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Doação de sangue para cães e gatos pode salvar vidas de outros pets no Piauí; saiba como ajudar

Doação de sangue para cães e gatos pode salvar vidas de outros pets no Piauí; saiba como ajudar
Tutores divulgam em redes sociais pedidos de doações na busca de salvar a vida de seus pets. Veterinária alerta para os critérios de doação e destaca a importância de manter estoques. Cachorro Pipoca quando recebeu alta (à esquerda) e 8 meses depois (à direita)
Acervo pessoal/Carla Souza
A doação de sangue em cães e gatos ainda é um tema pouco conhecido no Piauí, mas é fundamental para salvar a vida de outros pets. Ao g1, a veterinária Brenda Lurian alerta para os critérios de doação e pede que tutores cadastrem seus animais para se tornarem doadores fixos (veja abaixo).
Uma simples transfusão pode salvar a vida de um animal: foi o caso do maltês Pipoca. Carla Souza, tutora do pet, adotou o cachorro em novembro de 2024, quando ele tinha apenas 33 dias de vida. Após nove dias com a nova família, Pipoca começou a apresentar cansaço, sonolência e falta de apetite.
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A tutora levou o animal ao hospital veterinário e conta que, após diagnósticos errados, foi descoberto que o animal estava com erliquiose, conhecida popularmente como “doença do carrapato”. Pipoca foi internado e tomou medicamentos intravenosos, mas o quadro só piorava.
“A veterinária fez novos exames durante a internação e ele tinha piorado, então ela acendeu o alerta que ele estava precisando de uma bolsa de sangue. Começou a caça, buscando entre amigos e família um possível doador”, relatou Carla.
Três tutores levaram seus cachorros para fazer o teste de compatibilidade e encontraram o husky siberiano Noah que, com uma doação de 30 ml de sangue, salvou a vida de Pipoca. O tutor de Noah, Douglas Machado, disse que não era a primeira vez que o pet doava sangue e afirmou ser uma satisfação poder ajudar.
“Eu não conheço nenhum tipo de programa de banco de sangue para animais, mas sempre que houver necessidade ele (Noah) estará disponível. A gente se sente muito feliz por ajudar um outro animalzinho que está necessitando de ajuda”, disse Douglas.
Noah, cachorro doador de sangue
Acervo pessoal/Douglas Machado
Após a transfusão, Pipoca se recuperou e cresceu de forma muito saudável. Carla demonstra muito alívio e alegria ao contar essa história e lembrar da melhora de seu cachorro.
“Durante esse processo todo, essa correria, surgiu um amor que eu jamais pensei que existisse. Você passa a amar essas criaturinhas com um amor assim que é diferente, é especial”, relata a tutora.
A doação de sangue para cães e gatos
Luck em um dia de doação de sangue; entenda regras para doação
Reprodução/Montagem g1
Mesmo salvando a vida do Pipoca e de muitos cães e gatos pelo Piauí, a doação de sangue entre esses animais ainda é um assunto que poucas pessoas têm conhecimento, inclusive tutores de pet.
O g1 conversou a com a médica veterinária Brenda Lurian, que reforçou a importância de haver um estoque de sangue para que possam recorrer em casos de animais com doenças crônicas, infecções ou em casos de acidentes, como atropelamentos.
O Piauí não possui banco de sangue para animais. Brenda conta que as bolsas de sangue, quando necessárias, são compradas por um alto valor. Nos casos de tutores com menor poder aquisitivo, muitos animais acabam falecendo.
“Tentei fazer cadastro de tutores que poderiam levar seus pets para doar sangue, mas muitos têm resistência”, contou Brenda
A veterinária afirmou ainda que há muitos mitos sobre a doação de sangue entre animais. “São muitas variáveis entre as causas do tutor não trazer o pet, às vezes mora longe e não possui transporte ou acham que a doação é um sofrimento para o paciente”, disse Brenda.
Segundo a médica, seguindo os requisitos, o animal consegue fazer a transfusão de forma segura.
Para ser um doador, o animal precisa:
Cachorro:
Ter entre um e oito anos de idade
Estar com o peso acima de 25 quilos
Ter um temperamento dócil
Não pode estar com doenças infecciosas
Gato
Ter entre um e oito anos de idade
Estar com o peso acima de 5 quilos
Ter um temperamento dócil
Não pode estar com doenças infecciosas
É recomendado que sejam animais de temperamento dócil para que a coleta seja mais fácil e rápida. O processo dura cerca de 20 minutos e o animal recebe alta no mesmo dia. As doações precisam ter um intervalo de três meses, para a proteção do bicho.
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*Andréa Gomes, estagiária sob a supervisão de Marina Sérvio.
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