Mais de 16 mil adultos não são alfabetizados em Uberlândia; projetos sociais ajudam a mudar essa realidade
Iniciativas como o projeto 'Mais Saber' e 'Escola Nota10' ajudam adultos a aprenderem a ler e a escrever. Maioria dos analfabetizados na cidade tem acima de 65 anos. Projetos em Uberlândia promovem alfabetização de adultos
Em Uberlândia, onde mais de 16 mil jovens e adultos ainda não sabem ler ou escrever, projetos sociais estão transformando canteiros de obras em salas de aula e operários em estudantes. Iniciativas como o "Mais Saber" e o "Escola Nota 10", com apoio da iniciativa privada, estão abrindo portas para a alfabetização de trabalhadores que, por anos, deixaram os estudos em segundo plano.
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E os resultados já são visíveis. Só por meio do projeto 'Escola Nota 10', em parceria com uma construtora da cidade, já foram alfabetizados mais de 5 mil funcionários, em 30 escolas pelo país todo.
O projeto social é realizado em Uberlândia desde 2011, incentivando seus colaboradores ao estudo. Durante três vezes na semana, eles encerram os trabalhos mais cedo para se dedicarem ao estudo.
É o caso do pedreiro Romildo José, que afirma que a iniciativa ajuda quem ainda não sabe ler ou escrever. "É um projeto muito bom, né. Que está ajudando muitos pais de família, aqueles que não podem estudar, aqueles que não sabem ler ainda. Aprende muito", afirmou o trabalhador.
O foco das aulas é ensinar de forma individualizada, na qual cada aluno consegue ir aprendendo no seu tempo. O doutor em Educação, Euclides Cabral, reforçou a importância de as empresas abraçare, esse tipo de projeto contra o analfabetismo.
"Os municípios têm que trabalhar junto com a sociedade privada, com essas empresas, onde estão a maioria dos trabalhadores. Para aqueles que aqueles que querem estudar, tenham sala de aula na empresa", afirmou educador.
Escola Nota 10
Criado em 2011, o projeto Escola Nota 10 tem parceria com o grupo Alicerce Educação, que auxilia no apoio pedagógico na área de construção civil e já alfabetizou mais de 5 mil trabalhadores em todo o Brasil. Em Uberlândia, uma das turmas tem aulas com oito alunos, sendo eles pedreiros, serventes e operários, com idades de 21 a 42 anos.
Três vezes por semana, os colaboradores terminam o expediente uma hora e meia mais cedo para realizarem as aulas, que acontecem no próprio canteiro de obras.
O professor John Braga dá aulas e explica que o ensino é individualizado, respeitando o ritmo de cada aluno. '"A gente elabora uma atividade para cada aluno. Isso porque dentro de uma turma tem alunos em diferentes níveis de aprendizagem e cada aluno tem uma necessidade", pontuou.
Atualmente, o projeto mantém 30 escolas funcionando no país, com o objetivo de zerar o analfabetismo entre os funcionários na área da construção civil.
Projeto Saber Mais ajuda na alfabetização de adultos
TV Integração
Projeto Mais Saber
Outro projeto que visa combater o analfabetismo em Uberlândia é o "Mais Saber", realizado no Bairro São Jorge. Com incentivos também de uma empresa, o espaço tem aula duas vezes durante a semana com alunos de 23 a 89 anos.
Com 37 voluntários dando aula, o projeto conta atualmente com 16 estudantes matriculados. Edilene Rufino é um exemplo.
Ela cresceu na zona rural e teve que escolher, quando criança, entre trabalhar ou estudar, e por isso não teve oportunidade de se formar.
Para ela, que participou do projeto durante dois anos, não pensa em parar de estudar.
"Eu tenho um sonho de me formar em advogada. Aquilo que não tive lá na infância, é a oportunidade que eu estou tendo agora, então estou firme e acredito que vou me formar", disse Edilene.
Analfabetismo em Uberlândia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16.714 uberlandenses, a partir de 16 anos, não são alfabetizados.
