Advogada do ES que levou pedrada na cabeça e perdeu a visão em um dos olhos é alvo de golpistas

Michaella Zukowski, 27 anos, alertou que criminosos estão criando vaquinhas virtuais falsas utilizando imagens e a história dela. "Isso é cruel e absurdo", disse a advogada. Advogada Michaella Zukowski, que ficou mono ocular após ser atingida por pedra na Rodovia do Sol, é surpreendida com vaquinha falsa criada usando seu nome
Reprodução
Um pouco mais de um ano após ser atingida por uma pedrada na cabeça enquanto estava dentro do carro com o pai e perder a visão em um dos olhos, a advogada Michaella Zukowski, 27 anos, revelou esta semana que golpistas estão usando sua imagem para aplicar golpes na internet.
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Segundo a jovem, criminosos clonaram a vaquinha on-line que ela criou em 2024 para custear um tratamento médico nos Estados Unidos e começaram a divulgar o vídeo um ano depois como se fosse um anúncio oficial no Instagram, pedindo doações de até R$ 300 mil.
"Descobri ontem (terça, 17) quando pessoas começaram a me mandar mensagens falando que doaram de coração. Fiquei sem entender até me enviarem o vídeo desse Instagram, onde vi que estavam aplicando um golpe com uma vaquinha fake", contou Michaella.
Os golpistas copiaram o nome, o layout, as fotos e até o texto original da sua campanha, que teve grande repercussão nas redes no ano passado, quando foi publicada pela primeira vez.
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Raio-x mostra face da advogada Michaella Zukowski, 26 anos, atingida por paralelepípedo na cabeça no Espírito Santo
Divulgação
Ela contou que ficou mais abalada porque o vídeo com o golpe não só circula pelas redes como foi impulsionado como anúncio pago, o que aumentou muito o alcance da fraude.
"Hoje, piorou. Colocaram o vídeo como anúncio no Instagram, e aí viralizou. Recebi inúmeras mensagens falando que doaram, e somente depois entraram no meu Instagram e viram que eu falei que era golpe", alertou.
O golpe veio à tona na semana em que Michaella tenta lidar com a ansiedade pela proximidade do julgamento do acusado de tê-la atacado. O julgamento deve começar na segunda-feira (23). "Estou muito chateada, pois, além disso, está sendo uma semana onde estou muito ansiosa devido ao júri popular. Então, além de ter que digerir isso, ainda acontece essa fraude", desabafou.
Ao descobrir a fraude, ela registrou um Boletim de Ocorrência e denunciou o conteúdo ao Instagram. "O vídeo está comovendo pessoas de boa-fé, que acreditam estar ajudando. É desesperador saber que minha história está sendo usada para enganar os outros. Isso é cruel", pontuou.
O acidente
O acidente aconteceu em julho de 2023, na Rodovia do Sol, em Vila Velha, na Grande Vitória. A advogada teve afundamento de crânio. Na época, o pai da advogada contou que estava com ela e seu filho dentro do carro seguindo para o Aeroporto de Vitória, por volta das 5h, quando foram surpreendidos por um homem que atirou o paralelepípedo contra o carro e a filha, que estava no banco do carona. A pedra quebrou o vidro e atingiu a advogada.
Vidro de carro quebrado e paralelepípedo lançado por suspeito em carro de família no ES.
Reprodução/Arquivo pessoal
Apesar da gravidade do ferimento, a jovem ficou consciente o tempo todo após o acidente. Desde então, a jovem passou por várias cirurgias e reconstrução óssea.
Em janeiro de 2024, ela descobriu um edema ocular e tem perdido a visão desde então. Foi nessa época que, em vídeo publicado nas redes sociais, Michaella revelou o diagnóstico e pediu ajuda para que pudesse viajar em busca do tratamento em um hospital de referência.
Sem a cobertura do plano de saúde para o tratamento do edema ocular, uma das alternativas buscadas pela paciente na ocasião foi agendar uma consulta em um hospital de referência fora do país. Depois de viajar para os Estados Unidos, onde ficou um mês fazendo exames e tratamento, a advogada recebeu o diagnóstico de perda permanente da visão do olho esquerdo.
"Depois de quase quatro meses passando por milhares de exames e médicos, a gente chegou a um diagnóstico final: eu recebi a notícia de que a demora do tratamento, demora também da Unimed que negou o tratamento da minha visão, eu perdi permanentemente a minha visão do lado esquerdo", disse ela num vídeo nas redes sociais.
O ataque resultou em múltiplas lesões cranianas e faciais, exigindo que a advogada passasse por cirurgias e um longo processo de recuperação.
A advogada Michaella Zukowski, de 26 anos, foi atingida por um paralelepípedo em Vila Velha, no Espírito Santo, há um ano.
Redes sociais
Primeiros sintomas do edema ocular
Em janeiro de 2024, Michaella começou a perceber algo diferente em sua visão. Ela chegou a acreditar que o problema poderia ser por conta dos inchaços causados pelas cirurgias na face.
A advogada relatou que começou a sentir incômodos para conseguir enxergar com o olho esquerdo. Entre os sintomas, estão muitas dores de cabeça, sensação de olho pesado e de visão dupla.
"Como o olho esquerdo ficou muito inchado por causa das cirurgias, pensei que fosse isso. Quando o inchaço melhorou, a visão seguiu estranha, meio torta, embaçada. Procurei um oftalmologista, que pediu alguns exames, e veio o resultado. Eu perdi a visão inferior e a lateral do olho esquerdo, e a parte central é a que está com edema", contou.
Exames apontaram afundamento de crânio em advogada atingida por paralelepípedo dentro de carro em rodovia do ES.
Reprodução/Arquivo pessoal
Em junho do ano passado, ela estava em São Paulo para um tratamento e passou mal enquanto dirigia. Na ocasião, ela estava próximo a um pedágio e se sentiu tonta. "É como se tivessem dado um reset na minha visão", explicou.
Quando voltou, em uma nova consulta ao oftalmologista, descobriu que o edema já tinha dobrado de tamanho em poucos meses.
*Com informações de Bruno Nézio
Um ano após ataque com paralelepípedo, advogada busca tratamento para não perder a visão
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Reprodução
Um pouco mais de um ano após ser atingida por uma pedrada na cabeça enquanto estava dentro do carro com o pai e perder a visão em um dos olhos, a advogada Michaella Zukowski, 27 anos, revelou esta semana que golpistas estão usando sua imagem para aplicar golpes na internet.
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Segundo a jovem, criminosos clonaram a vaquinha on-line que ela criou em 2024 para custear um tratamento médico nos Estados Unidos e começaram a divulgar o vídeo um ano depois como se fosse um anúncio oficial no Instagram, pedindo doações de até R$ 300 mil.
"Descobri ontem (terça, 17) quando pessoas começaram a me mandar mensagens falando que doaram de coração. Fiquei sem entender até me enviarem o vídeo desse Instagram, onde vi que estavam aplicando um golpe com uma vaquinha fake", contou Michaella.
Os golpistas copiaram o nome, o layout, as fotos e até o texto original da sua campanha, que teve grande repercussão nas redes no ano passado, quando foi publicada pela primeira vez.
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Divulgação
Ela contou que ficou mais abalada porque o vídeo com o golpe não só circula pelas redes como foi impulsionado como anúncio pago, o que aumentou muito o alcance da fraude.
"Hoje, piorou. Colocaram o vídeo como anúncio no Instagram, e aí viralizou. Recebi inúmeras mensagens falando que doaram, e somente depois entraram no meu Instagram e viram que eu falei que era golpe", alertou.
O golpe veio à tona na semana em que Michaella tenta lidar com a ansiedade pela proximidade do julgamento do acusado de tê-la atacado. O julgamento deve começar na segunda-feira (23). "Estou muito chateada, pois, além disso, está sendo uma semana onde estou muito ansiosa devido ao júri popular. Então, além de ter que digerir isso, ainda acontece essa fraude", desabafou.
