Venezuelanos presos em El Salvador imploram por liberdade durante visita de aliado de Trump; VÍDEO

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Ex-parlamentar Matt Gaetz, que chegou a ser indicado pelo presidente dos EUA para ser procurador-geral, visitou ala do CECOT onde estão os deportados que o governo americano alega serem membros da gangue Tren de Aragua. Venezuelanos presos em El Salvador imploram por liberdade
Os venezuelanos deportados pelo governo Donald Trump para o Centro de Confinamento de Terroristas (CECOT), em El Salvador, aproveitaram uma filmagem no local para implorar por sua liberdade.
As imagens, feitas na sexta-feira passada (9), foram ao ar no canal de extrema direita One America News Network (OANN) nesta terça-feira (13) e mostram o ex-parlamentar dos EUA e aliado do presidente dos Estados Unidos Matt Gaetz visitando a ala em que os acusados de serem membros da gangue Tren de Aragua estão presos.
Em uma postagem na rede social X, Gaetz, que chegou a ser indicado por Trump para o cargo de procurador-geral, mas desistiu de assumir o cargo após críticas, se autodenominou “o primeiro jornalista americano dentro da Ala TDA do CECOT”.
No vídeo, os venezuelanos gritam palavras como "liberdade" e usam um sinal de mão para pedir ajuda.
Imigrantes presos fazem corrente humana para pedir por ajuda
Imigrantes que estão presos em um centro de detenção do Texas, nos Estados Unidos, foram flagrados formando uma corrente humana para escrever a palavra "SOS", em um pedido de socorro. As imagens, gravadas por um drone da agência Reuters, foram divulgadas na quarta-feira (30). Veja acima.
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Ao todo, 31 homens aparecem formando as letras em um pátio de terra. Segundo a Reuters, o drone sobrevoou o centro de detenção de imigrantes conhecido como Bluebonnet, na pequena cidade de Anson, no centro do Texas, em 28 de abril.
Neste mês, dezenas de venezuelanos detidos no local receberam notificações de autoridades de imigração os acusando de serem membros da gangue venezuelana Tren de Aragua. Com isso, passaram a estar sujeitos à deportação.
As famílias de sete detidos entrevistados pela Reuters disseram que eles não têm ligação com nenhuma organização criminosa.
Mesmo assim, no dia 18 de abril, eles foram colocados em um ônibus com destino ao Aeroporto Regional de Abilene, segundo a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e familiares. Eles seriam deportados, provavelmente para El Salvador.
Naquela noite, no entanto, a Suprema Corte dos EUA bloqueou temporariamente as deportações. O ônibus, então, precisou retornar ao centro de detenção.
Sem autorização do governo dos EUA para acessar a instalação, a Reuters sobrevoou o centro com um avião pequeno na semana passada e usou um drone no dia 28 de abril para obter imagens aéreas dos detentos.
As imagens mostram que alguns dos detentos usavam macacões vermelhos, o que indica que são classificados como de alto risco.
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Quem são os detentos
Imigrantes presos escrevem 'SOS' com o corpo em centro de detenção no Texas, nos EUA
REUTERS/Paul Ratje
A Reuters fotografou Diover Millan, de 24 anos, caminhando com outros quatro homens no pátio do centro. Outro venezuelano, Jeferson Escalona, de 19 anos, foi visto jogando futebol. Três outros detentos foram identificados após terem suas fotos mostradas às famílias.
Millan foi transferido para Bluebonnet em meados de abril, vindo de um centro de detenção na Geórgia, onde estava preso desde que foi detido por agentes de imigração em março, segundo um funcionário do governo.
A Reuters não encontrou antecedentes criminais para Millan, que trabalhava na construção civil. O funcionário afirmou que ele era um membro "documentado" do Tren de Aragua, mas não apresentou provas.
Segundo o mesmo funcionário, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) deteve Escalona em janeiro de 2025. À época, ele tentou fugir de uma abordagem policial em um carro, no Texas.
Escalona chegou a Bluebonnet depois de ter sido transferido de volta do centro de detenção de imigrantes na Baía de Guantánamo, em fevereiro. O funcionário do governo alegou que ele havia se identificado como membro do Tren de Aragua, mas também não apresentou provas.
