Vereador que confundiu tombamento de igreja com demolição fala sobre repercussão: ‘Resolvi encarar com bom humor’

Durante a sessão da Câmara Municipal, há uma semana, Clayton Sassá (União Brasil) defendeu a preservação da capela Santa Cruz, construção com mais de 150 anos. Vereador confunde 'tombamento' com 'demolição' e vota contra preservação de igreja
O vereador Clayton Sassá (União Brasil), de Capão Bonito (SP), tem levado com bom humor a repercussão de um mal-entendido durante uma votação na Câmara: ao confundir "tombamento" com "derrubamento", ele se posicionou contra a preservação de uma igreja histórica, acreditando que o prédio seria demolido. "Sou totalmente contrário ao tombamento, ao 'derrubamento' dessa igreja", disse na ocasião.
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A situação ocorreu após um requerimento ter sido colocado para a votação, durante a sessão do último dia 2. O documento abordava a instalação de quatro manilhas na Rua Benjamin Constant, no bairro Ferreira das Almas, zona rural do município.
Segundo a prefeitura, o requerimento não era relacionado diretamente à capela Santa Cruz, construção com mais de 150 anos, mas era uma solicitação sobre o impacto da intervenção na logística de caminhões e veículos que utilizam a via para o escoamento de produtos para a cidade.
Foi a partir desse documento que surgiu o discurso do vice-presidente da Câmara e vereador, Clayton Sassá (União Brasil), reforçando que era “totalmente contrário ao tombamento, ao 'derrubamento' dessa igreja. Ao contrário, tem que se tornar um patrimônio público histórico do nosso município porque é uma marca para a Igreja Católica”.
Vereador Clayton Sassá (União Brasil) de Capão Bonito (SP)
Reprodução/internet
“Como que se destrói algo de 150 anos de história? Não é algo de 15 dias, é 150 anos de história naquela localidade. Ao contrário, vou entrar com um pedido para que naquela localidade seja feito um protocolo, uma medida que seja extremamente proibido de uma vez por todas passar caminhão naquela rua e que se passar, seja multado”, foi outra fala do vereador que chamou a atenção.
‘Encarar com bom humor’
À TV TEM, o vereador Clayton Sassá informou se equivocou na escolha das palavras e usou tombamento de forma errada. “Logo em seguida, percebi o equívoco, pedi a palavra para me corrigir no momento, porém a palavra no momento da discussão do assunto foi passado a outro colega vereador”.
Após a repercussão do caso, Clayton disse que: “Vendo as postagens que correram na Internet, de início fiquei chateado, sim, mas depois, pensando melhor, resolvi encarar com bom humor. Faz parte”.
Olhando pelo lado positivo, o vereador disse que o ocorrido colaborou para a difusão de informações sobre proteção e preservação do patrimônio histórico do município. “Despertando a atenção da população, que precisa, sim, se posicionar perante o Poder Público para que a sua história e cultura sejam preservados”.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, na sexta-feira (6), a Prefeitura de Capão Bonito também informou que “durante as discussões, ficou claro que o fechamento da rua foi feito pela Prefeitura a pedido da Mitra Diocesana, devido ao risco de danos à estrutura da igreja do bairro (mais de 150 anos de construção) pelo tráfego de caminhões pesados”.
Além disso, a Câmara Municipal esclareceu que o tema da proteção do patrimônio histórico não estava em votação e que o objetivo do requerimento era apenas solicitar esclarecimentos à Prefeitura sobre a obstrução da via.
?Igreja histórica ‘famosa’
Capela Santa Cruz, localizada na zona rural de Capão Bonito (SP)
Reprodução/Prefeitura de Capão Bonito
Conforme a Prefeitura de Capão Bonito, a capela é a mais antiga da cidade, e foi um pequeno grupo de moradores que decidiu se organizar e construir a capela Santa Cruz, em 1874.
A igreja foi construída de forma artesanal, as paredes têm um metro de espessura e ainda preservam suas características originais feitas com terra batida e armadas em taipas de pilão.