Ao descobrir a fraude, ela registrou um Boletim de Ocorrência e denunciou o conteúdo ao Instagram. "O vídeo está comovendo pessoas de boa-fé, que acreditam estar ajudando. É desesperador saber que minha história está sendo usada para enganar os outros. Isso é cruel", pontuou.
O acidente
O acidente aconteceu em julho de 2023, na Rodovia do Sol, em Vila Velha, na Grande Vitória. A advogada teve afundamento de crânio. Na época, o pai da advogada contou que estava com ela e seu filho dentro do carro seguindo para o Aeroporto de Vitória, por volta das 5h, quando foram surpreendidos por um homem que atirou o paralelepípedo contra o carro e a filha, que estava no banco do carona. A pedra quebrou o vidro e atingiu a advogada.
Vidro de carro quebrado e paralelepípedo lançado por suspeito em carro de família no ES.
Reprodução/Arquivo pessoal
Apesar da gravidade do ferimento, a jovem ficou consciente o tempo todo após o acidente. Desde então, a jovem passou por várias cirurgias e reconstrução óssea.
Em janeiro de 2024, ela descobriu um edema ocular e tem perdido a visão desde então. Foi nessa época que, em vídeo publicado nas redes sociais, Michaella revelou o diagnóstico e pediu ajuda para que pudesse viajar em busca do tratamento em um hospital de referência.
Sem a cobertura do plano de saúde para o tratamento do edema ocular, uma das alternativas buscadas pela paciente na ocasião foi agendar uma consulta em um hospital de referência fora do país. Depois de viajar para os Estados Unidos, onde ficou um mês fazendo exames e tratamento, a advogada recebeu o diagnóstico de perda permanente da visão do olho esquerdo.
"Depois de quase quatro meses passando por milhares de exames e médicos, a gente chegou a um diagnóstico final: eu recebi a notícia de que a demora do tratamento, demora também da Unimed que negou o tratamento da minha visão, eu perdi permanentemente a minha visão do lado esquerdo", disse ela num vídeo nas redes sociais.
O ataque resultou em múltiplas lesões cranianas e faciais, exigindo que a advogada passasse por cirurgias e um longo processo de recuperação.
A advogada Michaella Zukowski, de 26 anos, foi atingida por um paralelepípedo em Vila Velha, no Espírito Santo, há um ano.
Redes sociais
Primeiros sintomas do edema ocular
Em janeiro de 2024, Michaella começou a perceber algo diferente em sua visão. Ela chegou a acreditar que o problema poderia ser por conta dos inchaços causados pelas cirurgias na face.
A advogada relatou que começou a sentir incômodos para conseguir enxergar com o olho esquerdo. Entre os sintomas, estão muitas dores de cabeça, sensação de olho pesado e de visão dupla.
"Como o olho esquerdo ficou muito inchado por causa das cirurgias, pensei que fosse isso. Quando o inchaço melhorou, a visão seguiu estranha, meio torta, embaçada. Procurei um oftalmologista, que pediu alguns exames, e veio o resultado. Eu perdi a visão inferior e a lateral do olho esquerdo, e a parte central é a que está com edema", contou.
Exames apontaram afundamento de crânio em advogada atingida por paralelepípedo dentro de carro em rodovia do ES.
Reprodução/Arquivo pessoal
Em junho do ano passado, ela estava em São Paulo para um tratamento e passou mal enquanto dirigia. Na ocasião, ela estava próximo a um pedágio e se sentiu tonta. "É como se tivessem dado um reset na minha visão", explicou.
Quando voltou, em uma nova consulta ao oftalmologista, descobriu que o edema já tinha dobrado de tamanho em poucos meses.
*Com informações de Bruno Nézio
Um ano após ataque com paralelepípedo, advogada busca tratamento para não perder a visão
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