Em entrevista por telefone, Escalona negou qualquer vínculo com o Tren de Aragua ou com outras gangues. Ele afirmou que era policial na Venezuela.
"Estão fazendo falsas acusações contra mim", disse. "Não pertenço a nenhuma gangue."
Escalona contou que já pediu para retornar voluntariamente à Venezuela, mas teve o pedido negado. "Temo pela minha vida aqui", afirmou. "Quero ir para a Venezuela."
Centenas de milhares de venezuelanos chegaram aos Estados Unidos nos últimos anos, fugindo do colapso econômico e de uma repressão autoritária sob o regime do presidente Nicolás Maduro.
Durante o governo do ex-presidente dos EUA Joe Biden, muitos receberam proteções humanitárias temporárias — medidas que o governo Trump agora tenta revogar.
Desespero
Detentos acenam para drone da Reuters de dentro de centro para imigrantes, no Texas, nos EUA
REUTERS/Paul Ratje
Desde a tentativa frustrada de deportação, os homens estão tensos, segundo familiares. A esposa de Millan afirmou que ele e outros venezuelanos estão se revezando para dormir. O objetivo é avisar os familiares caso agentes de imigração apareçam para levá-los.
Em um dos dias da semana passada, Millan disse à esposa que os detentos do dormitório se recusaram a sair para o pátio, com medo de serem colocados em outro ônibus rumo a El Salvador.
“Ele está desesperado”, disse a mulher. “Contou que, quando saiu para o campo, sentou e olhou para o céu, pedindo a Deus que o tirasse dali logo.”
Em uma videochamada recente, Millan contou à esposa que os detentos não têm recebido muita comida e que tenta dormir mais para não sentir fome. O relato foi confirmado por familiares de outros homens presos.
Um porta-voz da empresa Management and Training Corporation, responsável pelo centro de detenção, afirmou que “todos os detentos em Bluebonnet recebem refeições baseadas em um cardápio aprovado por um nutricionista certificado, garantindo a ingestão calórica diária recomendada”.
Em nota, o Departamento de Segurança Interna dos EUA declarou que “usa múltiplas estratégias para gerenciar a capacidade, mantendo a conformidade com os padrões federais e o compromisso com o tratamento humanitário”.
Situação delicada
Imigrantes presos foram vestidos de vermelho indicando alta periculosidade, no Texas, nos EUA
REUTERS/Daniel Cole
No dia 26 de abril, um funcionário da imigração visitou o dormitório de Escalona e respondeu a perguntas dos detentos, segundo uma gravação em áudio da visita obtida pela Reuters.
Os homens, falando todos ao mesmo tempo e em tom de desespero, queriam saber por que o governo tentava enviá-los a El Salvador e o que estava acontecendo com seus processos judiciais de imigração.
O funcionário explicou que os EUA tentaram deportá-los com base na Lei de Inimigos Estrangeiros, um processo separado das audiências normais de imigração.
“Se ele for removido sob a Lei de Inimigos Estrangeiros, então aquela data no tribunal deixa de existir. Ele nunca terá aquela audiência”, disse o funcionário, em inglês, a alguém que traduzia para os detentos.
Vários deles queriam entender como poderiam ser classificados como “inimigos estrangeiros” se não tinham antecedentes criminais nem envolvimento com gangues.
“Se não tenho antecedentes criminais nos três países em que vivi, como vão me mandar para El Salvador?”, questionou um dos detentos na gravação. A Reuters não conseguiu confirmar a identidade do homem.
O funcionário respondeu que não estava envolvido na coleta de informações de inteligência.
Vários dos detentos tiveram audiências judiciais na semana passada, e ativistas correram para encontrar advogados que pudessem representá-los.
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Naquela noite, no entanto, a Suprema Corte dos EUA bloqueou temporariamente as deportações. O ônibus, então, precisou retornar ao centro de detenção.
Sem autorização do governo dos EUA para acessar a instalação, a Reuters sobrevoou o centro com um avião pequeno na semana passada e usou um drone no dia 28 de abril para obter imagens aéreas dos detentos.
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A Reuters fotografou Diover Millan, de 24 anos, caminhando com outros quatro homens no pátio do centro. Outro venezuelano, Jeferson Escalona, de 19 anos, foi visto jogando futebol. Três outros detentos foram identificados após terem suas fotos mostradas às famílias.
