Tarifaço de Trump: Tarcísio se reúne com cerca de 20 empresários dos setores do café, carne e metalurgia

Tarcísio se reúne com empresários paulistas sobre tarifaço de Trump
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reuniu na manhã desta terça-feira (15) com cerca de 20 empresários de diversas áreas, como café, carne, metalurgia e madeireira, para traçar um diagnóstico da situação imposta pelo tarifaço de Donald Trump.
? Com o tarifaço, o estado de São Paulo deve acumular a maior perda, em valores absolutos. O PIB pode ter uma queda de 0,13% com os impactos das medidas tarifárias, o que representa perdas de cerca de R$ 4,46 bilhões. (Leia mais abaixo.)
O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, também participou do evento, que começou por volta das 10h.
Com duração de uma hora e meia, a reunião foi a portas fechadas. Por enquanto, o Palácio dos Bandeirantes não divulgou a lista de presença de empresários ou os temas discutidos.
O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, filiado ao Republicanos, mesmo partido do governador, também compareceu ao evento.
Skaf ajudou a reforçar, entre seus pares do setor privado, o convite do governo para a reunião, diante do impacto real do tarifaço na indústria e entre os exportadores de São Paulo.
Nesta terça, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nas redes sociais a postura do governador. O filho do ex-presidente defende o fim das tarifas de 50% com uma anistia ampla para os acusados de articular uma trama golpista para mantê-lo no poder.
O governo federal também planejou encontros com empresários nesta terça. O vice-presidente Geraldo Alckmin vai realizar duas reuniões com representantes do setor privado para discutir a resposta brasileira ao aumento de tarifas anunciado por Trump.
Tarcísio de Freitas, governador de SP, antes da reunião com os empresários
Raul Luciano/Ato Press/Estadão Conteúdo
Tarifa de 50%
A decisão de Trump impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA a partir de 1º de agosto. A medida foi criticada pelo governo Lula, que a considera uma retaliação política — motivada por críticas do presidente norte-americano ao Supremo Tribunal Federal e em defesa de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o estudo do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental (Nemea-UFMG), São Paulo deve acumular perdas de 0,73% no PIB estadual referente à agropecuária, além de uma queda de 0,12% na indústria extrativa e de 0,31% na indústria de transformação.
O setor de indústria de transformação inclui, por exemplo, metalúrgicas e siderúrgicas — afetadas pela taxação do aço e do alumínio. Além disso, inclui também a indústria de máquinas e equipamentos, que passa a ter uma competição ainda mais forte com a indústria interna dos Estados Unidos.
Em relação à agropecuária, o cultivo da laranja é um dos mais afetados. A fruta é utilizada para fazer suco, um dos itens mais exportados pelo Brasil ao país norte-americano. Mais de 90% do cultivo da laranja está concentrado em cidades de São Paulo e de Minas Gerais.
Posição de Tarcísio
Logo após o tarifaço de Trump, Tarcísio adotou um tom crítico ao governo federal, responsabilizando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas tarifas.
Em uma publicação nas redes sociais, afirmou que “a responsabilidade é de quem governa” e acusou o presidente de colocar “sua ideologia acima da economia”.
Lula com boné de campanha do governo e Tarcísio com boné com lema de Donald Trump
Reprodução
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-os de colocar interesses ideológicos acima dos interesses nacionais. Ela afirmou que o tarifaço é uma forma de chantagem política de Trump, motivada por questões internas dos EUA e pelo julgamento de Bolsonaro no STF.
Dias depois, Tarcísio suavizou o discurso. Defendeu a união de esforços entre os governos estadual e federal para enfrentar os efeitos do tarifaço, reconheceu a gravidade da situação e elogiou a atuação diplomática do governo Lula.
Esta será a segunda reunião de Tarcísio de Freitas com o representante da embaixada dos EUA para discutir o impacto das tarifas. Na sexta-feira (11), eles se reuniram em Brasília.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reuniu na manhã desta terça-feira (15) com cerca de 20 empresários de diversas áreas, como café, carne, metalurgia e madeireira, para traçar um diagnóstico da situação imposta pelo tarifaço de Donald Trump.
? Com o tarifaço, o estado de São Paulo deve acumular a maior perda, em valores absolutos. O PIB pode ter uma queda de 0,13% com os impactos das medidas tarifárias, o que representa perdas de cerca de R$ 4,46 bilhões. (Leia mais abaixo.)
O encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, também participou do evento, que começou por volta das 10h.
Com duração de uma hora e meia, a reunião foi a portas fechadas. Por enquanto, o Palácio dos Bandeirantes não divulgou a lista de presença de empresários ou os temas discutidos.
O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, filiado ao Republicanos, mesmo partido do governador, também compareceu ao evento.
Skaf ajudou a reforçar, entre seus pares do setor privado, o convite do governo para a reunião, diante do impacto real do tarifaço na indústria e entre os exportadores de São Paulo.
Nesta terça, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nas redes sociais a postura do governador. O filho do ex-presidente defende o fim das tarifas de 50% com uma anistia ampla para os acusados de articular uma trama golpista para mantê-lo no poder.
O governo federal também planejou encontros com empresários nesta terça. O vice-presidente Geraldo Alckmin vai realizar duas reuniões com representantes do setor privado para discutir a resposta brasileira ao aumento de tarifas anunciado por Trump.
Tarcísio de Freitas, governador de SP, antes da reunião com os empresários
Raul Luciano/Ato Press/Estadão Conteúdo
Tarifa de 50%
A decisão de Trump impõe uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA a partir de 1º de agosto. A medida foi criticada pelo governo Lula, que a considera uma retaliação política — motivada por críticas do presidente norte-americano ao Supremo Tribunal Federal e em defesa de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o estudo do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental (Nemea-UFMG), São Paulo deve acumular perdas de 0,73% no PIB estadual referente à agropecuária, além de uma queda de 0,12% na indústria extrativa e de 0,31% na indústria de transformação.
O setor de indústria de transformação inclui, por exemplo, metalúrgicas e siderúrgicas — afetadas pela taxação do aço e do alumínio. Além disso, inclui também a indústria de máquinas e equipamentos, que passa a ter uma competição ainda mais forte com a indústria interna dos Estados Unidos.
Em relação à agropecuária, o cultivo da laranja é um dos mais afetados. A fruta é utilizada para fazer suco, um dos itens mais exportados pelo Brasil ao país norte-americano. Mais de 90% do cultivo da laranja está concentrado em cidades de São Paulo e de Minas Gerais.
Posição de Tarcísio
Logo após o tarifaço de Trump, Tarcísio adotou um tom crítico ao governo federal, responsabilizando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas tarifas.
Em uma publicação nas redes sociais, afirmou que “a responsabilidade é de quem governa” e acusou o presidente de colocar “sua ideologia acima da economia”.
Lula com boné de campanha do governo e Tarcísio com boné com lema de Donald Trump
Reprodução
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou duramente os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-os de colocar interesses ideológicos acima dos interesses nacionais. Ela afirmou que o tarifaço é uma forma de chantagem política de Trump, motivada por questões internas dos EUA e pelo julgamento de Bolsonaro no STF.
Dias depois, Tarcísio suavizou o discurso. Defendeu a união de esforços entre os governos estadual e federal para enfrentar os efeitos do tarifaço, reconheceu a gravidade da situação e elogiou a atuação diplomática do governo Lula.
Esta será a segunda reunião de Tarcísio de Freitas com o representante da embaixada dos EUA para discutir o impacto das tarifas. Na sexta-feira (11), eles se reuniram em Brasília.
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