgados vendidos no local são feitos por um único padeiro e que as tortas foram fabricadas em 19 de abril, mas estavam congeladas para serem aquecidas sob demanda.
O proprietário do estabelecimento já havia relatado à Polícia Militar que contratou o trabalhador como freelancer e que ele trabalhou no local por apenas seis dias, sendo 20 de abril o último.
O comerciante disse não ter feito cadastro do colaborador e que não sabia dados básicos dele, como telefone e endereço, pois o homem era pago com dinheiro em espécie.
"Ele trabalhou dois dias com meu padeiro, que estava saindo. Eu estou perdido no que está acontecendo, não foi um produto feito por mim. Eu espero que eles melhorem e que isso tudo seja esclarecido, porque, querendo ou não, é o meu comércio e eu vivo disso", afirmou o dono da padaria, que preferiu não se identificar, à TV Globo.
Com a repercussão do caso, na tarde de 23 de abril, o padeiro se apresentou voluntariamente em uma delegacia da Polícia Civil, no bairro Alípio de Melo, na Região Noroeste de BH. Ele foi ouvido, negou que tenha cometido qualquer crime e foi liberado.
O estabelecimento fica bairro Serrano, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Reprodução/TV Globo
Estabelecimento fica bairro Serrano, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte.
Reprodução/TV Globo
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