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Idosa é deixada em hospital pela família após alta e polícia apura abandono de incapaz

Idosa é deixada em hospital pela família após alta e polícia apura abandono de incapaz
Sobrinhos são investigados por possível abandono de idosa de 72 anos internada por quase um mês em Belo Horizonte. Até o momento, ninguém foi preso. Hospital onde há suspeita de abandono da idosa.
Marcelo Abreu/TV Globo
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga um possível crime de abandono de incapaz cometido contra uma idosa de 72 anos, registrado em Belo Horizonte. Segundo a denúncia, ela recebeu alta de um hospital particular nesta semana e não foi buscada por familiares. (saiba mais abaixo)
Os suspeitos são um homem e uma mulher, ambos com 44 anos, identificados como sobrinhos da vítima. Até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com a ocorrência registrada no dia 12 de junho, uma denúncia enviada à Ouvidoria do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania apontava que uma paciente foi deixada no Hospital da Unimed mesmo após receber alta médica.
Em nota, a Unimed-BH informou que a paciente permanece internada, mesmo após ter recebido alta médica.
A cooperativa afirmou ter acionado a família e comunicado o caso ao Ministério Público de Minas Gerais. A Unimed acrescentou que aguarda a atuação das autoridades e continua prestando assistência médica e apoio psicológico à paciente.
O g1 procurou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o Ministério Público de Minas Gerais, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
26 dias internada sem visitas
Policiais foram até o local e constataram que a idosa permaneceu internada por cerca de 26 dias, sem receber visitas ou ter qualquer familiar que se responsabilizasse por sua saída da unidade.
Segundo a assistente social do hospital, a paciente deu entrada sozinha, com dores no peito, e se manteve lúcida durante toda a internação. Após a alta, o hospital tentou contato com familiares, mas recebeu como resposta que não haveria possibilidade de buscá-la.
A justificativa apresentada foi de que a paciente exigiria muitos cuidados, e que não haveria condições de recebê-la novamente no imóvel em que vivia com parentes.
A assistente social relatou que entrou em contato com a sobrinha da idosa, que vive no mesmo imóvel da vítima. Segundo o relato, a parente alegou não ter condições de buscar a tia devido aos cuidados com a filha de cinco anos com deficiência, e ainda afirmou que a idosa era agressiva e portadora de esquizofrenia.
No entanto, o hospital afirmou não ter identificado nenhum sinal clínico que justificasse a recusa.
A assistente social relatou, ainda, que a sobrinha chegou a enviar roupas para a paciente por meio de um serviço de transporte, mas não providenciou o retorno da tia nem enviou itens como celular ou cartões bancários. Segundo a profissional, o plano de saúde da idosa está com mensalidade em atraso.
À polícia, a idosa afirmou que acionou o hospital por telefone e foi levada por uma ambulância. Desde então, permaneceu sem contato direto com os sobrinhos, com quem morava. Ela relatou que os acolheu após a morte da mãe deles, sua irmã, e que desde então os considera como a referência familiar.
A idosa também contou que recebe pensão e possui reservas financeiras em contas nos bancos. Ela declarou não saber se os sobrinhos têm acesso aos recursos e que não conseguiu pagar o plano de saúde por estar internada e sem os cartões bancários.
O caso segue em apuração pela Polícia Civil, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o andamento das investigações.
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