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Amapá tem 20 unidades de conservação, que correspondem a cerca de 50% da área do estado; entenda diferença entre elas

Amapá tem 20 unidades de conservação, que correspondem a cerca de 50% da área do estado; entenda diferença entre elas
Áreas são divididas em 7 unidades de Conservação de Proteção Integral e 13 unidades de uso sustentável. Dados de 2022 estão disponíveis no Atlas Geográfico Escolar, lançado na segunda-feira (23). Parque do Tumucumaque, o maior parque nacional do país
ICMBio/Divulgação
O primeiro Atlas Geográfico Escolar do Amapá, lançado na última segunda-feira (23) em Macapá, mostra que o estado tem 20 unidades de conservação (UC). De acordo com os dados de 2022, as unidades correspondem a cerca de 50% da área total do Estado.
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Essas regiões ficam localizadas na capital e em outros municípios, e cada uma traz diferentes formas de manejo, sendo divididas em: 7 unidades de Conservação de Proteção Integral e 13 unidades de uso sustentável. 
Mapa mostra as áreas de unidades de conservação no Amapá
Iepa/Divulgação
O que são as unidades de conservação de proteção integral?
Esta categoria abrange Reservas, Parques e Estações Ecológicas. Essas áreas têm a finalidade de preservar a natureza, sendo permitido apenas o uso indireto dos recursos naturais (veja cada uma delas abaixo). 
Reserva Biológica (Rebio)
Tem o objetivo de preservar integralmente a biota e outros atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. Essa categoria é representada pelas REBIO do Lago, Piratuba e Parazinho.
Rebio do Lago Piratuba: a área possui cerca de 400 mil hectares distribuídos entre os municípios de Amapá e Tartarugalzinho. Estudos apontam que o relevo é caracterizado por apresentar grandes planícies. Além disso, a região é sujeita a inundações periódicas, com trechos permanentemente alagados.
A vegetação do Piratuba sofre anualmente com a incidência de incêndios na época de estiagem. 
Rebio do Parazinho: Criada em 1985, a Reserva Biológica do Parazinho, localizada no arquipélago do Bailique, é uma das importantes áreas de proteção integral da região amazônica e atua na conservação da biodiversidade da foz do rio Amazonas.
Estação Ecológica (ESEC)
Visa a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. No estado do Amapá, há duas UCs nessa categoria: 
ESEC do Jari - localizada entre os municípios de Laranjal do Jari e Mazagão, abrangendo parte do município Almeirim, no Pará, a área ocupa uma região de 231 mil hectares dentro da Amazônia. A estação foi criada para manutenção de recursos hídricos. 
ESEC Maracá Jipioca- localizada no município de Amapá, a Ilha de Maracá ou Ilha das Onças tem formato aproximadamente retangular, dividida em Maracá norte e Maracá sul por um canal denominado Igarapé do Inferno. A estação tem aproximadamente 72.000 hectares. 
Parque Nacional (Parna) e Parque Municipal (Parmu)
Visa a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica. A ideia é que nessas áreas sejam realizadas pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. 
Como representantes dessa categoria, há os Parna: 
Parque Nacional do Cabo Orange - localizado em Oiapoque, no litoral do Amapá, o Parque fica em uma zona de ocorrência de dois biomas: Marinho Costeiro e Amazônico.
Parque Montanhas do Tumucumaque - A unidade está localizada entre os estados do Amapá e Pará e abrange os municípios amapaenses de Calçoene, Laranjal do Jari, Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e Serra do Navio. Já do lado paraense, o município de Almeirim é alcançado pelo parque.
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque é a maior unidade de conservação brasileira de proteção integral. O local conta com trilhas e muitas cachoeiras, onde visitantes e turistas podem ter o contato direto com a natureza. 
Parque do Tumucumaque: saiba como visitar a maior unidade de conservação do país partindo de Macapá
Parque Municipal do Cancão (Parmu): Localizado no município de Serra do Navio, essa é a primeira unidade de conservação municipal do Amapá. O nome do parque homenageia a ave cancão, uma espécie de gralha. 
Em relação à vegetação da área, há espécies como ucuúba, sumaúma, acapú e castanha-da-amazônia. 
Fernanda Colares, gestora do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, destaca que as unidades de conservação têm sido uma estratégia mundial de conservação do meio natural. 
“Se você pensar que talvez seja uma determinada beleza cênica ou um tipo de vegetação específico, ou ainda uma forma de vida animal que está sob ameaça. A gente pode falar também das proteções relacionadas aos meios de vida, à cultura amazônica, como as reservas extrativistas. E esses espaços têm estratégia de uso, de extração de seus meios naturais controlados, uma forma que possa se perpetuar ao longo das gerações. Então, a gente não está falando somente de uma conservação por manter aquele paço intacto. A gente está falando da conservação, mas mantendo o uso pela sociedade. Esse uso, obviamente, é um uso controlado, é um uso racional”, afirmou. 
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O que são unidades de uso sustentável? 
