Ney Matogrosso morou em Brasília e trabalhou no Hospital de Base; g1 entrevistou médico que foi chefe do cantor

Hélcio Miziara foi o primeiro patologista de Brasília e afirmou que Ney era muito disciplinado e um bom funcionário. Além do trabalho hospitalar, o cantor participou de corais do DF. Ney Matogrosso visita equipe no Hospital de Base. Na foto, de blusa branca, o médico Diógenes Rio Branco e, de camisa listrada, o médico Hélcio Miziara.
Ney Matogrosso visita equipe no Hospital de Base. Na foto, de blusa branca, o médico Diógenes Rio Branco e, de camisa listrada, o médico Hélcio Miziara.
Você sabia que o ícone Ney Matogrosso tem uma ligação especial com a capital federal?
Pois é. E não estamos falando só do verso "São os trens da alegria de Brasília", da música "Cara do Brasil". Ney morou no Distrito Federal, e foi na capital que ele começou sua carreira nos anos 1960.
Parte dessa trajetória foi retratada no filme "Homem com H", de Esmir Filho, lançado este ano nos cinemas. As cenas despertaram o interesse do público brasiliense – que, em grande parte, não conhecia essas histórias.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
No DF, Ney Matogrosso participou de corais e peças teatrais. E, antes da fama, teve um emprego sem conexão nenhuma com a música: Ney Matogrosso trabalhou no Hospital de Base. ?
O g1 conversou com o então chefe do cantor, o médico Hélcio Miziara, primeiro patologista de Brasília, que afirmou que Ney era muito disciplinado e um bom funcionário.
O médico também morou durante um ano com o artista, quando Ney Matogrosso chegou no DF, em um apartamento de dois quartos na superquadra 104, da Asa Sul(leia abaixo).
Primeiro patologista de Brasília, médico Hélcio Miziara.
Arquivo pessoal/Reprodução
g1: Como conheceu o Ney?
Dr. Hélcio Miziara: Eu morava com um colega médico Diógenes Rio Branco em um apartamento de dois quartos na superquadra 104, da Asa Sul.
Um belo dia, a Dona Elvira mãe do Diógenes perguntou pro filho se ele poderia receber um primo que saiu do Mato Grosso por ter brigado com o pai e se poderíamos dar guarida em Brasília. Aceitei na mesma hora.
Quando vi o Ney desenhando na sala, um desenho muito bonito e bem feito, eu disse a ele que ele era um artista e falei: "você quer trabalhar comigo? Quero um artista trabalhando comigo". Então conseguimos um contrato pra ele no Hospital de Base.
g1: Em qual área o Ney Matogrosso trabalhou dentro do Hospital? Quais eram suas atribuições?
Ney Matogrosso visita equipe com quem trabalhou, no anos 60, no Hospital de Base. Na foto, ao lado do cantor está o Médico Diógenes Rio Branco
Iges-DF/Reprodução
Dr. Hélcio Miziara: Ney era técnico em histopatologia na Anatomia Patológica do Hospital de Base.
Ele colocava fragmentos de tecido humano – retirado de autópsias e cirurgias – em blocos de parafina.
Depois, ele cortava em espessuras finas com um micrótomo e colocava em lâminas com corante. O material era entregue para mim, o patologista, para o diagnóstico e análise.
g1: Quantas amostras de tecidos foram manuseadas por Ney Matogrosso?
Dr. Hélcio Miziara: Acho que em torno de umas 10 mil. Toda cirurgia que tinha, toda autópsia tinha amostras analisadas.
g1: Quanto tempo ele ficou trabalhando na área de histopatologia no Hospital de Base? Como foi trabalhar com o artista?
Dr. Hélcio Miziara: Ele trabalhou um ano comigo. Ele pediu para sair porque achava o trabalho um pouco mórbido.
Depois, ele foi para a área de pediatria e ficou de dois a três anos. Ney era extremamente disciplinado e educado.
Como chefe dele, jamais tive que chamar a atenção de para algum deslize ou algo errado. Ele foi um bom funcionário.
O Ney é uma pessoa muito boa, brincava muito com ele e quando convidei para trabalhar comigo foi um achado, ele trabalhou muito bem.
g1: Depois disso, o senhor teve contato com o Ney Matogrosso?
Dr. Hélcio Miziara: Quando ele se mudou para o Rio de Janeiro, ele foi na minha casa para se despedir de mim. Disse que ia pedir demissão do hospital para ir para o Rio e continuar com a carreira de artista.
Eu perguntei para ele se ele iria deixar a aposentadoria e certas regalias para se aventurar no Rio, mas minha esposa retrucou: disse que, se o Ney era artista, que fosse para o Rio e que poderia ter sucesso.
