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11h

Exportações de móveis da Serra do RS para os EUA são interrompidas após anúncio de nova tarifa

Exportações de móveis da Serra do RS para os EUA são interrompidas após anúncio de nova tarifa
Empresas da Serra avaliam impacto de tarifa de 50% dos EUA 
As exportações de móveis de empresas da Serra do Rio Grande do Sul para os Estados Unidos foram interrompidas após a adoção de uma nova tarifa pelo governo norte-americano. Em Bento Gonçalves, 40% das exportações de uma fábrica de móveis tinham como destino os EUA, mas os envios estão parados desde a semana passada.
De acordo com o empresário Matheus Scotton, projetos que demandaram trabalho estão, agora, parados.
“Temos algumas encomendas em mar que vão sofrer com essa tarifa. Infelizmente, a gente não sabe o que vai fazer porque o custo é muito elevado e não temos norte ainda”, afirmou o empresário Matheus Scotton.
Outra empresa da cidade, que exporta para Porto Rico, também foi afetada.
“Temos grandes negociações que agora acabaram parando. Nosso cliente, que tem vários contêineres, já mandou segurar todos. Isso preocupa, porque é um efeito cascata. Vai respingar em todo o setor moveleiro. Outros países também vão ter dificuldades de exportação e de caixa, e acabam não importando”, disse o empresário Euclides Longhi.
Segundo o Sindmóveis, os Estados Unidos representam quase 17% das exportações do polo moveleiro de Bento Gonçalves e região desde o início do ano, o que equivale a cerca de 4,5 milhões de dólares em faturamento.
“Os Estados Unidos hoje são o maior mercado de exportação do polo moveleiro de Bento Gonçalves. O setor é muito representativo, e essas medidas podem afetar os empregos das pessoas que trabalham diretamente nele”, afirmou Cleberton Ferri, diretor internacional do Sindmóveis.
O sindicato também expressa preocupação com os reflexos da medida em outros mercados. Para o dirigente, é necessário buscar outras formas de não parar as produções e continuar exportando.
“Com os Estados Unidos se fechando, todos os fabricantes do mundo estão buscando outros mercados. Isso começa a colidir em alguns lugares, o que será desafiador para a indústria como um todo”, acrescentou Matheus Scotton.
O setor metalmecânico também está apreensivo. Em uma empresa de Garibaldi, entre 10% e 15% da produção mensal é destinada aos Estados Unidos.
“É extremamente preocupante. Fizemos investimentos para entender esse mercado exigente. Se a produção cair, isso pode gerar demissões ou aumento da inflação no Brasil”, disse o empresário Juarez Piva.
Em nota, a FIERGS, que representa as indústrias do Rio Grande do Sul, declarou que “não há fato econômico que justifique a elevação das tarifas” e defendeu a mediação e negociação para a solução do impasse.
Empresas da Serra Gaúcha relatam impactos do "tarifaço"
Reprodução/RBS TV
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