Primeira mulher trans campeã da Superliga de Vôlei diz que aprendeu a jogar sozinha em Goiânia: 'Vendo os outros jogarem'

Tiffany Abreu, de 40 anos, disse que aprendeu a jogar na rua, em quadras pintadas no asfalto. Em Goiânia, ela venceu seu primeiro torneio jogando por uma escola do Parque Amazônia. Tifanny Abreu comemora vitória na Superliga de Vôlêi
Reprodução/Redes Sociais
A primeira mulher trans campeã da Superliga de Vôlei disse que aprendeu a jogar sozinha, em Goiânia. Tiffany Abreu, de 40 anos, contou no podcast Cientista do Esporte que a febre do vôlei fez com que muitas quadras pintadas surgissem nas ruas. A atleta, que joga pelo Osasco, disse que aprendeu a jogar na rua, onde crianças e jovens se organizavam com o que tinham para as partidas.
"Qualquer rua tinha uma quadra pintada. A criançada, os jovens armavam uma rede, compravam uma bola. E ali eu comecei a jogar vôlei, aprendi na rua, sozinha, vendo os outros jogarem”, afirmou a jogadora.
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Única atleta transgênero na elite do vôlei brasileiro, Tiffany venceu o hexacampeonato pelo Osasco no dia 1º de maio. No jogo da vitória, a atleta foi a segunda maior pontuadora do time, com 24 pontos.
Em entrevista ao jornalista Luiz Felipe Prota, Tiffany contou que nasceu no Tocantins, cresceu na cidade de Conceição do Araguaia, no Pará, mas só começou sua vida nas quadras quando se mudou para Goiânia com a família.
“Fui aprender voleibol quando já estava em Goiânia. Já tinha 16 anos. Jogava na rua, no bairro", contou a atleta em entrevista ao podcast Cientista do Esporte.
A jogadora relembrou que a equipe em que jogava no Colégio Estadual Antônio Oliveira da Silva, no Parque Amazônia, ganhou o primeiro torneio no ano 2000. Segundo ela, uma professora de educação física inscreveu os alunos na competição quando percebeu o entusiasmo crescente dos jovens com o vôlei.
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Gratidão
Além de lembrar com carinho do projeto escolar que deu início à sua vida no esporte, Tiffany também disse que estava honrando a cidade de Goiânia, onde tudo começou, com a sua vitória pelo Osasco.
Na entrevista, a jogadora contou que teve que deixar o Centro-Oeste para se profissionalizar em São Paulo, onde o investimento no esporte é mais alto. Apesar disso, ela não se esqueceu das pessoas que estiveram com ela no começo da sua história.
A atleta agradeceu a Wesley, seu primeiro treinador em Goiânia, responsável pela sua evolução inicial no esporte feita a partir de uma mudança na posição em que jogava. Segundo ela, foi por incentivo dele que ela começou a atuar no ataque, como na posição em que joga hoje pelo Osasco. “Aprendi muito com ele. Conseguiu me lapidar”, agradeceu.
Tifanny Abreu disse estar honrando a cidade de Goiânia após vencer Superliga de Vôlei
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