Os dados do IBGE ainda revelam o recorte de gênero e idade. Das pessoas não alfabetizadas em Uberlândia, 52% são mulheres e 47% são homens. A maioria tem acima de 65 anos.
Alunos que participam das aulas tem de 23 a 89 anos
TV Integração
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Em Uberlândia, onde mais de 16 mil jovens e adultos ainda não sabem ler ou escrever, projetos sociais estão transformando canteiros de obras em salas de aula e operários em estudantes. Iniciativas como o "Mais Saber" e o "Escola Nota 10", com apoio da iniciativa privada, estão abrindo portas para a alfabetização de trabalhadores que, por anos, deixaram os estudos em segundo plano.
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E os resultados já são visíveis. Só por meio do projeto 'Escola Nota 10', em parceria com uma construtora da cidade, já foram alfabetizados mais de 5 mil funcionários, em 30 escolas pelo país todo.
O projeto social é realizado em Uberlândia desde 2011, incentivando seus colaboradores ao estudo. Durante três vezes na semana, eles encerram os trabalhos mais cedo para se dedicarem ao estudo.
É o caso do pedreiro Romildo José, que afirma que a iniciativa ajuda quem ainda não sabe ler ou escrever. "É um projeto muito bom, né. Que está ajudando muitos pais de família, aqueles que não podem estudar, aqueles que não sabem ler ainda. Aprende muito", afirmou o trabalhador.
O foco das aulas é ensinar de forma individualizada, na qual cada aluno consegue ir aprendendo no seu tempo. O doutor em Educação, Euclides Cabral, reforçou a importância de as empresas abraçare, esse tipo de projeto contra o analfabetismo.
"Os municípios têm que trabalhar junto com a sociedade privada, com essas empresas, onde estão a maioria dos trabalhadores. Para aqueles que aqueles que querem estudar, tenham sala de aula na empresa", afirmou educador.
Escola Nota 10
Criado em 2011, o projeto Escola Nota 10 tem parceria com o grupo Alicerce Educação, que auxilia no apoio pedagógico na área de construção civil e já alfabetizou mais de 5 mil trabalhadores em todo o Brasil. Em Uberlândia, uma das turmas tem aulas com oito alunos, sendo eles pedreiros, serventes e operários, com idades de 21 a 42 anos.
Três vezes por semana, os colaboradores terminam o expediente uma hora e meia mais cedo para realizarem as aulas, que acontecem no próprio canteiro de obras.
O professor John Braga dá aulas e explica que o ensino é individualizado, respeitando o ritmo de cada aluno. '"A gente elabora uma atividade para cada aluno. Isso porque dentro de uma turma tem alunos em diferentes níveis de aprendizagem e cada aluno tem uma necessidade", pontuou.
Atualmente, o projeto mantém 30 escolas funcionando no país, com o objetivo de zerar o analfabetismo entre os funcionários na área da construção civil.
Projeto Saber Mais ajuda na alfabetização de adultos
TV Integração
Projeto Mais Saber
Outro projeto que visa combater o analfabetismo em Uberlândia é o "Mais Saber", realizado no Bairro São Jorge. Com incentivos também de uma empresa, o espaço tem aula duas vezes durante a semana com alunos de 23 a 89 anos.
Com 37 voluntários dando aula, o projeto conta atualmente com 16 estudantes matriculados. Edilene Rufino é um exemplo.
Ela cresceu na zona rural e teve que escolher, quando criança, entre trabalhar ou estudar, e por isso não teve oportunidade de se formar.
Para ela, que participou do projeto durante dois anos, não pensa em parar de estudar.
"Eu tenho um sonho de me formar em advogada. Aquilo que não tive lá na infância, é a oportunidade que eu estou tendo agora, então estou firme e acredito que vou me formar", disse Edilene.
Analfabetismo em Uberlândia
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16.714 uberlandenses, a partir de 16 anos, não são alfabetizados.
Os dados do IBGE ainda revelam o recorte de gênero e idade. Das pessoas não alfabetizadas em Uberlândia, 52% são mulheres e 47% são homens. A maioria tem acima de 65 anos.
Alunos que participam das aulas tem de 23 a 89 anos
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