Mãe diz que guia de turismo morto em ação policial em Caraíva foi algemado e torturado: 'Pegou um menino inocente'

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Ação policial aconteceu no distrito de Porto Seguro e atestado de óbito diz que guia de turismo sofreu "politraumatismo". g1 pontua as diferenças entre os relatos das polícias Militar e Federal, responsáveis pela operação, e dos familiares do guia de turismo. Família contesta verão de que guia de turismo tinha envolvimento com tráfico de drogas
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A família do guia de turismo Victor Cerqueira Santos Santana, morto em Caraíva no sábado (10), contesta a versão da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) sobre o jovem ter ligação com o tráfico de drogas e ter morrido em confronto. Conforme consta na certidão de óbito, além de baleado, o jovem de 30 anos sofreu politraumatismo e hemorragia.
A operação aconteceu no sábado (10), envolveu as polícias Militar e Federal, e tinha como objetivo cumprir o mandado de prisão contra um homem conhecido como Alongado, que era chefe de uma facção criminosa do distrito de Porto Seguro. Alongado resistiu a prisão, foi baleado e morreu.
O guia de turismo conhecido na região como Vitinho foi apontado como "segurança" do chefe da facção. Na primeira nota enviada, a SSP-BA afirmou que ele também foi baleado e morreu em via pública.
"Dois suspeitos, um deles possuía mandado de prisão, acabaram atingidos após confronto relatado pelas equipes. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos", diz o comunicado. Apesar disso, a família diz que Vitinho foi algemado e levado pelos policiais.
"O meu filho não foi morto em Caraíva, ele foi algemado e saiu algemado na frente de outras pessoas. Só foi chegar em Porto Seguro 3h da manhã, morto, com sinais de tortura. Pegou um menino inocente", disse Luzia Cerqueira, mãe de Vitinho.
Nesta reportagem, o g1 pontua as diferenças entre os relatos das polícias Militar e Federal, responsáveis pela operação, e dos familiares e amigos do guia de turismo.
Ação policial
Protesto no distrito de Caraíva em Porto Seguro
Em nota emitida pela SSP-BA, foi informado que uma operação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Federal localizou o suspeito Alongado em Caraíva. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, pois era suspeito de chefiar uma facção envolvida com tráfico de armas e drogas, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro.
Segundo relato de moradores e da família de Vitinho, a ação ocorreu por volta das 18h, horário em que o guia de turismo havia saído da pousada onde trabalhava para buscar um grupo de turistas na balsa que dá acesso a Caraíva. De lá, seguiria com os turistas até a hospedagem.
Após buscar os turistas, ainda próximo a balsa, Vitinho notou a ação policial e entrou em um comércio. O objetivo era que o grupo ficasse protegido até a ação policial terminar.
Ainda de acordo com a família, o guia de turismo saiu do comércio para verificar se o clima já havia melhorado e se já era possível levar os turistas até a pousada. Neste momento, ele teria sido abordado por policias, algemado e levado para fora de Caraíva.
Na vesrão da polícia, houve resistência no cumprimento do mandado de prisão do chefe do tráfico de drogas e foi iniciado um confronto entre os suspeitos e os policiais. Vitinho, que foi apontado como "segurança" do chefe do tráfico, foi baleado e morreu. Um terceiro homem, que não teve o nome divulgado, foi preso.
Em entrevista a TV Santa Cruz na segunda-feira (12), o delegado Diego Gordilho, da Polícia Federal, informou que a operação aconteceu em um único ponto e não há registros oficiais de desdobramentos em outras localidades.
O g1 entrou em contato com a Polícia Federal e com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, questionou as divergências entre as versões. Em nota, a SSP-BA disse que a ocorrência é investigada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar, como determina o procedimento em casos de morte em confronto com agentes do estado.
Atestado de óbito
Atestado de óbito de Vitinho indica que ele sofreu politraumatismo e choque homorrágico
Arquivo pessoal
O atestado de óbito de Vitinho indica que ele morreu em via pública, em Caraíva, às 18h. Também indica que a causa da morte foi "politraumatismo toráxico, choque hemorrágico e projétil de arma de fogo".
Para a família, Vitinho foi levado pelos policiais, torturado e morto. Eles contaram que o rosto do jovem estava desfigurado e havia marcas de algemas nos pulsos e arranhões nos joelhos.
A PF e a SSP-BA foi questionada se houve algum confronto direto que pudesse explicar o politraumatismo toráxico e o choque hemorrágico descritos no atestado de óbito. Na nota enviada pela SSP-BA, o questionamento não foi respondido. O g1 aguarda a resposta da Polícia Federal.
Sem passagem pela polícia
Moradores de Caraíva protestam contra morte de guia turístico em ação policial
O delegado Bruno Barreto, responsável pelo distrito de Caraíva, informou que Vitinho não tinha passagem pela polícia. Ele inclusive esteve na delegacia na última semana, quando registrou um boletim de ocorrência de injúria racial.
Os familiares suspeitam que Vitinho foi confundido com outro jovem envolvido com o tráfico de drogas e que também é conhecido pelo mesmo apelido. Em apuração, o g1 confirmou que um jovem apelidado como Vitinho é de fato investigado por tráfico de drogas na região e procurado pela polícia.