?️ Veja homenagem de estudante ao cantor:
Estudante viraliza ao performar ‘Homem com H’ de Ney Matogrosso
LEIA TAMBÉM:
MÚSICAS NOVAS: Ney Matogrosso se arrisca no voo de ‘Pássaro branco’, EP com trilha sonora de balé que perde altitude fora da cena
"HOMEM COM H": Filme sobre Ney Matogroso ultrapassa 600 mil espectadores nos cinemas por aliar atuação e história espetaculares
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Ney Matogrosso visita equipe no Hospital de Base. Na foto, de blusa branca, o médico Diógenes Rio Branco e, de camisa listrada, o médico Hélcio Miziara.
Você sabia que o ícone Ney Matogrosso tem uma ligação especial com a capital federal?
Pois é. E não estamos falando só do verso "São os trens da alegria de Brasília", da música "Cara do Brasil". Ney morou no Distrito Federal, e foi na capital que ele começou sua carreira nos anos 1960.
Parte dessa trajetória foi retratada no filme "Homem com H", de Esmir Filho, lançado este ano nos cinemas. As cenas despertaram o interesse do público brasiliense – que, em grande parte, não conhecia essas histórias.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp.
No DF, Ney Matogrosso participou de corais e peças teatrais. E, antes da fama, teve um emprego sem conexão nenhuma com a música: Ney Matogrosso trabalhou no Hospital de Base. ?
O g1 conversou com o então chefe do cantor, o médico Hélcio Miziara, primeiro patologista de Brasília, que afirmou que Ney era muito disciplinado e um bom funcionário.
O médico também morou durante um ano com o artista, quando Ney Matogrosso chegou no DF, em um apartamento de dois quartos na superquadra 104, da Asa Sul(leia abaixo).
Primeiro patologista de Brasília, médico Hélcio Miziara.
Arquivo pessoal/Reprodução
g1: Como conheceu o Ney?
Dr. Hélcio Miziara: Eu morava com um colega médico Diógenes Rio Branco em um apartamento de dois quartos na superquadra 104, da Asa Sul.
Um belo dia, a Dona Elvira mãe do Diógenes perguntou pro filho se ele poderia receber um primo que saiu do Mato Grosso por ter brigado com o pai e se poderíamos dar guarida em Brasília. Aceitei na mesma hora.
Quando vi o Ney desenhando na sala, um desenho muito bonito e bem feito, eu disse a ele que ele era um artista e falei: "você quer trabalhar comigo? Quero um artista trabalhando comigo". Então conseguimos um contrato pra ele no Hospital de Base.
g1: Em qual área o Ney Matogrosso trabalhou dentro do Hospital? Quais eram suas atribuições?
Ney Matogrosso visita equipe com quem trabalhou, no anos 60, no Hospital de Base. Na foto, ao lado do cantor está o Médico Diógenes Rio Branco
Iges-DF/Reprodução
Dr. Hélcio Miziara: Ney era técnico em histopatologia na Anatomia Patológica do Hospital de Base.
Ele colocava fragmentos de tecido humano – retirado de autópsias e cirurgias – em blocos de parafina.
Depois, ele cortava em espessuras finas com um micrótomo e colocava em lâminas com corante. O material era entregue para mim, o patologista, para o diagnóstico e análise.
g1: Quantas amostras de tecidos foram manuseadas por Ney Matogrosso?
Dr. Hélcio Miziara: Acho que em torno de umas 10 mil. Toda cirurgia que tinha, toda autópsia tinha amostras analisadas.
g1: Quanto tempo ele ficou trabalhando na área de histopatologia no Hospital de Base? Como foi trabalhar com o artista?
Dr. Hélcio Miziara: Ele trabalhou um ano comigo. Ele pediu para sair porque achava o trabalho um pouco mórbido.
Depois, ele foi para a área de pediatria e ficou de dois a três anos. Ney era extremamente disciplinado e educado.
Como chefe dele, jamais tive que chamar a atenção de para algum deslize ou algo errado. Ele foi um bom funcionário.
O Ney é uma pessoa muito boa, brincava muito com ele e quando convidei para trabalhar comigo foi um achado, ele trabalhou muito bem.
g1: Depois disso, o senhor teve contato com o Ney Matogrosso?
Dr. Hélcio Miziara: Quando ele se mudou para o Rio de Janeiro, ele foi na minha casa para se despedir de mim. Disse que ia pedir demissão do hospital para ir para o Rio e continuar com a carreira de artista.
Eu perguntei para ele se ele iria deixar a aposentadoria e certas regalias para se aventurar no Rio, mas minha esposa retrucou: disse que, se o Ney era artista, que fosse para o Rio e que poderia ter sucesso.
?️ Veja homenagem de estudante ao cantor:
Estudante viraliza ao performar ‘Homem com H’ de Ney Matogrosso
LEIA TAMBÉM:
MÚSICAS NOVAS: Ney Matogrosso se arrisca no voo de ‘Pássaro branco’, EP com trilha sonora de balé que perde altitude fora da cena
"HOMEM COM H": Filme sobre Ney Matogroso ultrapassa 600 mil espectadores nos cinemas por aliar atuação e história espetaculares
Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
Para ler a notícia completa, acesse o link original:
0 curtidas
Notícias Relacionadas
Não há mais notícias para carregar
Comentários 0