'M3gan 2.0' transforma boneca assassina em heroína de ação pouco inspirada; g1 já viu

Continuação do sucesso de 2023, que estreia nesta quinta (26), traz de volta diretor e quase todo elenco do filme original. A continuação de “M3gan”, já tinha sido anunciada logo após o seu lançamento, no início de 2023. Isso se deveu a tamanha confiança de seus realizadores de que a boneca assassina seria um sucesso. Tanto que deixaram marcado que a sequência seria lançada dois anos depois.
Eles cumpriram a promessa e “M3gan 2.0” estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (26), trazendo de volta praticamente toda a equipe responsável pelo filme anterior, com novos e aperfeiçoados elementos em relação à primeira parte.
Só que algo se perdeu nesse upgrade da personagem e de seu universo, o que acaba deixando o longa menos divertido e interessante do que o longa original.
Depois dos eventos do primeiro filme, Gemma (Allison Williams) se tornou uma autora de grande prestígio e defensora da supervisão governamental da IA, realizando várias palestras pelo país. Mas ainda não consegue se comunicar bem com a sobrinha, Cady (Violet McGraw), que não lida muito bem com o excesso de proteção da tia.
Assista ao trailer do filme "M3gan 2.0"
Só que a vida das duas muda completamente quando descobrem a existência de Amelia (Ivanna Sakhno), uma robô militar com tecnologia avançada, criada a partir do projeto original de M3gan (Amie Donald), que perde o controle e passa a eliminar todos os envolvidos em sua criação e está de olho em Gemma e Cady.
Ciente do perigo que Amelia representa, Gemma não vê outra alternativa senão trazer M3gan de volta para enfrentar essa ameaça. O problema é saber se M3gan é confiável, ainda mais depois que ela ganha novos recursos que podem deixá-la ainda mais perigosa do que antes.
Inteligência superficial
A grande mudança de “M3gan 2.0.” está na mudança de tom em relação ao filme original. A sequência deixa de lado o clima de terror e suspense (mesmo com algumas cenas graficamente fortes) e investe bem mais na ação e na ficção científica, deixando a continuação com cara de longa de espionagem, tipo “Missão: Impossível”.
M3gan (Amie Donald /Jenna Davis) volta a aprontar em 'M3gan 2.0'
Divulgação
O problema é que, ao contrário da primeira parte, o segundo capítulo se leva um pouco mais a sério (mas não muito, vale ressaltar) e tenta discutir questões sobre a influência da tecnologia na vida das pessoas e como a inteligência artificial pode ser nociva se mal utilizada. Mas nada é tratado de forma relevante e feito para pensar e fica tudo, no final das contas, bastante superficial.
O diretor Gerhard Johnstone conduz bem as cenas de ação, em especial as sequências de lutas entre M3gan e Amelia e uma cena com uma perseguição de carros, que faz uma referência ao seriado dos anos 1980 “A Super Máquina”, que é bem divertida. Mas nada muito diferente do que já foi visto em outros filmes do gênero.
Johnstone, também autor do roteiro, acerta ao colocar momentos que lembram outras produções como “O Exterminador do Futuro 2”, “O Império Contra-Ataca” e até o clássico “Metropolis”. Só não é muito feliz ao criar reviravoltas na trama, que são bem previsíveis e um espectador mais atento vai perceber para onde a história vai muito antes de sua revelação.
Gemma (Allison Williams) tenta se entender com a nova versão de sua boneca em 'M3gan 2.0'
Divulgação
Claro, tudo é feito para agradar o público mais jovem, que só quer se divertir com algo rápido e rasteiro, como no primeiro filme. Mas, ao contrário do original, “M3gan 2.0” não é tão galhofa quanto poderia com sua proposta, nem o humor funciona tão bem.
Há boas piadas, vale ressaltar. Em especial, uma envolvendo um momento inusitado de cantoria. Mas elas são poucas e ficam espremidas em momentos que, ao invés de causar riso, só despertam vergonha alheia.
Desta vez, nem a cena da nova dancinha da robô psicótica chega a empolgar como na primeira vez, quando se tornou algo icônico e bastante divulgado nas redes sociais na época de seu lançamento.
Batalha de musas robóticas
O que vale mesmo em “M3gan 2.0” é mesmo o carisma da protagonista cibernética e sua contraparte super poderosa. Pelo menos nisso, Johnstone e sua equipe não erraram e devem deixar os fãs da boneca matadora bastante satisfeitos.
Isso se deve ao bom trabalho corporal de Amie Donald como M3gan (junto de Jenna Davis, que mais uma vez empresta sua voz para dar o tom robótico e irônico da Barbie vitaminada) e de Ivanna Sakhno, que curiosamente tem um rosto que lembra muito o de Elizabeth Olsen (a Feiticeira Escarlate do Universo Cinematográfico da Marvel).
Ivanna Sakhno interpreta Amelia, a grande ameaça de 'M3gan 2.0'
Divulgação
Sempre que estão em cena, as duas roubam as atenções e são responsáveis pelos momentos mais intensos e divertidos do filme. Com um roteiro e direção mais criativos, elas ainda poderiam ser mais interessantes. Quanto ao resto do elenco humano, Allison Williams e Violet Mcgraw continuam defendendo bem seus papéis e conquistam o público com simpatia. Os outros atores estão apenas funcionais.
Com bons efeitos visuais, “M3gan 2.0” conta com uma boa produção, assinada por, entre outros (como a própria Allison Williams), o diretor James Wan (de “Invocação do Mal” e “Aquaman”), um dos idealizadores do projeto original.
