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Irmãos com mesma doença renal recebem rins de um único doador: 'alegria total'

Irmãos com mesma doença renal recebem rins de um único doador: 'alegria total'
Família doa órgãos de vítima de morte encefálica e salva dois irmãos no PR
Mais de 23 mil pessoas aguardam um transplante no Brasil. Na prática, elas dependem de uma decisão que cabe à família de possíveis doadores. Um gesto que salva vidas.
Foi uma longa espera: "fez 7 anos que fiz a diálise, estou fazendo... Estava fazendo a diálise." Ele completa: "Faz 6 anos, dois meses e oito dias de diálise. Aos 58 anos, eu entrei para a máquina de diálise. E agora, dia 10 desse mês, veio a graça de Deus de a gente receber o transplante", diz Sérgio Mansano, aposentado.
Os irmãos Jorge, de 64 anos, e Sérgio, de 67 anos, tem a doença renal policística do adulto, que causa o desenvolvimento de cistos nos rins, aumentando o tamanho do órgão. A doença é passada de geração em geração. Eles já perderam o pai e duas irmãs, com o mesmo diagnóstico.
"O rim vai deixando progressivamente de funcionar a partir dos 50, 60 anos. Essas pessoas podem evoluir para uma necessidade de hemodiálise", explica Rafael Mori, urologista.
A hemodiálise funciona como tratamento, mas a doença não tem cura. Para os dois irmãos, a salvação estava no transplante - um rim transplantado não desenvolve a doença. O Jorge estava à frente na fila e foi chamado primeiro. Ele só descobriu que o Sérgio também receberia um rim quando já estava no hospital.
"Aí chegou a doutora e me chamou: 'Jorge, você vai ser transplantado de madrugada, e o outro rim foi para o meu irmão. Aí, alegria total, né?", conta Jorge Mansano, aposentado.
Os irmãos Jorge, de 64 anos, e Sérgio, de 67 anos
Reprodução/TV Globo
A notícia que os irmãos tanto esperavam chegou ao mesmo tempo, porque os dois eram compatíveis com o doador: uma pessoa que sofreu morte encefálica. A família autorizou a doação. E as cirurgias aconteceram, uma na sequência da outra, na Santa Casa de Maringá, no Paraná.
"É muito importante para as famílias que têm algum ente querido em morte encefálica que façam a doação, porque esse exemplo dos irmãos é bonito, um fato concreto de como a gente pode ver que o transplante realmente muda vidas, torna as pessoas que foram agraciadas por ele muito felizes", diz Rafael Mori, urologista.
Mais de 23 mil pessoas se inscreveram para receber um transplante no Brasil neste ano, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Uma a cada três precisa de um rim. Pelo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes, a identidade do doador deve ser mantida sob sigilo.
Quem ganhou uma nova vida graças a generosidade de desconhecidos, está grato.
"Eu só tenho a agradecer a essa família pelo gesto de bondade que fizeram por nós", diz Sérgio Mansano, aposentado.
"Uma coisa que eu queria transmitir para essa família, a gente não sabe quem, não conhece, mas teria muito desejo de conhecê-los um dia, poder pegar na mão, apertar a mão, dar um abraço caloroso e dizer para eles que esse órgão que eles doaram, certamente a gente vai cuidar com muito carinho e vai estar em boas mãos", completa Jorge.

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