Baixa do nível do Rio Madeira revela destruição em comunidades ribeirinhas de Rondônia

A cheia ao longo do Rio Madeira atingiu cerca de 30 comunidades, afetando aproximadamente 11 mil pessoas. Famílias que vivem nas margens do Rio Madeira enfrentam a dificuldade de recuperar o que perderam nas enchentes
Famílias que vivem nas margens do Rio Madeira, em Rondônia, estão enfrentando a dificuldade de recuperar o que perderam nas enchentes.
As marcas da cheia estão nas casas, na lama que se espalhou nos quintais e na estrada, cheia de atoleiros. Em um ponto, o caminhão que faz a coleta de lixo só conseguiu passar com a ajuda de um trator. Em uma comunidade que fica entre o Rio Jamari e o Rio Madeira, tudo ficou debaixo d’água por três meses.
"A gente perdeu dois freezers, uma parte das mercadorias. A gente teve que carregar as coisas com muita lama”, conta a comerciante Maria Neves.
Baixa do nível do Rio Madeira revela destruição em comunidades ribeirinhas de Rondônia
Reprodução/TV Globo
A cheia também provocou prejuízos aos agricultores:
"Vou lhe falar, a vontade foi demais de chorar quando eu vi o desespero aqui. Não foi fácil, não”, diz o agricultor Acrivaldo Olímpio.
A banana é a principal fonte de renda das comunidades ribeirinhas de Porto Velho. São várias plantações ao longo do Rio Madeira. Em uma pequena propriedade, são cerca de 2 mil pés de banana. Após a cheia, o cenário é de terra completamente arrasada. Um produtor conseguiu salvar parte da produção, mas o bananal dele foi destruído pela cheia.
"Não consigo falar, não. Minhas mãos falam tudo já. Deus dando saúde, o resto a gente corre atrás”, diz o agricultor Anivaldo Gomes.
A Defesa Civil distribuiu água potável e cestas básicas. A cheia ao longo do Rio Madeira atingiu cerca de 30 comunidades, afetando aproximadamente 11 mil pessoas.

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