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De olho na eleição de 2026, Derrite deixa PL de Bolsonaro, se filia ao PP e é aposta do partido para o Senado ou governo de SP

De olho na eleição de 2026, Derrite deixa PL de Bolsonaro, se filia ao PP e é aposta do partido para o Senado ou governo de SP
Derrite já foi filiado ao PP entre 2018 e 2022. A refiliação contou com presidentes de outros partidos de direita, além do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ciro Nogueira, presidente do PP, defendeu Derrite ao governo de SP caso Tarcísio saia à Presidência da República. Derrite em evento de filiação ao PP
Norma Odara/GloboNews
O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, deixou o Partido Liberal (PL) e se filiou nesta quinta-feira (22) ao seu antigo partido, o Progressistas (PP), de olho na eleição de 2026.
Os discursos se alinharam para que Derrite concorra a uma das duas cadeiras ao Senado Federal no ano que vem.
Derrite já foi filiado ao PP entre 2018 e 2022. A refiliação aconteceu em evento em uma casa de shows da Vila Olímpia, região nobre da capital paulista. Várias lideranças dos partidos que formam a base do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) estiveram presentes.
O próprio governador paulista fez questão de estar no evento, que também contou com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, Renata Abreu, presidente nacional do Podemos, Gilberto Kassab, presidente do PSD, Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil e André do Prado, (PL), presidente da Alesp
Na chegada ao evento, Ciro Nogueira disse que o "filho pródigo à casa torna".
"Agradeço muito ao presidente Valdemar [da Costa Neto, do PL], ao presidente Bolsonaro por terem tido esse carinho com o progressista, em respeito ao progressista, e nós vamos estar juntos, eu tenho certeza que ele vai ser um grande senador para o São Paulo no próximo ano."
Já Valdemar disse que Eduardo Bolsonaro deve voltar ao Brasil assim que terminar a licença de quatro meses e que a disputa pelo Senado será uma "guerra" entre Eduardo e Derrite.
"Eduardo é um candidato eleito hoje, hoje, pelas pesquisas, então nós vamos trabalhar muito para ele manter essa candidatura, porque ele tem uma vaga garantida e pode ser que a outra vaga seja do Derrite. Vai ser uma guerra, não vai ser fácil não", disse.
O próprio secretário afirmou que sua ida ao PP está ligada à vaga da candidatura ao Senado ao Bolsonaro.
"Na verdade não há o que esconder do desejo nosso. A minha saída do PL tem um contexto, já está reservada para o deputado Eduardo Bolsonaro. E existe um desejo desse grupo político de todos os partidos representados aqui hoje de que a gente possa eleger dois senadores por São Paulo"
Questionado se caso Tarcísio de Freitas saia candidato a presidente, Ciro Nogueira afirmou que vai colocar Derrite na disputa ao governo de São Paulo.
"Caso Tarcísio tente a presidência, aí Derrite deve ser candidato ao governo. Nós vamos defender isso, mas é só, lógico, que é uma construção. O Tarcísio vai influir, Bolsonaro, aí é toda uma construção. Mas aí nós vamos passar a defender, legitimamente, o nome do Derrite."
Na segunda-feira (19), Derrite descartou publicamente a ideia de concorrer ao governo de São Paulo pelo PP, ventilada dentro do próprio núcleo bolsonarista, caso Tarcísio desista de tentar a reeleição no ano que vem e opte por disputar a Presidência com Lula (PT) ou algum candidato do campo lulista.
"Eu vou ser bem sincero para vocês. Em nenhuma conversa que eu tive com ele ele fala sobre isso (se candidatar a presidente). O projeto dele é a reeleição a governador do estado de S.o Paulo Eu acho que o pensamento do governador é um pensamento de reeleição. Mas vocês acompanham a política e sabem que as coisas podem mudar. E claro nenhuma hipótese pode ser descartada. Hoje, 22 de maio, o projeto político do governador é a reeleição", disse.
Entre as ausências no evento estão o prefeito Ricardo Nunes, do MDB, e o presidente do Republicanos Marcos Pereira. Derrite disse que os dois justificaram a ausência por problemas de agenda e diz que os dois partidos darão apoio ao grupo no ano q vem.
Sobre a ausência do Marcos Pereira, derrite disse que "a grande estrela do partido estava presente", se referindo ao governador.
Evento de filiação de Derrite ao PP
Julia Faria/GloboNews
O secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PL), atrás do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Rogério Cassimiro/Secom/GESP
Nos bastidores, o que se diz é que, caso Tarcísio concorra à Presidência no próximo ano, o atual secretário de Governo e Relações Institucionais do estado, Gilberto Kassab (PSD), estaria na fila para disputar o Palácio dos Bandeirantes no lugar do chefe.
Kassab tem ao seu favor o fato de comandar o PSD, partido que fundou e fez crescer. No pleito de 2024, a legenda conquistou 206 prefeituras entre os 645 municípios paulistas, quadruplicando o número de prefeito eleitos em 2020 pela sigla, que somaram 64 cidades quatro anos antes.
O ex-prefeito, contudo, não agrada parte dos bolsonaristas, uma vez que ele já se declarou um político "nem de esquerda nem de direita" e tem trânsito livre no governo Lula (PT).
Kassab foi até mesmo ministro das Comunicações e conselheiro pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Fundador do PSD, Gilberto Kassab é o político 'nem de esquerda, nem de direita' que foi ministro da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Elza Fiúza/Agência Brasil
O próprio PSD, que Kassab dirige nacionalmente, faz parte da base de apoio atual de Lula no Congresso Nacional, embora dê sinais de que pode abandonar o governo federal a qualquer momento, bastando que Tarcísio sinalize a possibilidade de concorrer ao Palácio do Planalto.
Outro nome que pode atrapalhar os planos de uma possível candidatura Derrite é o do prefeito reeleito da capital, Ricardo Nunes (MDB), que também se movimenta nos bastidores para ocupar um possível vácuo deixado por Tarcísio no estado.
Na terça (20), durante lançamento do programa SuperAção SP – de superação da pobreza no estado – Nunes foi muito assediado por prefeitos e vereadores do interior de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes.
Depois de tirar centenas de selfies com políticos do interior paulista, Nunes negou que seja candidato em 2026: “Todos querem que eu vá visitar as suas cidades, mas eu disse que não sou candidato a nada”, afirmou.
Derrite no evento de filiação
Norma Odara/GloboNews
Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes em agenda na região de Guaianases, na Zona Leste de SP
Reprodução/TV Globo

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