'Verifiquem, por favor, nosso trem de pouso?': áudios entre torre de controle e tripulação de avião revelam quando problema é identificado

Avião que partiu de Goiás para São Paulo teve problemas no sensor do trem de pouso e precisou voar até Atibaia e Jundiaí, interior paulista, para gastar combustível e aterrissar em segurança na noite desta quinta-feira (29). Vídeo mostra avião com problemas pousando em Jundiaí, SP
Áudios obtidos pela TV Globo revelam quando a tripulação de uma aeronave de pequeno porte que decolou de Goiás e pousaria em São Paulo identifica um problema no trem de pouso e precisa alterar a rota para aterrissar em segurança em Jundiaí, interior paulista. Toda a conversa se dá em tom tranquilo.
Havia sete pessoas no avião modelo King Air Beechcraft E90, de prefixo PT-LHZ, e a falha no sensor do trem de pouso ocorre por volta das 19h45.
Depois de sobrevoar a região do Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista, para consumir o combustível e ficar mais leve, a aeronave seguiu para Atibaia e, de lá, para o Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí.
Primeiro, a piloto ou copiloto (não está claro) entra em contato com a torre de controle e pergunta se é possível ver o trem de pouso da aeronave. A torre responde que será checado e pede ajuda a um helicóptero que havia pousado em heliponto do Campo de Marte: “O senhor consegue observar aí do helicóptero o trem de pouso?”
A resposta: “Olha, é bem difícil de ver”.
A piloto pergunta: “A torre conseguiu verificar?”
O operador da torre responde: “A gente não conseguiu ver com clareza, de noite, assim, ter a verificação. No seu equipamento está constando alguma coisa aí?”
A piloto: “A luz acendeu aqui, mas ele não deu a transmissão baixando. Verifiquem, por favor, nosso trem de pouso?”
A torre pergunta: “O trem está recolhido, correto?”
Ao que a piloto e o heliponto respondem: “Negativo, está embaixo”.
A torre continua: “A impressão que eu tive, eu coloquei o farol de busca, é que estava recolhido. É melhor conferir mais uma vez. Daqui dá pra ver que está recolhido”.
O heliponto então pede a confirmação da quantidade de pessoas a bordo e do combustível remanescente. A confirmação é de haver 3 horas e 30 minutos de combustível restantes, com cinco pessoas a bordo, além de piloto e copiloto.
Então são usados um farol de busca e lanternas para tentar localizar o trem de pouso. Continua a percepção de o trem de pouso estar recolhido.
“Vai fazer um procedimento de emergência?”, questiona tripulante de outra aeronave que ajudava na tentativa de localização do trem de pouso.
“A gente vai fazer um procedimento de checklist”, diz a piloto. O pouso não é autorizado.
“A gente vai realizar o procedimento em Jundiaí”, diz a piloto.
Ela é avisada de que lá, naquele momento, os pousos estavam sendo trabalhados apenas com operador via rádio. “Ciente”, diz a piloto, mantendo a decisão.
O Corpo dos Bombeiros foi acionado e oito viaturas chegaram a ser encaminhadas, assim como o helicóptero Águia da Polícia Militar, para acompanhar a aeronave em Jundiaí.
Em nota, a VOA-SP, que administra o aeroporto de Jundiaí, informou que "uma aeronave de prefixo PT-LHZ, modelo King Air Beechcraft E90, que decolou do estado de Goiás com destino ao Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, registrou um problema no sensor do trem de pouso durante o voo e acionou emergência".
Ainda segundo o comunicado, foram seguidos os protocolos de segurança e, "durante o procedimento de pouso, o trem de pouso funcionou normalmente, sem apresentar falhas".
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), informou que a aeronave particular de matrícula PTLHZ realizou o pouso normal, em segurança, no Aeroporto de Jundiaí, em São Paulo (SP), às 19:37 do horário local.