As acomodações da pequena igreja são simples. Enquanto as celebrações religiosas são realizadas duas vezes ao mês e recebem fiéis de bairros vizinhos da cidade, como Tomés, Turvo dos Pedrosos, Mendes, Mato Pavão.
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O vereador Clayton Sassá (União Brasil), de Capão Bonito (SP), tem levado com bom humor a repercussão de um mal-entendido durante uma votação na Câmara: ao confundir "tombamento" com "derrubamento", ele se posicionou contra a preservação de uma igreja histórica, acreditando que o prédio seria demolido. "Sou totalmente contrário ao tombamento, ao 'derrubamento' dessa igreja", disse na ocasião.
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A situação ocorreu após um requerimento ter sido colocado para a votação, durante a sessão do último dia 2. O documento abordava a instalação de quatro manilhas na Rua Benjamin Constant, no bairro Ferreira das Almas, zona rural do município.
Segundo a prefeitura, o requerimento não era relacionado diretamente à capela Santa Cruz, construção com mais de 150 anos, mas era uma solicitação sobre o impacto da intervenção na logística de caminhões e veículos que utilizam a via para o escoamento de produtos para a cidade.
Foi a partir desse documento que surgiu o discurso do vice-presidente da Câmara e vereador, Clayton Sassá (União Brasil), reforçando que era “totalmente contrário ao tombamento, ao 'derrubamento' dessa igreja. Ao contrário, tem que se tornar um patrimônio público histórico do nosso município porque é uma marca para a Igreja Católica”.
Vereador Clayton Sassá (União Brasil) de Capão Bonito (SP)
Reprodução/internet
“Como que se destrói algo de 150 anos de história? Não é algo de 15 dias, é 150 anos de história naquela localidade. Ao contrário, vou entrar com um pedido para que naquela localidade seja feito um protocolo, uma medida que seja extremamente proibido de uma vez por todas passar caminhão naquela rua e que se passar, seja multado”, foi outra fala do vereador que chamou a atenção.
‘Encarar com bom humor’
À TV TEM, o vereador Clayton Sassá informou se equivocou na escolha das palavras e usou tombamento de forma errada. “Logo em seguida, percebi o equívoco, pedi a palavra para me corrigir no momento, porém a palavra no momento da discussão do assunto foi passado a outro colega vereador”.
Após a repercussão do caso, Clayton disse que: “Vendo as postagens que correram na Internet, de início fiquei chateado, sim, mas depois, pensando melhor, resolvi encarar com bom humor. Faz parte”.
Olhando pelo lado positivo, o vereador disse que o ocorrido colaborou para a difusão de informações sobre proteção e preservação do patrimônio histórico do município. “Despertando a atenção da população, que precisa, sim, se posicionar perante o Poder Público para que a sua história e cultura sejam preservados”.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, na sexta-feira (6), a Prefeitura de Capão Bonito também informou que “durante as discussões, ficou claro que o fechamento da rua foi feito pela Prefeitura a pedido da Mitra Diocesana, devido ao risco de danos à estrutura da igreja do bairro (mais de 150 anos de construção) pelo tráfego de caminhões pesados”.
Além disso, a Câmara Municipal esclareceu que o tema da proteção do patrimônio histórico não estava em votação e que o objetivo do requerimento era apenas solicitar esclarecimentos à Prefeitura sobre a obstrução da via.
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Capela Santa Cruz, localizada na zona rural de Capão Bonito (SP)
Reprodução/Prefeitura de Capão Bonito
Conforme a Prefeitura de Capão Bonito, a capela é a mais antiga da cidade, e foi um pequeno grupo de moradores que decidiu se organizar e construir a capela Santa Cruz, em 1874.
A igreja foi construída de forma artesanal, as paredes têm um metro de espessura e ainda preservam suas características originais feitas com terra batida e armadas em taipas de pilão.
As acomodações da pequena igreja são simples. Enquanto as celebrações religiosas são realizadas duas vezes ao mês e recebem fiéis de bairros vizinhos da cidade, como Tomés, Turvo dos Pedrosos, Mendes, Mato Pavão.
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