Banda de Rio Preto masteriza álbum em estúdio onde Beatles gravaram: 'Grande realização', diz baterista

Disco da banda 'O Centro da Terra' foi finalizado no estúdio Abbey Road, em Londres, por Sean Magee, técnico de som que já trabalhou com álbuns de John Lennon, Deep Purple e Nina Simone. Produção começou em 2016 e lançamento foi em 2018. Bastidores da gravação do álbum da banda Centro da Terra de Rio Preto
O Abbey Road Studios, conhecido mundialmente por ser o estúdio dos Beatles foi responsável pelo trabalho de pós-produção de áudio do álbum de uma banda de rock nacional de São José do Rio Preto (SP).
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Com 10 anos de carreira, a banda "O Centro da Terra" já lançou três álbuns. O mais recente, que leva o nome do grupo, começou a ser produzido em 2016 e foi lançado em 2018. A banda costuma viajar pelo país em uma kombi.
O baterista Guilherme Pala, de 31 anos, contou ao g1 que o grupo optou por um processo de produção totalmente analógico, desde a gravação até a finalização do disco.
"Foi uma necessidade nossa, sempre tivemos esse sonho de lançar um álbum em vinil, e sempre fizemos toda a parte de produção, gravação" explica.
Guilherme Pala de 31 anos que é baterista da banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Flávio Ribeiro/Divulgação
Para a etapa final, a masterização, que ajusta a equalização, o volume e prepara o som para diferentes plataformas, a banda escolheu o estúdio Abbey Road.
"Depois de todo o processo de gravação que durou um ano mais a mixagem que levou mais seis meses, fizemos o contato com a Abbey Road, escolhemos o técnico de som Sean Magee, que fez remasterizações de álbuns históricos. Com ele fizemos 3 versões até chegarmos na final." revela.
LEIA MAIS:
Artista do interior de SP compartilha rotina de trabalho no Abbey Road, estúdio utilizado pelos Beatles
O baterista conta que todo esse trabalho só foi possível por conta de um financiamento coletivo que eles fizeram. "Não tínhamos verba, e graças a todos nossos amigos e o Brasil a fora, conseguimos lançar esse álbum".
Som analógico e o sonho do vinil
Guilherme diz que o vinil é uma arte esquecida, mas muito especial para a banda.
“Crescemos ouvindo discos e a sensação de pegar um vinil na mão, ver a capa grande, abrir, sentir o cheiro do disco, ver as músicas, encartes, tudo isso faz ele único. Além disso também tem a qualidade sonora que não tem comparação. Quando você coloca ele em uma vitrola, a agulha está literalmente raspando nos sulcos do vinil e produzindo o som ali pelo contato, parece mágica”, revela.
Banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Divulgação
Apesar de considerar o processo mágico, Guilherme explica que produzir o álbum em vinil enfrentou vários desafios.
“Primeiro foi a falta de opção e, segundo, o preço absurdo. Fazer música independente, especialmente rock no Brasil, não é fácil. O acesso a tudo é muito difícil e caro. Mas achamos uma empresa que conseguiu produzir o vinil. Eles fizeram a reprensagem do disco com uma das melhores qualidades, e tivemos que optar por lançá-lo como um álbum duplo”, afirma.
Vinil duplo da banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Divulgação
Sobre o álbum duplo o baterista conta que em um vinil normal você pode fazer até 20 minutos de música caber em cada lado, passando disso, os "sulcos", que são os espirais do vinil, ficam espremidos e perdem qualidade.
"O nosso álbum tem 18 minutos de duração, então não tivemos escolha" explica.
Realização de um sonho
O sonho da banda sempre foi chegar nesse momento: o lançamento de um álbum próprio em vinil. Não podia ser diferente, o Guilherme conta que foi um sonho.
"Sempre foi, foram muitas pessoas no meio e que nos ajudaram apra isso ser possível, ver esse trabalho e poder ouvir ele é sem dúvida uma grande realização e também um lembrete do quanto de empenho é necessário para se produzir algo de contracultura em nosso país" revela.
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
Veja mais notícias da região em g1 Rio Preto e Araçatuba.
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O Abbey Road Studios, conhecido mundialmente por ser o estúdio dos Beatles foi responsável pelo trabalho de pós-produção de áudio do álbum de uma banda de rock nacional de São José do Rio Preto (SP).
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Com 10 anos de carreira, a banda "O Centro da Terra" já lançou três álbuns. O mais recente, que leva o nome do grupo, começou a ser produzido em 2016 e foi lançado em 2018. A banda costuma viajar pelo país em uma kombi.
O baterista Guilherme Pala, de 31 anos, contou ao g1 que o grupo optou por um processo de produção totalmente analógico, desde a gravação até a finalização do disco.
"Foi uma necessidade nossa, sempre tivemos esse sonho de lançar um álbum em vinil, e sempre fizemos toda a parte de produção, gravação" explica.
Guilherme Pala de 31 anos que é baterista da banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Flávio Ribeiro/Divulgação
Para a etapa final, a masterização, que ajusta a equalização, o volume e prepara o som para diferentes plataformas, a banda escolheu o estúdio Abbey Road.
"Depois de todo o processo de gravação que durou um ano mais a mixagem que levou mais seis meses, fizemos o contato com a Abbey Road, escolhemos o técnico de som Sean Magee, que fez remasterizações de álbuns históricos. Com ele fizemos 3 versões até chegarmos na final." revela.
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Artista do interior de SP compartilha rotina de trabalho no Abbey Road, estúdio utilizado pelos Beatles
O baterista conta que todo esse trabalho só foi possível por conta de um financiamento coletivo que eles fizeram. "Não tínhamos verba, e graças a todos nossos amigos e o Brasil a fora, conseguimos lançar esse álbum".
Som analógico e o sonho do vinil
Guilherme diz que o vinil é uma arte esquecida, mas muito especial para a banda.
“Crescemos ouvindo discos e a sensação de pegar um vinil na mão, ver a capa grande, abrir, sentir o cheiro do disco, ver as músicas, encartes, tudo isso faz ele único. Além disso também tem a qualidade sonora que não tem comparação. Quando você coloca ele em uma vitrola, a agulha está literalmente raspando nos sulcos do vinil e produzindo o som ali pelo contato, parece mágica”, revela.
Banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Divulgação
Apesar de considerar o processo mágico, Guilherme explica que produzir o álbum em vinil enfrentou vários desafios.
“Primeiro foi a falta de opção e, segundo, o preço absurdo. Fazer música independente, especialmente rock no Brasil, não é fácil. O acesso a tudo é muito difícil e caro. Mas achamos uma empresa que conseguiu produzir o vinil. Eles fizeram a reprensagem do disco com uma das melhores qualidades, e tivemos que optar por lançá-lo como um álbum duplo”, afirma.
Vinil duplo da banda "Centro da Terra" de Rio Preto (SP)
Divulgação
Sobre o álbum duplo o baterista conta que em um vinil normal você pode fazer até 20 minutos de música caber em cada lado, passando disso, os "sulcos", que são os espirais do vinil, ficam espremidos e perdem qualidade.
"O nosso álbum tem 18 minutos de duração, então não tivemos escolha" explica.
Realização de um sonho
O sonho da banda sempre foi chegar nesse momento: o lançamento de um álbum próprio em vinil. Não podia ser diferente, o Guilherme conta que foi um sonho.
"Sempre foi, foram muitas pessoas no meio e que nos ajudaram apra isso ser possível, ver esse trabalho e poder ouvir ele é sem dúvida uma grande realização e também um lembrete do quanto de empenho é necessário para se produzir algo de contracultura em nosso país" revela.
*Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
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