Avião de pequeno porte queima combustível para tentar pousar no Campo de Marte
Avião de pequeno porte pousa em segurança após falha
Reprodução/TV Globo
Avião de pequeno porte pousa em segurança após falha
Reprodução/TV Globo
Avião de pequeno porte sobrevoa o Campo de Marte, na Zona Norte, para fazer pouso de emergência
Reprodução/TV Globo
Áudios obtidos pela TV Globo revelam quando a tripulação de uma aeronave de pequeno porte que decolou de Goiás e pousaria em São Paulo identifica um problema no trem de pouso e precisa alterar a rota para aterrissar em segurança em Jundiaí, interior paulista. Toda a conversa se dá em tom tranquilo.
Havia sete pessoas no avião modelo King Air Beechcraft E90, de prefixo PT-LHZ, e a falha no sensor do trem de pouso ocorre por volta das 19h45.
Depois de sobrevoar a região do Campo de Marte, na Zona Norte da capital paulista, para consumir o combustível e ficar mais leve, a aeronave seguiu para Atibaia e, de lá, para o Aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro, em Jundiaí.
Primeiro, a piloto ou copiloto (não está claro) entra em contato com a torre de controle e pergunta se é possível ver o trem de pouso da aeronave. A torre responde que será checado e pede ajuda a um helicóptero que havia pousado em heliponto do Campo de Marte: “O senhor consegue observar aí do helicóptero o trem de pouso?”
A resposta: “Olha, é bem difícil de ver”.
A piloto pergunta: “A torre conseguiu verificar?”
O operador da torre responde: “A gente não conseguiu ver com clareza, de noite, assim, ter a verificação. No seu equipamento está constando alguma coisa aí?”
A piloto: “A luz acendeu aqui, mas ele não deu a transmissão baixando. Verifiquem, por favor, nosso trem de pouso?”
A torre pergunta: “O trem está recolhido, correto?”
Ao que a piloto e o heliponto respondem: “Negativo, está embaixo”.
A torre continua: “A impressão que eu tive, eu coloquei o farol de busca, é que estava recolhido. É melhor conferir mais uma vez. Daqui dá pra ver que está recolhido”.
O heliponto então pede a confirmação da quantidade de pessoas a bordo e do combustível remanescente. A confirmação é de haver 3 horas e 30 minutos de combustível restantes, com cinco pessoas a bordo, além de piloto e copiloto.
Então são usados um farol de busca e lanternas para tentar localizar o trem de pouso. Continua a percepção de o trem de pouso estar recolhido.
“Vai fazer um procedimento de emergência?”, questiona tripulante de outra aeronave que ajudava na tentativa de localização do trem de pouso.
“A gente vai fazer um procedimento de checklist”, diz a piloto. O pouso não é autorizado.
“A gente vai realizar o procedimento em Jundiaí”, diz a piloto.
Ela é avisada de que lá, naquele momento, os pousos estavam sendo trabalhados apenas com operador via rádio. “Ciente”, diz a piloto, mantendo a decisão.
O Corpo dos Bombeiros foi acionado e oito viaturas chegaram a ser encaminhadas, assim como o helicóptero Águia da Polícia Militar, para acompanhar a aeronave em Jundiaí.
Em nota, a VOA-SP, que administra o aeroporto de Jundiaí, informou que "uma aeronave de prefixo PT-LHZ, modelo King Air Beechcraft E90, que decolou do estado de Goiás com destino ao Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, registrou um problema no sensor do trem de pouso durante o voo e acionou emergência".
Ainda segundo o comunicado, foram seguidos os protocolos de segurança e, "durante o procedimento de pouso, o trem de pouso funcionou normalmente, sem apresentar falhas".
A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), informou que a aeronave particular de matrícula PTLHZ realizou o pouso normal, em segurança, no Aeroporto de Jundiaí, em São Paulo (SP), às 19:37 do horário local.
Avião de pequeno porte queima combustível para tentar pousar no Campo de Marte
Avião de pequeno porte pousa em segurança após falha
Reprodução/TV Globo
Avião de pequeno porte pousa em segurança após falha
Reprodução/TV Globo
Avião de pequeno porte sobrevoa o Campo de Marte, na Zona Norte, para fazer pouso de emergência
Reprodução/TV Globo
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