Se a continuação cair nas graças do grande público, como aconteceu em 2023, provavelmente veremos a boneca de muito estilo e alguns parafusos soltos em mais sequências. Se isso acabar ocorrendo, o jeito é torcer para que criem histórias mais inventivas, que podem até serem um pouco bobas, mas que não pareçam cópias de outras já vistas. Mas isso, só o futuro (robótico ou não) dirá.
Eles cumpriram a promessa e “M3gan 2.0” estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (26), trazendo de volta praticamente toda a equipe responsável pelo filme anterior, com novos e aperfeiçoados elementos em relação à primeira parte.
Só que algo se perdeu nesse upgrade da personagem e de seu universo, o que acaba deixando o longa menos divertido e interessante do que o longa original.
Depois dos eventos do primeiro filme, Gemma (Allison Williams) se tornou uma autora de grande prestígio e defensora da supervisão governamental da IA, realizando várias palestras pelo país. Mas ainda não consegue se comunicar bem com a sobrinha, Cady (Violet McGraw), que não lida muito bem com o excesso de proteção da tia.
Assista ao trailer do filme "M3gan 2.0"
Só que a vida das duas muda completamente quando descobrem a existência de Amelia (Ivanna Sakhno), uma robô militar com tecnologia avançada, criada a partir do projeto original de M3gan (Amie Donald), que perde o controle e passa a eliminar todos os envolvidos em sua criação e está de olho em Gemma e Cady.
Ciente do perigo que Amelia representa, Gemma não vê outra alternativa senão trazer M3gan de volta para enfrentar essa ameaça. O problema é saber se M3gan é confiável, ainda mais depois que ela ganha novos recursos que podem deixá-la ainda mais perigosa do que antes.
Inteligência superficial
A grande mudança de “M3gan 2.0.” está na mudança de tom em relação ao filme original. A sequência deixa de lado o clima de terror e suspense (mesmo com algumas cenas graficamente fortes) e investe bem mais na ação e na ficção científica, deixando a continuação com cara de longa de espionagem, tipo “Missão: Impossível”.
M3gan (Amie Donald /Jenna Davis) volta a aprontar em 'M3gan 2.0'
Divulgação
O problema é que, ao contrário da primeira parte, o segundo capítulo se leva um pouco mais a sério (mas não muito, vale ressaltar) e tenta discutir questões sobre a influência da tecnologia na vida das pessoas e como a inteligência artificial pode ser nociva se mal utilizada. Mas nada é tratado de forma relevante e feito para pensar e fica tudo, no final das contas, bastante superficial.
O diretor Gerhard Johnstone conduz bem as cenas de ação, em especial as sequências de lutas entre M3gan e Amelia e uma cena com uma perseguição de carros, que faz uma referência ao seriado dos anos 1980 “A Super Máquina”, que é bem divertida. Mas nada muito diferente do que já foi visto em outros filmes do gênero.
Johnstone, também autor do roteiro, acerta ao colocar momentos que lembram outras produções como “O Exterminador do Futuro 2”, “O Império Contra-Ataca” e até o clássico “Metropolis”. Só não é muito feliz ao criar reviravoltas na trama, que são bem previsíveis e um espectador mais atento vai perceber para onde a história vai muito antes de sua revelação.
Gemma (Allison Williams) tenta se entender com a nova versão de sua boneca em 'M3gan 2.0'
Divulgação
Claro, tudo é feito para agradar o público mais jovem, que só quer se divertir com algo rápido e rasteiro, como no primeiro filme. Mas, ao contrário do original, “M3gan 2.0” não é tão galhofa quanto poderia com sua proposta, nem o humor funciona tão bem.
Há boas piadas, vale ressaltar. Em especial, uma envolvendo um momento inusitado de cantoria. Mas elas são poucas e ficam espremidas em momentos que, ao invés de causar riso, só despertam vergonha alheia.
Desta vez, nem a cena da nova dancinha da robô psicótica chega a empolgar como na primeira vez, quando se tornou algo icônico e bastante divulgado nas redes sociais na época de seu lançamento.
Batalha de musas robóticas
O que vale mesmo em “M3gan 2.0” é mesmo o carisma da protagonista cibernética e sua contraparte super poderosa. Pelo menos nisso, Johnstone e sua equipe não erraram e devem deixar os fãs da boneca matadora bastante satisfeitos.
Isso se deve ao bom trabalho corporal de Amie Donald como M3gan (junto de Jenna Davis, que mais uma vez empresta sua voz para dar o tom robótico e irônico da Barbie vitaminada) e de Ivanna Sakhno, que curiosamente tem um rosto que lembra muito o de Elizabeth Olsen (a Feiticeira Escarlate do Universo Cinematográfico da Marvel).
Ivanna Sakhno interpreta Amelia, a grande ameaça de 'M3gan 2.0'
Divulgação
Sempre que estão em cena, as duas roubam as atenções e são responsáveis pelos momentos mais intensos e divertidos do filme. Com um roteiro e direção mais criativos, elas ainda poderiam ser mais interessantes. Quanto ao resto do elenco humano, Allison Williams e Violet Mcgraw continuam defendendo bem seus papéis e conquistam o público com simpatia. Os outros atores estão apenas funcionais.
Com bons efeitos visuais, “M3gan 2.0” conta com uma boa produção, assinada por, entre outros (como a própria Allison Williams), o diretor James Wan (de “Invocação do Mal” e “Aquaman”), um dos idealizadores do projeto original.
Se a continuação cair nas graças do grande público, como aconteceu em 2023, provavelmente veremos a boneca de muito estilo e alguns parafusos soltos em mais sequências. Se isso acabar ocorrendo, o jeito é torcer para que criem histórias mais inventivas, que podem até serem um pouco bobas, mas que não pareçam cópias de outras já vistas. Mas isso, só o futuro (robótico ou não) dirá.
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