Linnpy

G
G1
3h

Primeira série de ficção produzida em Alagoas está em fase de gravação

Primeira série de ficção produzida em Alagoas está em fase de gravação
Produção está sendo gravada em Arapiraca e conta com mais de 200 profissionais da região do Agreste, de Maceió e também da Bahia. Obra vai levar para as telas uma trama que mistura fé, mistério e memória. Contos Perdidos de Alagoas, série, suspense
Agência Brothers
A luta entre o bem e o mal é um dos temas mais antigos das narrativas humanas. Mas e quando esse embate acontece dentro de nós? É a partir dessa reflexão que nasce a série "Contos Perdidos de Alagoas", primeira produção de ficção seriada realizada no estado.
A obra está em fase de gravação em Arapiraca, no agreste alagoano, e promete levar para as telas uma trama que mistura fé, mistério e memória.
Gravada em locações escolhidas a dedo entre a zona rural e o centro urbano, a série se passa em dois períodos distintos: a Arapiraca dos anos 1970 e a cidade centenária dos dias atuais. Um dos cenários mais simbólicos da produção é a igrejinha da Praça dos Curis, cuja arquitetura e significado histórico se tornaram pano de fundo essencial para a narrativa.
A série é dirigida por Anderson Barros, Anderson Soares e Vitor Souza. Em entrevista ao g1, Vitor, que também é roteirista, disse que tem se dedicado a contar histórias de populações periféricas brasileiras através de ficção ou documentário.
"A ideia inicial é evocar essa força que a fé tem dentro da gente, os nossos quereres, nossas vontades de que as coisas aconteçam do jeito que a gente quer. E por vezes, devido a medos e necessidades de sobrevivência, o ser humano acaba tomando caminhos que não são tão favoráveis a ele nem às pessoas próximas. A série traz esse debate: até onde você iria para proteger quem ama?"
Suspense com elenco e equipe locais
Contos Perdidos de Alagoas, série, suspense
Agência Brothers
A série acompanha Samuel (Henrique Ávlis), um jornalista que retorna a Arapiraca em busca de uma notícia sobre o passado de sua família. Durante a investigação, ele descobre a história de Maria (Ana Beatriz), uma criança que, na década de 1970, realizava supostos milagres e atraía romeiros de todo o Estado.
Ao lado de Dona Neuza (Luciana Souza) e do Padre Rodrigues (Alberto do Carmo), Samuel embarca em uma jornada para desvendar esse passado, enquanto enfrenta a ameaça de Virgílio (Gabriel Faindé), personagem enigmático que tenta apagar essa memória coletiva.
A produção envolve mais de 200 profissionais da região do agreste alagoano, de Maceió e da Bahia, movimentando a economia local e gerando emprego e renda no setor cultural e turístico da cidade.
"Estamos muito felizes de poder fazer isso em um momento tão pulsante de Arapiraca em termos de cultura e produção cinematográfica. Estamos ansiosos para que as pessoas vejam o resultado e sintam orgulho de dizer: ‘Ei, eu conheço esse lugar! Foi gravado na minha cidade, com atores da minha terra!’ Arapiraca merece esse senso de pertencimento", completa Vitor.
Formação de elenco e oficinas gratuitas
Antes das gravações, a atriz baiana Luciana Souza, conhecida por atuações em filmes como Ó Pai Ó e Bacurau, esteve na cidade para conduzir a preparação do elenco. O trabalho aconteceu entre os dias 23 e 27 de abril, no campus da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) em Arapiraca, com retorno em maio para ajustes finais antes do início das filmagens, no último dia 20.
Além disso, foram promovidas oficinas gratuitas de atuação e produção audiovisual, viabilizadas pela Cine Arts e organizadas pelas produtoras Brothers, Vision, Graphos e Oxe Vamos Nessa, com apoio da Prefeitura de Arapiraca e da Uneal. Os encontros aconteceram no Planetário Digital de Arapiraca e lotaram as turmas.
"Fiquei surpresa com o que vi aqui. Existe uma avidez por aprender, um pedido constante por mais oficinas. Isso nos mostra o quanto a cultura ainda precisa de incentivo e reconhecimento. Temos que resolver esse problema!", brinca Luciana, que interpreta Dona Neuza na série.
Produção independente e premiada
Contos Perdidos de Alagoas é fruto de uma parceria entre a Agência Brothers, de Arapiraca, e a Cine Arts Produções, de Salvador. O projeto foi aprovado no edital “Casamento É Negócio?”, da Lei Paulo Gustavo em Alagoas, alcançando nota máxima de dois pareceristas. Como contrapartida social, a produção realizou oficinas gratuitas com o programa Formação Audiovisual em Séries, metodologia que já formou mais de 1,5 mil profissionais na Bahia e agora chega ao território alagoano.
A série terá seis episódios de 26 minutos e, após a fase de montagem, a proposta é realizar a estreia oficial no cinema de Arapiraca, antes de apresentar o projeto em rodadas de negócios e festivais nacionais, com o objetivo de fechar contrato com plataformas de streaming.
"Enquanto a série estiver na montagem, vamos circular pelas feiras e buscar torná-la um produto de alcance nacional. É um projeto feito com muito cuidado e com a cara do povo de Arapiraca", reforça o diretor.
Assista aos vídeos mais recentes do g1 AL
Veja mais notícias da região no g1 AL

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar