'A gente vai viver em luto o resto da vida', diz irmã de empresário morto e desaparecido há dois meses

Segundo a polícia, Nelson Carreira Filho morreu com um tiro e teve corpo jogado em rio. Crime aconteceu em maio, em Cravinhos, SP, por conta de desavenças comerciais. Principal suspeito está foragido. Empresário foi morto por desavenças comerciais após reunião de negócios em Cravinhos, SP
Quase dois meses após a morte de Nelson Carreira Filho, de 43 anos, a família do empresário precisa lidar não só com a dor da perda, mas também com o fato de não ter tido a possibilidade de se despedir.
O corpo dele foi jogado em um rio em Miguelópolis (SP) e ainda não foi encontrado.
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Nesta semana, Melissa Carreira, irmã de Nelson, disse à EPTV, afiliada da TV Globo, que vive um período de luto que, para ela, deve durar o resto da vida.
"Você já está sofrendo pela perda da pessoa e ainda não pode dar um enterro digno a ela, não pode se despedir. Isso é uma dor que não tem como explicar. Esse buraco que ele nos deixou, esse vazio de não achar o corpo, não ter a despedida, a gente vai viver em luto pro resto da vida".
Melissa Carreira, irmã de Nelson Carreira Filho
Reprodução/EPTV
A Polícia Civil acredita que Nelson tenha sido assassinado por desavenças comerciais após reclamar com Marlon Couto Paula Júnior, dono de uma empresa que vende suplementos, sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que tinha patenteado e cobrava R$ 100 mil do parceiro.
Oito pessoas foram indiciadas pelo crime na segunda-feira (7), cinco delas, da família de Marlon Júnior, que confessou em carta enviada à polícia que atirou em Nelson. Ele está foragido.
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O empresário morreu após uma reunião de negócios em Cravinhos (SP), no dia 16 de maio. Ele era casado e pai de um menino de 3 anos.
"Tem uma criança que chora todos os dias a falta do pai, que foi privado dela, tiraram dela, tudo que ela tinha para viver com o pai dela, um pai carinhoso, amoroso, isso ela não tem mais. Como explicar uma barbaridade, um crime horroroso desse pra uma criança? É terrível, não tem como. É a que mais sofre de todos", disse Melissa.
Nelson Carreira Filho, Cravinhos, SP
Arquivo pessoal
O inquérito policial apontou participações dos pais de Marlon, Marlon Couto Paula e Lílian Patrícia Paula, do irmão, Murilo Couto Paula, da mulher de Marlon, Marcela Silva de Almeida, e do tio dela, Tadeu de Almeida Silva.
Também foram indiciados Carlos Eduardo da Silva Cunha, técnico em monitoramento que realizava manutenção no eletroímã da empresa, e Felippe Miranda, por ajudar Marlon a jogar o corpo de Nelson no rio. Ele está preso e nega participação no crime. (veja mais abaixo)
Nelson Carreira Filho, Cravinhos, SP
Arquivo pessoal
Os crimes praticados pelos oito indiciados apontados pela polícia envolvem homicídio, fraude processual, falsidade ideológica, ocultação de cadáver e falso testemunho.
Veja os crimes que cada um dos envolvidos foi indiciado:
Marlon Couto Júnior: homicídio, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual
Tadeu Almeida Silva: homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual
Marcela Almeida: fraude processual
Felippe Miranda: ocultação de cadáver, fraude processual
Murilo Couto: ocultação de cadáver, falsidade ideológica
Marlon Couto Paula: favorecimento pessoal
Lílian Patrícia Paula: favorecimento pessoal
Carlos Eduardo da Silva Cunha: falso testemunho
Segundo o delegado Heitor Moreira Assis, o assassinato foi premeditado. De acordo com as investigações, Nelson, que vivia em São Paulo (SP) com a família, chegou para a reunião de negócios em Cravinhos (SP) entre 11h40 e 12h do dia 16 de maio. Ele foi morto em um intervalo de tempo entre 11h40 e 12h45.
Ainda de acordo com as investigações, Marlon atirou em Nelson em um momento que a vítima estava distraída com o celular, aproveitou o aparelho desbloqueado e fingiu ser o empresário.
Em troca de mensagens com mulher de Nelson Carreira Filho, Marlon Couto Júnior fingiu ser o empresário em Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Às 12h47, a mulher de Nelson recebeu uma mensagem no celular dizendo que ele 'tinha chegado' para a reunião e estava 'conversando com os meninos'. Ainda de acordo com as investigações, neste momento já era Marlon quem falava no lugar de Nelson.
À época do crime, quando o caso ainda era tratado como desaparecimento, Marlon chegou a dizer que Nelson o avisou que precisaria voltar para São Paulo por conta de um compromisso com a mulher.
Para a polícia, Marlon Júnior tentou criar 'provas falsas' para atrapalhar as investigações e contou com a ajuda de Carlos, que chegou a dizer, em depoimento, que esteve na empresa por volta das 13h30 e viu Nelson com vida. Ele foi indiciado por falso testemunho. Procurado pela EPTV, Carlos disse que não sabia do assunto.
A defesa de Murilo disse que o inquérito tem muitas páginas e não teria como comentar o assunto. A defesa de Marcela negou envolvimento no crime e afirmou que vai provar a inocência dela.
A defesa de Tadeu disse que ele não participou do homicídio e vai provar na Justiça. Marlon Couto e Lílian ainda não têm advogados constituídos.
O caso
Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos. Até o momento, estão presos temporariamente Felippe e Tadeu. Marlon Júnior está foragido.
Marcela chegou a ser presa, mas a Justiça a concedeu liberdade no dia 29 de junho.
Segundo informações apuradas pela EPTV, os suspeitos da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho em Cravinhos, SP, são Tadeu (à esquerda) e Marlon Couto
Reprodução/EPTV
Tadeu, gerente da fábrica de suplementos de Marlon, se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.
Segundo o delegado Heitor Moreira, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia acredita que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Empresa onde o empresário Nelson Francisco Carreira Filho esteve em Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Felippe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar Nelson no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho. O corpo do empresário ainda não foi localizado.
Caminhonete utilizada para transportar corpo de Nelson Carreira Filho é encontrada em Cravinhos, SP
Samuel Santos/CBN Ribeirão
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Quase dois meses após a morte de Nelson Carreira Filho, de 43 anos, a família do empresário precisa lidar não só com a dor da perda, mas também com o fato de não ter tido a possibilidade de se despedir.
O corpo dele foi jogado em um rio em Miguelópolis (SP) e ainda não foi encontrado.
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Nesta semana, Melissa Carreira, irmã de Nelson, disse à EPTV, afiliada da TV Globo, que vive um período de luto que, para ela, deve durar o resto da vida.
"Você já está sofrendo pela perda da pessoa e ainda não pode dar um enterro digno a ela, não pode se despedir. Isso é uma dor que não tem como explicar. Esse buraco que ele nos deixou, esse vazio de não achar o corpo, não ter a despedida, a gente vai viver em luto pro resto da vida".
Melissa Carreira, irmã de Nelson Carreira Filho
Reprodução/EPTV
A Polícia Civil acredita que Nelson tenha sido assassinado por desavenças comerciais após reclamar com Marlon Couto Paula Júnior, dono de uma empresa que vende suplementos, sobre o uso de uma marca de produtos para emagrecer que tinha patenteado e cobrava R$ 100 mil do parceiro.
Oito pessoas foram indiciadas pelo crime na segunda-feira (7), cinco delas, da família de Marlon Júnior, que confessou em carta enviada à polícia que atirou em Nelson. Ele está foragido.
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Cinco pessoas da mesma família estão entre os indiciados por morte de empresário
Suspeito se passou por empresário morto e trocou mensagens com viúva, diz polícia
O empresário morreu após uma reunião de negócios em Cravinhos (SP), no dia 16 de maio. Ele era casado e pai de um menino de 3 anos.
"Tem uma criança que chora todos os dias a falta do pai, que foi privado dela, tiraram dela, tudo que ela tinha para viver com o pai dela, um pai carinhoso, amoroso, isso ela não tem mais. Como explicar uma barbaridade, um crime horroroso desse pra uma criança? É terrível, não tem como. É a que mais sofre de todos", disse Melissa.
Nelson Carreira Filho, Cravinhos, SP
Arquivo pessoal
O inquérito policial apontou participações dos pais de Marlon, Marlon Couto Paula e Lílian Patrícia Paula, do irmão, Murilo Couto Paula, da mulher de Marlon, Marcela Silva de Almeida, e do tio dela, Tadeu de Almeida Silva.
Também foram indiciados Carlos Eduardo da Silva Cunha, técnico em monitoramento que realizava manutenção no eletroímã da empresa, e Felippe Miranda, por ajudar Marlon a jogar o corpo de Nelson no rio. Ele está preso e nega participação no crime. (veja mais abaixo)
Nelson Carreira Filho, Cravinhos, SP
Arquivo pessoal
Os crimes praticados pelos oito indiciados apontados pela polícia envolvem homicídio, fraude processual, falsidade ideológica, ocultação de cadáver e falso testemunho.
