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Gato 'adota' policiais, vira mascote de delegacia e recebe nome de Flagrante: 'Acalma as vítimas', diz investigadora

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Gato 'adota' policiais, vira mascote de delegacia e recebe nome de Flagrante: 'Acalma as vítimas', diz investigadora
Felino da raça pelo curto brasileiro apareceu no começo do ano na Central de Flagrantes de São José do Rio Preto (SP) e tem ajudado a aliviar o estresse ao interagir com funcionários e com o público que procura a unidade policial. Mascote do Plantão Policial de Rio Preto (SP) é gato brincalhão e carinhoso
Desde o começo do ano, a Central de Flagrantes da Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) conta com um "policial" diferente, de quatro patas, que ronrona, prende ratos em vez de criminosos, e que, acima de tudo, torna mais leve um ambiente habitualmente pesado.
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O gato da raça de pelo curto tem nome que faz jus ao local onde vive. Flagrante tem aproximadamente dois anos de idade, e foi adotado pelos 30 funcionários da Central de Flagrantes, onde funciona o plantão policial, no Jardim Fuscaldo.
"A chegada do gato mudou o ambiente. A rotina de uma unidade policial geralmente é pesada, mas a presença do Flagrante deixa tudo mais leve", afirma o delegado Allan Soares.
Gato Flagrante em cima da viatura estacionada no Plantão Policial, em São José do Rio Preto (SP); felino foi adotado como mascote
Isabela Zotarelli/Arquivo pessoal
Carinhoso e brincalhão, o animal sobe nas mesas, deita ao lado dos computadores, mexe nas canetas e interage com as pessoas, inclusive com quem procura a delegacia para registrar qualquer ocorrência. "O Flagrante ajuda a acalmar as vítimas. Tem um efeito terapêutico", revela a investigadora Erika Lima.
Também investigador, Fernando Noronha conta que o gato contribui para humanizar o atendimento ao público, que tem uma visão de delegacia como lugar austero.
"Ele é muito companheiro. Mas sabe o lugar dele. Entende bem quando pode ou não ficar por perto", explica.
Pulo do gato
Foi do delegado Allan Soares a ideia de dar o nome de Flagrante ao felino rajado, arredio a princípio, que ficava do lado de fora do prédio e que aos poucos foi se aproximando, primeiro furtando água, e depois comendo as porções de ração oferecidas pelos investigadores. Daí para conquistar o coração de todos foi um pulo (de gato).
"Ele dormia lá fora sobre o relógio de energia elétrica. Hoje todos ajudam a cuidar do Flagrante. Foi uma adoção coletiva. Mas de fato foi o gato que nos adotou", conta Fernando Noronha, ele próprio um gateiro, com nove animais em casa.
Coleira com telefone
A equipe da central se reveza na alimentação e demais cuidados ao Flagrante. Cada funcionário leva um saco de ração. "Chegou magrinho e já deu uma estufada. Ele come muito", conta Erika.
Noronha providenciou a coleira com o nome do gato e o telefone da unidade policial para o caso de ele se perder. Outra investigadora providenciou a castração e vacinação no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Flagrante conta com cama para dormir, mas também se esparrama sobre caixas e outros locais da delegacia em Rio Preto (SP)
Erika Lima/Arquivo pessoal
'Delegato'
Flagrante está totalmente integrado ao ambiente da delegacia. De manhã, geralmente descansa na sala dos delegados. "Eu chego e ele está lá no sofá dos delegados. É um 'delegato'", afirma Soares.
Ele circula entre as pessoas e muda de cômodos, às vezes com ajuda dos policiais, que abrem as portas. Tem uma caminha especial, onde costuma dormir à tarde. Mas gosta mesmo é de ficar no teclado do computador.
"É como se estivesse registrando uma ocorrência", conta Erika.
Como um típico felino, Flagrante é mais ativo à noite, quando sai para caçar. É comum levar para dentro da delegacia o resultado de suas investigações noturnas pela redondeza. "Tem vez que ele aparece aqui com rato ou barata", conta Erika. Seu comportamento rende até memes divertidos.
Mascote da Central de Flagrantes de Rio Preto (SP) interage com funcionários e adora ficar ao lado dos computadores
Erika Lima/Arquivo pessoal
Raça brasileira
O gato de pelo curto brasileiro é bastante inteligente e curioso. A raça, geralmente confundida com vira-lata (SRD, sem raça definida), tem origem no cruzamento sucessivo entre o pelo curto britânico, introduzido no Brasil pelos colonizadores portugueses, e outros gatos nativos.
Em 1998, obteve reconhecimento como raça pura brasileira pela Federação Mundial de Gatos, depois do trabalho de quase duas décadas para sua padronização, desenvolvida pelo fundador da federação brasileira, Paulo Samuel Ruschi.
De acordo com a médica veterinária Renata Marçolla Tappi Rodrigues, este tipo de raça é caracterizada pela docilidade, especialmente os rajados. "São bem tranquilos e brincalhões", diz.
Deitado sobre o balcão, na entrada do Plantão Policial em Rio Preto (SP), o gato Flagrante observa viatura e aguarda a chegada das pessoas
Erika Lima/Arquivo pessoal
Bem-estar
A veterinária destaca ainda que o ronronar dos gatos geralmente provoca sensação de bem-estar em quem está perto, levando à liberação de endorfinas no corpo, o que ajuda a aliviar o estresse e a depressão.
Estudos mostram que a exposição prolongada ao animal também contribui para reduzir a pressão arterial, o que favorece a saúde do coração.
Por essas qualidades, os gatos têm sido utilizados cada vez mais na Terapia Assistida por Animais (TAA), que já emprega cavalos e cachorros.
A terapia com gatos pode contribuir para a inclusão e a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência, como autistas e esquizofrênicos.
"Onde tem gato o ambiente é saudável", afirma o investigador Fernando.
Situações inusitadas protagonizadas pelo mascote da Central de Flagrantes de Rio Preto (SP) rendem memes
Erika Lima/Arquivo pessoal
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