Após mais de uma semana, suspeito de atropelar e matar assessora jurídica durante briga no AC continua foragido

Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, teve a prisão decretada no último dia 22, contudo, não se apresentou à polícia e nem foi preso. Juliana Chaar Marçal morreu aos 36 anos após ser atropelada durante confusão no bar Dibuteco. Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar
Reprodução
Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco, continua foragido após mais de uma semana do crime. Ele teve a prisão temporária no dia seguinte a fatalidade, dia 22 deste mês, e até esta segunda-feira (30) não se apresentou.
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? Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada do último sábado (21). A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso, mas a Justiça concedeu liberdade provisória. A servidora morreu horas depois no pronto-socorro de Rio Branco e o suspeito pelo atropelamento, Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, teve a prisão decretada no domingo (22).
O advogado de Diego, Felipe Munoz, afirmou que o cliente vai se apresentar após a revogação do mandado de prisão.
"Ainda não saiu decisão. Só vamos impetrar habeas corpus caso a decisão venha no sentido negativo. Mas estamos aguardando ainda", disse ele.
Para o também advogado da família e primo da vítima, Vandré Prado, pedido de prisão temporária assinada pelo juiz o Robson Ribeiro Aleixo está em aberto e Diego é sim considerado foragido. "A defesa tenta fazer um jogo de narrativa. O fato concreto é que ele tem sim um mandado de prisão expedido e não cumprido", comentou ele.
A família de Juliana torce para que o suspeito seja preso e julgado.
LEIA MAIS:
VÍDEO mostra momento em que servidora do TJ é atropelada durante confusão em bar no Acre
Suspeito de atropelar e matar assessora jurídica na saída de casa noturna no AC não viu a vítima, diz defesa
"Ele quer matar e seguir a vida, respondendo em liberdade e vivendo a vida normalmente. Para ser mais claro, o recurso deles não suspende o efeito do mandado. Confiamos no Judiciário para manter a prisão e na polícia para localizar e que ele possa ter o direito de se defender, preso, como prevê a lei. Mesmo preso e julgado, terá mais direito do que a Juliana teve", declarou ele.
O g1 entrou em contato com o delegado Cristiano Bastos, da Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso, para saber sobre a busca ao suspeito e obter informações sobre a investigação, porém até o momento, não obteve resposta.
Relembre o caso
Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar no AC
Arquivo pessoal
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, localizada na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do último sábado (21) e ela morreu horas depois no Pronto Socorro da capital.
Diego Luiz Passos dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão nesta segunda-feira (23).
O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate. (Veja vídeo abaixo)
Câmeras mostram momento em que servidora é atropelada após confusão em bar de Rio Branco
Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu. A investigação apontou que uma discussão envolvendo várias pessoas antecedeu o atropelamento.
Imagens mostram momento em que confusão iniciou, já fora do estabelecimento
Reprodução/Cedida ao g1
Quem era Juliana
"Juliana era uma pessoa muito especial, prestativa e amiga todos. Estava sempre à disposição para ajudar".
Vandré detalhou a consternação de conhecidos, amigos e familiares com a morte de Juliana.
"A gente tem recebido muito carinho e solidariedade das pessoas. Juliana estava sempre à disposição para ajudar e servir. Eu acho que isso é o que definia ela. Tanto que até no momento trágico da sua vida, ela estava ali para tentar ajudar acabar com aquela confusão que se instalou ali", disse.
Juliana era formada em direito, atuava como assessora jurídica desde fevereiro deste ano e estava estudando para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil que a permitiria advogar.
"Ela vivia um momento de muito desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional. Ela tinha feito há poucos dias a segunda fase [da prova da OAB] e aguardava o resultado", informou.
Sobre as lembranças que guarda com mais carinho, o primo, que era muito próximo de Juliana, descreve que o convívio em família eram os melhores momentos.
Servidora do Tribunal de Justiça do Acre morre atropelada durante confusão em bar
"Ela não merecia jamais terminar sua vida dessa forma tão trágica, de forma tão absurda. Foi realmente uma lástima e a gente só espera minimamente que a justiça seja feita aqui na Terra porque em outro plano, no céu, acho que ela já está recebendo a acolhida que ela merece", lamentou.
O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais, com pedidos de justiça e homenagens à vítima.
"Além de ser minha amiga, nos últimos três anos ela conviveu comigo diariamente porque ela era minha chefe de gabinete na OAB [...] é uma perda inestimável. Eu até escrevi que talvez fosse o dia mais triste da minha vida, e eu tenho absoluta convicção que foi até hoje o dia mais triste da minha vida [...] torço para que seja feita justiça e qualquer tipo de culpado pague pelas consequências de seus atos", lamentou Rodrigo Aiache, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Acre.