Veja os crimes que cada um dos envolvidos foi indiciado:
Marlon Couto Júnior: homicídio, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual
Tadeu Almeida Silva: homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual
Marcela Almeida: fraude processual
Felippe Miranda: ocultação de cadáver, fraude processual
Murilo Couto: ocultação de cadáver, falsidade ideológica
Marlon Couto Paula: favorecimento pessoal
Lílian Patrícia Paula: favorecimento pessoal
Carlos Eduardo da Silva Cunha: falso testemunho
Segundo o delegado Heitor Moreira Assis, o assassinato foi premeditado. De acordo com as investigações, Nelson, que vivia em São Paulo (SP) com a família, chegou para a reunião de negócios em Cravinhos (SP) entre 11h40 e 12h do dia 16 de maio. Ele foi morto em um intervalo de tempo entre 11h40 e 12h45.
Ainda de acordo com as investigações, Marlon atirou em Nelson em um momento que a vítima estava distraída com o celular, aproveitou o aparelho desbloqueado e fingiu ser o empresário.
Em troca de mensagens com mulher de Nelson Carreira Filho, Marlon Couto Júnior fingiu ser o empresário em Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Às 12h47, a mulher de Nelson recebeu uma mensagem no celular dizendo que ele 'tinha chegado' para a reunião e estava 'conversando com os meninos'. Ainda de acordo com as investigações, neste momento já era Marlon quem falava no lugar de Nelson.
À época do crime, quando o caso ainda era tratado como desaparecimento, Marlon chegou a dizer que Nelson o avisou que precisaria voltar para São Paulo por conta de um compromisso com a mulher.
Para a polícia, Marlon Júnior tentou criar 'provas falsas' para atrapalhar as investigações e contou com a ajuda de Carlos, que chegou a dizer, em depoimento, que esteve na empresa por volta das 13h30 e viu Nelson com vida. Ele foi indiciado por falso testemunho. Procurado pela EPTV, Carlos disse que não sabia do assunto.
A defesa de Murilo disse que o inquérito tem muitas páginas e não teria como comentar o assunto. A defesa de Marcela negou envolvimento no crime e afirmou que vai provar a inocência dela.
A defesa de Tadeu disse que ele não participou do homicídio e vai provar na Justiça. Marlon Couto e Lílian ainda não têm advogados constituídos.
O caso
Nelson Carreira Filho, de 43 anos, que morava em São Paulo (SP), desapareceu no dia 16 de maio após participar de uma reunião de negócios em Cravinhos. Até o momento, estão presos temporariamente Felippe e Tadeu. Marlon Júnior está foragido.
Marcela chegou a ser presa, mas a Justiça a concedeu liberdade no dia 29 de junho.
Segundo informações apuradas pela EPTV, os suspeitos da morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho em Cravinhos, SP, são Tadeu (à esquerda) e Marlon Couto
Reprodução/EPTV
Tadeu, gerente da fábrica de suplementos de Marlon, se entregou à polícia duas semanas depois do desaparecimento de Nelson. Ele é suspeito de ajudar Marlon a enrolar o corpo de Nelson em lonas antes de ser jogado no rio.
Segundo o delegado Heitor Moreira, no dia do crime, Tadeu agendou uma dedetização na empresa onde estava marcada a reunião com a vítima e todos os funcionários foram dispensados. Por conta disso, a polícia acredita que ele tenha ajudado a planejar o crime.
Empresa onde o empresário Nelson Francisco Carreira Filho esteve em Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Em depoimento, o gerente afirmou que ajudou a ocultar o corpo de Nelson e que levou o carro do empresário até São Paulo. O veículo foi achado abandonado em uma rua da zona Norte da capital.
À polícia, Tadeu revelou que, após matar Nelson com um tiro, Marlon colocou o corpo em uma caminhonete e o levou até um rancho em Miguelópolis para jogá-lo no rio. Durante a perícia realizada no prédio em Cravinhos, vestígios de sangue foram encontrados com ajuda do luminol.
Felippe Miranda, apontado como o responsável por ajudar Marlon a jogar Nelson no rio, foi preso em Uberlândia (MG) no dia 5 de junho. O corpo do empresário ainda não foi localizado.
Caminhonete utilizada para transportar corpo de Nelson Carreira Filho é encontrada em Cravinhos, SP
Samuel Santos/CBN Ribeirão
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