Sargento que matou esposa e feriu filha dentro de clínica em Santos está inativo da PM e deve participar de reconstituição

Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, foi morta a tiros e facadas por Samir Carvalho. Filha do casal, de 10 anos, também foi atingida e ficou seis dias internada. Samir Carvalho matou a esposa a tiros dentro de clínica médica em Santos (SP)
Redes sociais e Daniela Rucio/TV Tribuna
O sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, preso após matar a esposa Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, dentro de uma clínica médica em Santos, no litoral de São Paulo, está atualmente inativo da corporação e deve participar da reconstituição do crime nesta semana.
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O crime aconteceu em 7 de maio, dentro de uma clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Samir efetuou vários disparos que atingiram a esposa e a filha do casal, de 10 anos. Em seguida, ele usou uma faca e desferiu aproximadamente dez golpes em Amanda, que morreu no local. A criança foi socorrida e ficou internada por seis dias.
Segundo apuração do g1 junto à Justiça Militar, a prisão do sargento resultou na chamada agregação militar, situação que o coloca como inativo temporariamente. Nessa condição, ele perde o direito ao salário e o tempo de serviço não é contabilizado.
Atualmente, Samir está detido no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital paulista. No entanto, ele deve ser transferido para Santos na quinta-feira (22), para participar da reconstituição do crime, de acordo com a delegada Débora Lázaro, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que conduz as investigações.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o inquérito policial foi instaurado pela DDM de Santos. “O agente foi detido em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva pela Justiça. O policial foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista. As diligências continuam com o objetivo de esclarecer completamente os fatos investigados”.
A Polícia Militar não informou se o sargento foi oficialmente afastado da corporação. Já o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que ainda não foi notificado sobre um possível afastamento do cliente.
Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes em Santos, SP
Reprodução/Instagram
Entenda o caso
O sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho foi preso em flagrante após matar a esposa Amanda Fernandes, na tarde do dia 7 de maio, dentro de uma clínica médica na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé.
A filha do casal foi socorrida para a Santa Casa de Santos. Ao g1, o hospital informou que a paciente foi atendida pela equipe multidisciplinar da emergência. Nesta terça-feira (13) a criança recebeu alta médica.
Menina que tentou salvar a mãe de tiros disparados pelo pai sargento recebe alta
Menina tentou salvar mãe
Segundo apurado pelo g1, a menor tentou salvar a mãe, que era o alvo dos disparos, pulando na frente dela. Em depoimento à Polícia Civil, o médico proprietário da clínica disse ter sido surpreendido por Amanda e pela filha enquanto estava na própria sala, aguardando o horário de chamá-las para uma consulta que estava agendada.
O profissional contou às autoridades que Amanda entrou no cômodo muito nervosa, dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro.
"Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico.
Amanda Fernandes, de 42 anos, foi morta pelo sargento Samir Carvalho, em Santos (SP)
Redes sociais
Ele disse para a Polícia Civil que trancou a porta do consultório, colocou duas cadeiras atrás da porta e ficou segurando com medo de que fosse arrombada. O médico também contou que pediu para a paciente chamar a polícia, mas ela respondeu que uma amiga já havia acionado a corporação. Por isso, insistiu por uma nova ligação.
O homem relatou que ouviu uma batida na porta e questionou quem era, mas não teve retorno. Momentos depois, ele escutou a voz da secretária pedindo para a porta ser aberta porque a PM havia chegado. Segundo o relato, também foi possível escutar uma voz masculina dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”.
Após questionar se os agentes estavam uniformizados, o médico abriu parcialmente a porta e, em seguida, foi para atrás da mesa. Ele disse que viu, no fim do corredor, um policial fardado e depois ouviu uma sequência de mais de dez tiros.
O profissional disse para polícia que se abrigou debaixo da mesa para se proteger e acredita que o atirador tenha começado os disparos do lado de fora da sala. Ele só se levantou depois que o agressor foi contido pelas equipes policiais.
O homem contou que socorreu a filha de Amanda e, logo depois, viu o corpo da mulher com uma faca “cravada no pescoço e banhada em sangue”. Ele garantiu que nunca havia visto as vítimas antes e não chegou a ver o atirador porque se escondeu ao ouvir o primeiro tiro.
Investigação
Em nota, a SSP-SP informou que a PM instaurou um Inquérito Policial Militar para “apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde”.
Anteriormente, a SSP-SP havia informado que os agentes tinham encontrado a mulher já morta e a filha do casal ferida ao chegarem no local da ocorrência, contrariando à versão obtida pelo g1 com a Polícia Civil de que os policiais estavam na clínica na hora dos disparos.
Defesa de Samir
Por meio de nota, o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que na tarde do dia 8 de maio foi realizada audiência de custódia e a prisão em flagrante do policial foi convertida em preventiva. Samir foi encaminhado ao presídio Romão Gomes. Paulo de Jesus disse que a defesa se manifestará apenas quando as investigações forem concluídas.
VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
Redes sociais e Daniela Rucio/TV Tribuna
O sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho, preso após matar a esposa Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, dentro de uma clínica médica em Santos, no litoral de São Paulo, está atualmente inativo da corporação e deve participar da reconstituição do crime nesta semana.
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O crime aconteceu em 7 de maio, dentro de uma clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Samir efetuou vários disparos que atingiram a esposa e a filha do casal, de 10 anos. Em seguida, ele usou uma faca e desferiu aproximadamente dez golpes em Amanda, que morreu no local. A criança foi socorrida e ficou internada por seis dias.
Segundo apuração do g1 junto à Justiça Militar, a prisão do sargento resultou na chamada agregação militar, situação que o coloca como inativo temporariamente. Nessa condição, ele perde o direito ao salário e o tempo de serviço não é contabilizado.
Atualmente, Samir está detido no Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital paulista. No entanto, ele deve ser transferido para Santos na quinta-feira (22), para participar da reconstituição do crime, de acordo com a delegada Débora Lázaro, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que conduz as investigações.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o inquérito policial foi instaurado pela DDM de Santos. “O agente foi detido em flagrante e, posteriormente, teve sua prisão convertida em preventiva pela Justiça. O policial foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista. As diligências continuam com o objetivo de esclarecer completamente os fatos investigados”.
A Polícia Militar não informou se o sargento foi oficialmente afastado da corporação. Já o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que ainda não foi notificado sobre um possível afastamento do cliente.
Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes em Santos, SP
Reprodução/Instagram
Entenda o caso
O sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho foi preso em flagrante após matar a esposa Amanda Fernandes, na tarde do dia 7 de maio, dentro de uma clínica médica na Avenida Senador Pinheiro Machado, no bairro Marapé.
A filha do casal foi socorrida para a Santa Casa de Santos. Ao g1, o hospital informou que a paciente foi atendida pela equipe multidisciplinar da emergência. Nesta terça-feira (13) a criança recebeu alta médica.
Menina que tentou salvar a mãe de tiros disparados pelo pai sargento recebe alta
Menina tentou salvar mãe
Segundo apurado pelo g1, a menor tentou salvar a mãe, que era o alvo dos disparos, pulando na frente dela. Em depoimento à Polícia Civil, o médico proprietário da clínica disse ter sido surpreendido por Amanda e pela filha enquanto estava na própria sala, aguardando o horário de chamá-las para uma consulta que estava agendada.
O profissional contou às autoridades que Amanda entrou no cômodo muito nervosa, dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro.
"Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico.
Amanda Fernandes, de 42 anos, foi morta pelo sargento Samir Carvalho, em Santos (SP)
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Ele disse para a Polícia Civil que trancou a porta do consultório, colocou duas cadeiras atrás da porta e ficou segurando com medo de que fosse arrombada. O médico também contou que pediu para a paciente chamar a polícia, mas ela respondeu que uma amiga já havia acionado a corporação. Por isso, insistiu por uma nova ligação.
O homem relatou que ouviu uma batida na porta e questionou quem era, mas não teve retorno. Momentos depois, ele escutou a voz da secretária pedindo para a porta ser aberta porque a PM havia chegado. Segundo o relato, também foi possível escutar uma voz masculina dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”.
Após questionar se os agentes estavam uniformizados, o médico abriu parcialmente a porta e, em seguida, foi para atrás da mesa. Ele disse que viu, no fim do corredor, um policial fardado e depois ouviu uma sequência de mais de dez tiros.
O profissional disse para polícia que se abrigou debaixo da mesa para se proteger e acredita que o atirador tenha começado os disparos do lado de fora da sala. Ele só se levantou depois que o agressor foi contido pelas equipes policiais.
O homem contou que socorreu a filha de Amanda e, logo depois, viu o corpo da mulher com uma faca “cravada no pescoço e banhada em sangue”. Ele garantiu que nunca havia visto as vítimas antes e não chegou a ver o atirador porque se escondeu ao ouvir o primeiro tiro.
Investigação
Em nota, a SSP-SP informou que a PM instaurou um Inquérito Policial Militar para “apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde”.
Anteriormente, a SSP-SP havia informado que os agentes tinham encontrado a mulher já morta e a filha do casal ferida ao chegarem no local da ocorrência, contrariando à versão obtida pelo g1 com a Polícia Civil de que os policiais estavam na clínica na hora dos disparos.
Defesa de Samir
Por meio de nota, o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que na tarde do dia 8 de maio foi realizada audiência de custódia e a prisão em flagrante do policial foi convertida em preventiva. Samir foi encaminhado ao presídio Romão Gomes. Paulo de Jesus disse que a defesa se manifestará apenas quando as investigações forem concluídas.
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