Millan foi transferido para Bluebonnet em meados de abril, vindo de um centro de detenção na Geórgia, onde estava preso desde que foi detido por agentes de imigração em março, segundo um funcionário do governo.
A Reuters não encontrou antecedentes criminais para Millan, que trabalhava na construção civil. O funcionário afirmou que ele era um membro "documentado" do Tren de Aragua, mas não apresentou provas.
Segundo o mesmo funcionário, o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês) deteve Escalona em janeiro de 2025. À época, ele tentou fugir de uma abordagem policial em um carro, no Texas.
Escalona chegou a Bluebonnet depois de ter sido transferido de volta do centro de detenção de imigrantes na Baía de Guantánamo, em fevereiro. O funcionário do governo alegou que ele havia se identificado como membro do Tren de Aragua, mas também não apresentou provas.
Em entrevista por telefone, Escalona negou qualquer vínculo com o Tren de Aragua ou com outras gangues. Ele afirmou que era policial na Venezuela.
"Estão fazendo falsas acusações contra mim", disse. "Não pertenço a nenhuma gangue."
Escalona contou que já pediu para retornar voluntariamente à Venezuela, mas teve o pedido negado. "Temo pela minha vida aqui", afirmou. "Quero ir para a Venezuela."
Centenas de milhares de venezuelanos chegaram aos Estados Unidos nos últimos anos, fugindo do colapso econômico e de uma repressão autoritária sob o regime do presidente Nicolás Maduro.
Durante o governo do ex-presidente dos EUA Joe Biden, muitos receberam proteções humanitárias temporárias — medidas que o governo Trump agora tenta revogar.
Desespero
Detentos acenam para drone da Reuters de dentro de centro para imigrantes, no Texas, nos EUA
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Desde a tentativa frustrada de deportação, os homens estão tensos, segundo familiares. A esposa de Millan afirmou que ele e outros venezuelanos estão se revezando para dormir. O objetivo é avisar os familiares caso agentes de imigração apareçam para levá-los.
Em um dos dias da semana passada, Millan disse à esposa que os detentos do dormitório se recusaram a sair para o pátio, com medo de serem colocados em outro ônibus rumo a El Salvador.
“Ele está desesperado”, disse a mulher. “Contou que, quando saiu para o campo, sentou e olhou para o céu, pedindo a Deus que o tirasse dali logo.”
Em uma videochamada recente, Millan contou à esposa que os detentos não têm recebido muita comida e que tenta dormir mais para não sentir fome. O relato foi confirmado por familiares de outros homens presos.
Um porta-voz da empresa Management and Training Corporation, responsável pelo centro de detenção, afirmou que “todos os detentos em Bluebonnet recebem refeições baseadas em um cardápio aprovado por um nutricionista certificado, garantindo a ingestão calórica diária recomendada”.
Em nota, o Departamento de Segurança Interna dos EUA declarou que “usa múltiplas estratégias para gerenciar a capacidade, mantendo a conformidade com os padrões federais e o compromisso com o tratamento humanitário”.
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No dia 26 de abril, um funcionário da imigração visitou o dormitório de Escalona e respondeu a perguntas dos detentos, segundo uma gravação em áudio da visita obtida pela Reuters.
Os homens, falando todos ao mesmo tempo e em tom de desespero, queriam saber por que o governo tentava enviá-los a El Salvador e o que estava acontecendo com seus processos judiciais de imigração.
O funcionário explicou que os EUA tentaram deportá-los com base na Lei de Inimigos Estrangeiros, um processo separado das audiências normais de imigração.
“Se ele for removido sob a Lei de Inimigos Estrangeiros, então aquela data no tribunal deixa de existir. Ele nunca terá aquela audiência”, disse o funcionário, em inglês, a alguém que traduzia para os detentos.
Vários deles queriam entender como poderiam ser classificados como “inimigos estrangeiros” se não tinham antecedentes criminais nem envolvimento com gangues.
“Se não tenho antecedentes criminais nos três países em que vivi, como vão me mandar para El Salvador?”, questionou um dos detentos na gravação. A Reuters não conseguiu confirmar a identidade do homem.
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Vários dos detentos tiveram audiências judiciais na semana passada, e ativistas correram para encontrar advogados que pudessem representá-los.
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