Reveja os telejornais do Acre
Reprodução
Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco, continua foragido após mais de uma semana do crime. Ele teve a prisão temporária no dia seguinte a fatalidade, dia 22 deste mês, e até esta segunda-feira (30) não se apresentou.
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? Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada do último sábado (21). A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso, mas a Justiça concedeu liberdade provisória. A servidora morreu horas depois no pronto-socorro de Rio Branco e o suspeito pelo atropelamento, Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, teve a prisão decretada no domingo (22).
O advogado de Diego, Felipe Munoz, afirmou que o cliente vai se apresentar após a revogação do mandado de prisão.
"Ainda não saiu decisão. Só vamos impetrar habeas corpus caso a decisão venha no sentido negativo. Mas estamos aguardando ainda", disse ele.
Para o também advogado da família e primo da vítima, Vandré Prado, pedido de prisão temporária assinada pelo juiz o Robson Ribeiro Aleixo está em aberto e Diego é sim considerado foragido. "A defesa tenta fazer um jogo de narrativa. O fato concreto é que ele tem sim um mandado de prisão expedido e não cumprido", comentou ele.
A família de Juliana torce para que o suspeito seja preso e julgado.
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VÍDEO mostra momento em que servidora do TJ é atropelada durante confusão em bar no Acre
Suspeito de atropelar e matar assessora jurídica na saída de casa noturna no AC não viu a vítima, diz defesa
"Ele quer matar e seguir a vida, respondendo em liberdade e vivendo a vida normalmente. Para ser mais claro, o recurso deles não suspende o efeito do mandado. Confiamos no Judiciário para manter a prisão e na polícia para localizar e que ele possa ter o direito de se defender, preso, como prevê a lei. Mesmo preso e julgado, terá mais direito do que a Juliana teve", declarou ele.
O g1 entrou em contato com o delegado Cristiano Bastos, da Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação do caso, para saber sobre a busca ao suspeito e obter informações sobre a investigação, porém até o momento, não obteve resposta.
Relembre o caso
Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar no AC
Arquivo pessoal
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, localizada na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do último sábado (21) e ela morreu horas depois no Pronto Socorro da capital.
Diego Luiz Passos dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão nesta segunda-feira (23).
O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate. (Veja vídeo abaixo)
Câmeras mostram momento em que servidora é atropelada após confusão em bar de Rio Branco
Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu. A investigação apontou que uma discussão envolvendo várias pessoas antecedeu o atropelamento.
Imagens mostram momento em que confusão iniciou, já fora do estabelecimento
Reprodução/Cedida ao g1
Quem era Juliana
"Juliana era uma pessoa muito especial, prestativa e amiga todos. Estava sempre à disposição para ajudar".
Vandré detalhou a consternação de conhecidos, amigos e familiares com a morte de Juliana.
"A gente tem recebido muito carinho e solidariedade das pessoas. Juliana estava sempre à disposição para ajudar e servir. Eu acho que isso é o que definia ela. Tanto que até no momento trágico da sua vida, ela estava ali para tentar ajudar acabar com aquela confusão que se instalou ali", disse.
Juliana era formada em direito, atuava como assessora jurídica desde fevereiro deste ano e estava estudando para o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil que a permitiria advogar.
"Ela vivia um momento de muito desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional. Ela tinha feito há poucos dias a segunda fase [da prova da OAB] e aguardava o resultado", informou.
Sobre as lembranças que guarda com mais carinho, o primo, que era muito próximo de Juliana, descreve que o convívio em família eram os melhores momentos.
Servidora do Tribunal de Justiça do Acre morre atropelada durante confusão em bar
"Ela não merecia jamais terminar sua vida dessa forma tão trágica, de forma tão absurda. Foi realmente uma lástima e a gente só espera minimamente que a justiça seja feita aqui na Terra porque em outro plano, no céu, acho que ela já está recebendo a acolhida que ela merece", lamentou.
O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais, com pedidos de justiça e homenagens à vítima.
"Além de ser minha amiga, nos últimos três anos ela conviveu comigo diariamente porque ela era minha chefe de gabinete na OAB [...] é uma perda inestimável. Eu até escrevi que talvez fosse o dia mais triste da minha vida, e eu tenho absoluta convicção que foi até hoje o dia mais triste da minha vida [...] torço para que seja feita justiça e qualquer tipo de culpado pague pelas consequências de seus atos", lamentou Rodrigo Aiache, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Acre.
Reveja os telejornais do Acre
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