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Prefeitura de SP ilumina fachada em homenagem ao dia Nacional da França

Prefeitura de SP ilumina fachada em homenagem ao dia Nacional da França
As cores geraram críticas nas redes sociais. Mas a administração municipal explicou que iluminação atendeu a um pedido oficial do Consulado-Geral da França, feito no dia 6 de junho, para destacar alguns pontos públicos da cidade. Fachada da Prefeitura de São Paulo em homenagem à França
Divulgação
As cores azul, branca e vermelho que iluminaram a fachada da Prefeitura de São Paulo na noite de sexta-feira (11) chamaram a atenção de quem passou pelo Centro da cidade.
Nas redes sociais, algumas pessoas associaram as cores à bandeira dos Estados Unidos devido ao tarifaço anunciado nesta semana pelo presidente Donald Trump (leia mais abaixo).
A Prefeitura de São Paulo, no entanto, explicou que a iluminação na fachada do prédio é uma homenagem ao Dia Nacional da França, celebrado no dia 14 de julho, e que atende a um pedido do consulado francês feito no dia 6 de junho, portanto, antes do anúncio das tarifas de Trump.
"A ação, que também está no Viaduto do Chá, segue até segunda-feira (14), quando será realizado um evento do consulado no Theatro Municipal. Posteriormente, também serão divulgadas fotos e curiosidades sobre a relação entre Brasil e França", afirmou a Prefeitura.
A bandeira da França, conhecida como tricolor ou bleu, blanc, rouge, em francês, tem sua origem diretamente ligada à Revolução Francesa (1789-1799) e foi criada a partir da união de símbolos da monarquia e do povo parisiense:
Azul e vermelho: representam as cores tradicionais da cidade de Paris
Branco: simboliza a realeza francesa
O ofício com a solicitação do Consulado-Geral da França em São Paulo foi assinado no dia 6 de junho pela Cônsul Geral da França Alexandra Mias.
Ofício com pedido do Consulado-Geral da França
Divulgação/TV Globo
Devido às críticas nas redes sociais, a Prefeitura de São Paulo também explicou que as fachadas de outros locais públicos da capital já foram iluminadas em diversos outros momentos em homenagem a datas especiais, campanhas de conscientização e eventos comemorativos.
Tarifa mais alta
A tarifa de 50% anunciada por Trump é a mais alta entre as novas taxas divulgadas. Na segunda-feira, o republicano enviou cartas informando aumento de tarifas a 14 países. A segunda leva de cartas foi na quarta-feira (9). Ao todo, oito países foram notificados, incluindo o Brasil.
De forma geral, Trump definiu tarifas mínimas sobre produtos importados, que variam entre 20% e 50%, a depender do país, com validade a partir de 1º de agosto.
Ao justificar a medida, Trump também afirmou que a relação comercial dos EUA com o Brasil é "injusta". Disse que barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil "causaram esses déficits comerciais insustentáveis contra os EUA".
Apesar do argumento, dados do Ministério do Desenvolvimento mostram o contrário. O Brasil tem registrado déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009 — ou seja, há 16 anos. Isso significa que o Brasil gastou mais com importações do que arrecadou com exportações.
Ao longo desse período, as vendas americanas ao Brasil superaram as importações em US$ 90,28 bilhões (equivalente a R$ 493 bilhões na cotação atual), considerando os números até junho de 2025. Leia mais aqui.
O anúncio de Trump foi recebido com espanto por especialistas no Brasil e no mundo, que destacaram a motivação política da decisão. "Ele [Trump] mencionou a iminente condenação do Bolsonaro", disse, em entrevista à GloboNews, o ex-presidente do Banco Central Alexandre Schwartsman.
"Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos", escreveu o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel.
Entidades da indústria e da agropecuária brasileira também manifestaram preocupação com o anúncio e afirmaram que as taxas ameaçam empregos no setor.
Por isso, analistas afirmam que a postura de Trump com as tarifas tem um forte componente geopolítico, com o objetivo principal de ampliar seu poder de barganha e influência nas relações internacionais.
SP é estado que mais pode perder com tarifas
Cinco Estados brasileiros têm potencial para serem mais afetados caso os Estados Unidos concretizem a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre exportações brasileiras ao país: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Somente esses cinco Estados responderam por mais de 70% das exportações brasileiras aos EUA nos primeiros seis meses de 2025.
São Paulo é o Estado que tem potencial para ser mais afetado pelas tarifas anunciadas por Trump — já que representa quase um terço das exportações brasileiras aos EUA.
Os Estados brasileiros que mais exportaram para os EUA, segundo dados da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) de janeiro a junho deste ano, foram:
São Paulo: US$ 6,4 bilhões exportados (31,9% do total brasileiro). Principais produtos: suco de frutas, aeronaves e equipamentos florestais.
Rio de Janeiro: US$ 3,2 bilhões exportados (15,9% do total brasileiro). Principais produtos: óleo bruto de petróleo, produtos semiacabados de ferro e aço e óleos combustíveis de petróleo.
Minas Gerais: US$ 2,5 bilhões exportados (12,4% do total brasileiro). Principais produtos: café não-torrado, ferro gusa e máquinas de energia elétrica.
Espírito Santo: US$ 1,6 bilhão exportados (8,1% do total brasileiro). Principais produtos: produtos semiacabados de ferro e aço, cal, cimento, materiais de construção e celulose.
Rio Grande do Sul: US$ 950,3 milhões exportados (4,7% do total brasileiro). Principais produtos: tabaco, máquinas de energia elétrica e calçados.

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