Dívidas em Florestas, Reservas e Apas, nas unidades de uso sustentável, há compatibilidade de conservação da natureza e o uso sustentável dos recursos naturais (veja cada uma delas abaixo). 
Área de Proteção Ambiental (APA)
É uma área, em geral, extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais, especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. 
Em Macapá, ficam localizadas as APA: 
Rio Curiaú: Reconhecida como território quilombola pela Fundação Cultural Palmares, essa região é o primeiro quilombo titulado do Amapá. A área é banhada pelo Rio Curiaú e guarda histórias ancestrais do estado. 
Fazendinha: Nesta região é possível encontrar o único balneário público localizado às margens do Rio Amazonas. 
Curiaú, em Macapá
Rafael Aleixo/g1
Floresta Nacional (Flona) e Estadual (Flota)
É uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e visa básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. 
De responsabilidade da gestão estadual no Amapá, há a Floresta Estadual do Amapá (Flota), localizada no município de Amapá. 
Com aproximadamente 2,3 milhões de hectares, a área verde abrange parte do território de 10 municípios: Mazagão, Porto Grande, Pedra Branca do Amapari, Serra do Navio, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Pracuúba, Amapá, Calçoene e Oiapoque. 
A Flota representa 16,5% da área total do Estado e foi criada para promover o uso racional dos recursos naturais.
A Floresta Nacional (Flona) do Amapá está localizada na Amazônia oriental, em uma das regiões mais conservadas de floresta tropical do mundo. Ela protege seus rios e floresta junto com a população ribeirinha local, que está interessada em receber visitantes para conhecerem suas belas paisagens e cultura.
Criada em 1989, a Flona está localizada no centro do estado, e possui uma área de aproximadamente 460.000 hectares.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)
Pretende preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais. 
A RDS do Iratapuru faz parte dessa categoria. A área foi criada em 1997 e fica localizada na área dos municípios de Laranjal do Jari, Mazagão, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande, e abrange uma área de mais de 800 mil hectares.
Essa unidade de conservação é administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá (Sema) e possui Plano de Manejo, aprovado em 2016. 
Pesquisadores encontram faixa de árvores gigantes em unidade de conservação do Amapá
Reserva Extrativista (Resex)
É uma área utilizada por populações extrativistas tradicionais, e tem como objetivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, além de assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. 
A Resex do Rio Cajari, localizada entre Mazagão e Laranjal do Jari, representa essa categoria no estado. A área abrange 532.397,20 hectares e é responsável pela maior parte da economia do município de Laranjal. 
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN): é uma área privada para conservar a diversidade biológica. As RPPN Ekinox, Revecom, Seringal do Triunfo, Retiro Paraíso e Retiro Boa Esperança fazem parte dessa categoria
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)
Danillo Borralho/Arquivo Rede Amazônica
Orleno Marques, um dos autores do atlas, afirma que a ideia de trazer um mapa mostrando detalhes dessas unidades é valorizar o patrimônio que o estado possui. 
“Com mais de 50% do território coberto por unidades de conservação, sendo destes cerca de 36% são constituídos por Unidades de Proteção Integral como o PARNA do Tumucumaque e 14% por Unidades de Uso Sustentável como a Floresta Estadual (Flota) do Amapá, o estado é destaque quando o assunto é proteção legal de seus serviços ecossistemas. Nesse sentido, nós achamos importante trazer dados atualizados aos nossos leitores sobre a importância dessas unidades. Sentimos a necessidade de trazer esse conhecimento para valorizar esse rico patrimônio que o estado possui”, disse Marques. 
Sobre o Atlas 
Primeiro atlas escolar com detalhes sobre o Amapá é lançado
Jorge Júnior/Rede Amazônica
O trabalho foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal do Amapá (Unifap), da Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) e foram impressos 33 mil exemplares que serão distribuídos em escolas públicas e em universidades.
O livro conta com 40 mapas que mostram detalhadamente os aspectos das florestas, rios solos, além de outros aspectos como o econômico e o populacional, bacias hidrográficas e muitos outros.
A publicação é dividida por sessões, incluindo:
Cartografia e ensino de geografia: com recursos didáticos, escalas e metodologia de elaboração do atlas;
Mapas políticos e divisões regionais: que explica sobra a evolução dos municípios dando um contexto histórico e político;
Mapas de regiões naturais: que aborda a geomorfologia, geologia, redes hidrográficas, bacias hidrográficas, zona costeira e outros;
Mapas Socioeconômicos: que indicam a população, densidade demográfica, Produto Interno Bruto (PIB), ocorrências minerais, atrações turísticas, faixa de fronteira e outros;
Mapas de unidades de conservação e áreas especiais: que mostra regiões protegidas ambientalmente, além de terras indígenas e quilombolas.
A versão digital do atlas está disponível para a consulta por meio do site da Unifap.
Confira o atlas digital
Primeiro atlas geográfico escolar do Amapá é lançado
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