'Ganância' de médico foi agravante em inquérito sobre morte de paciente após 'harmonização de bumbum' no Recife

Caso aconteceu em janeiro deste ano. Investigação apontou que médico tinha ciência das intercorrências que produto poderia causar e assumiu risco do resultado. Post do médico Marcelo Vasconcelos no Instagram falando sobre a prática de exercícios após a aplicação do PMMA
Reprodução/Redes sociais
O médico Marcelo Alves Vasconcelos, que realizou uma "harmonização de bumbum" na comerciante Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, horas antes dela morrer, foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe. De acordo com a Polícia Civil, responsável pelo inquérito, a "ganância" do profissional foi um dos qualificadores do crime.
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Em entrevista à TV Globo, o delegado Mário Melo, da Delegacia de Boa Viagem, contou que o fato de o médico não possuir cadastro no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) foi outro qualificador do homicídio.
“Ele foi denunciado por homicídio doloso, qualificado pelo motivo torpe. O promotor materializou o motivo torpe pela ganância e também pelo exercício ilegal da medicina”, explicou o delegado.
Durante a investigação foi comprovado que a “harmonização de bumbum” foi feita com polimetilmetacrilato, uma substância conhecida como PMMA, que não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em fins estéticos.
Adriana Barros morreu de embolia pulmonar. Entretanto, ela também sofreu choque séptico (infecção generalizada) causada por uma infecção urinária anterior, mas que foi agravada devido à realização do procedimento médico.
Segundo o delegado Mário Melo, o médico Marcelo Alves realizava ampla divulgação da substância PMMA em publicações nas redes sociais sem qualquer informação sobre os riscos.
No caso de Adriana Barros, não foi solicitado qualquer exame prévio ou investigação sobre seu estado de saúde antes do procedimento.
“Ele é um defensor, especialista no uso dessa substância [PMMA]. Enaltece, estimula, incentiva, mas não traz os malefícios, o que faz as mulheres ficarem encantadas achando que aquilo ali vai ser a solução para a baixa autoestima delas”, disse Mário Melo.
Além disso, segundo o delegado, o médico já foi condenado em primeira e segunda instâncias por integrar uma organização criminosa de vendas de vagas em vestibulares de medicina. Marcelo Alves não chegou a cumprir pena porque o crime prescreveu antes do fim do processo.
“Foi relevante para a gente essa condenação por ele estar envolvido numa organização criminosa de venda de vagas em faculdades de medicina, no ano de 2014. Foi uma operação feita pela Polícia Civil, e envolvia faculdades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. [...] Isso demonstra a personalidade antiética, de não respeito às regras”, afirmou.
O g1 entrou em contato com o médico para saber o posicionamento dele com relação à denúncia do MPPE, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Médico fala sobre PMMA, substância usada em 'harmonização de bumbum' de mulher que morreu após procedimento
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
Reprodução/Redes sociais
O médico Marcelo Alves Vasconcelos, que realizou uma "harmonização de bumbum" na comerciante Adriana Barros Lima Laurentino, de 46 anos, horas antes dela morrer, foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe. De acordo com a Polícia Civil, responsável pelo inquérito, a "ganância" do profissional foi um dos qualificadores do crime.
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Em entrevista à TV Globo, o delegado Mário Melo, da Delegacia de Boa Viagem, contou que o fato de o médico não possuir cadastro no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) foi outro qualificador do homicídio.
“Ele foi denunciado por homicídio doloso, qualificado pelo motivo torpe. O promotor materializou o motivo torpe pela ganância e também pelo exercício ilegal da medicina”, explicou o delegado.
Durante a investigação foi comprovado que a “harmonização de bumbum” foi feita com polimetilmetacrilato, uma substância conhecida como PMMA, que não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em fins estéticos.
Adriana Barros morreu de embolia pulmonar. Entretanto, ela também sofreu choque séptico (infecção generalizada) causada por uma infecção urinária anterior, mas que foi agravada devido à realização do procedimento médico.
Segundo o delegado Mário Melo, o médico Marcelo Alves realizava ampla divulgação da substância PMMA em publicações nas redes sociais sem qualquer informação sobre os riscos.
No caso de Adriana Barros, não foi solicitado qualquer exame prévio ou investigação sobre seu estado de saúde antes do procedimento.
“Ele é um defensor, especialista no uso dessa substância [PMMA]. Enaltece, estimula, incentiva, mas não traz os malefícios, o que faz as mulheres ficarem encantadas achando que aquilo ali vai ser a solução para a baixa autoestima delas”, disse Mário Melo.
Além disso, segundo o delegado, o médico já foi condenado em primeira e segunda instâncias por integrar uma organização criminosa de vendas de vagas em vestibulares de medicina. Marcelo Alves não chegou a cumprir pena porque o crime prescreveu antes do fim do processo.
“Foi relevante para a gente essa condenação por ele estar envolvido numa organização criminosa de venda de vagas em faculdades de medicina, no ano de 2014. Foi uma operação feita pela Polícia Civil, e envolvia faculdades em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. [...] Isso demonstra a personalidade antiética, de não respeito às regras”, afirmou.
O g1 entrou em contato com o médico para saber o posicionamento dele com relação à denúncia do MPPE, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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