A PF e a SSP-BA também foram questionadas sobre a possível confusão em relação aos nomes. A SSP-BA enviou uma nota, mas não respondeu o questionamento. A Polícia Federal não respondeu o questionamento até a publicação da reportagem.
Guia de turismo não tinha passagens pela polícia
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A família do guia de turismo Victor Cerqueira Santos Santana, morto em Caraíva no sábado (10), contesta a versão da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) sobre o jovem ter ligação com o tráfico de drogas e ter morrido em confronto. Conforme consta na certidão de óbito, além de baleado, o jovem de 30 anos sofreu politraumatismo e hemorragia.
A operação aconteceu no sábado (10), envolveu as polícias Militar e Federal, e tinha como objetivo cumprir o mandado de prisão contra um homem conhecido como Alongado, que era chefe de uma facção criminosa do distrito de Porto Seguro. Alongado resistiu a prisão, foi baleado e morreu.
O guia de turismo conhecido na região como Vitinho foi apontado como "segurança" do chefe da facção. Na primeira nota enviada, a SSP-BA afirmou que ele também foi baleado e morreu em via pública.
"Dois suspeitos, um deles possuía mandado de prisão, acabaram atingidos após confronto relatado pelas equipes. Eles chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos", diz o comunicado. Apesar disso, a família diz que Vitinho foi algemado e levado pelos policiais.
"O meu filho não foi morto em Caraíva, ele foi algemado e saiu algemado na frente de outras pessoas. Só foi chegar em Porto Seguro 3h da manhã, morto, com sinais de tortura. Pegou um menino inocente", disse Luzia Cerqueira, mãe de Vitinho.
Nesta reportagem, o g1 pontua as diferenças entre os relatos das polícias Militar e Federal, responsáveis pela operação, e dos familiares e amigos do guia de turismo.
Ação policial
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Em nota emitida pela SSP-BA, foi informado que uma operação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Federal localizou o suspeito Alongado em Caraíva. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, pois era suspeito de chefiar uma facção envolvida com tráfico de armas e drogas, homicídios, roubo e lavagem de dinheiro.
Segundo relato de moradores e da família de Vitinho, a ação ocorreu por volta das 18h, horário em que o guia de turismo havia saído da pousada onde trabalhava para buscar um grupo de turistas na balsa que dá acesso a Caraíva. De lá, seguiria com os turistas até a hospedagem.
Após buscar os turistas, ainda próximo a balsa, Vitinho notou a ação policial e entrou em um comércio. O objetivo era que o grupo ficasse protegido até a ação policial terminar.
Ainda de acordo com a família, o guia de turismo saiu do comércio para verificar se o clima já havia melhorado e se já era possível levar os turistas até a pousada. Neste momento, ele teria sido abordado por policias, algemado e levado para fora de Caraíva.
Na vesrão da polícia, houve resistência no cumprimento do mandado de prisão do chefe do tráfico de drogas e foi iniciado um confronto entre os suspeitos e os policiais. Vitinho, que foi apontado como "segurança" do chefe do tráfico, foi baleado e morreu. Um terceiro homem, que não teve o nome divulgado, foi preso.
Em entrevista a TV Santa Cruz na segunda-feira (12), o delegado Diego Gordilho, da Polícia Federal, informou que a operação aconteceu em um único ponto e não há registros oficiais de desdobramentos em outras localidades.
O g1 entrou em contato com a Polícia Federal e com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, questionou as divergências entre as versões. Em nota, a SSP-BA disse que a ocorrência é investigada pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar, como determina o procedimento em casos de morte em confronto com agentes do estado.
Atestado de óbito
Atestado de óbito de Vitinho indica que ele sofreu politraumatismo e choque homorrágico
Arquivo pessoal
O atestado de óbito de Vitinho indica que ele morreu em via pública, em Caraíva, às 18h. Também indica que a causa da morte foi "politraumatismo toráxico, choque hemorrágico e projétil de arma de fogo".
Para a família, Vitinho foi levado pelos policiais, torturado e morto. Eles contaram que o rosto do jovem estava desfigurado e havia marcas de algemas nos pulsos e arranhões nos joelhos.
A PF e a SSP-BA foi questionada se houve algum confronto direto que pudesse explicar o politraumatismo toráxico e o choque hemorrágico descritos no atestado de óbito. Na nota enviada pela SSP-BA, o questionamento não foi respondido. O g1 aguarda a resposta da Polícia Federal.
Sem passagem pela polícia
Moradores de Caraíva protestam contra morte de guia turístico em ação policial
O delegado Bruno Barreto, responsável pelo distrito de Caraíva, informou que Vitinho não tinha passagem pela polícia. Ele inclusive esteve na delegacia na última semana, quando registrou um boletim de ocorrência de injúria racial.
Os familiares suspeitam que Vitinho foi confundido com outro jovem envolvido com o tráfico de drogas e que também é conhecido pelo mesmo apelido. Em apuração, o g1 confirmou que um jovem apelidado como Vitinho é de fato investigado por tráfico de drogas na região e procurado pela polícia.
A PF e a SSP-BA também foram questionadas sobre a possível confusão em relação aos nomes. A SSP-BA enviou uma nota, mas não respondeu o questionamento. A Polícia Federal não respondeu o questionamento até a publicação da reportagem.
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