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Condenado por feminicídio, homem que matou companheira com tiro na cabeça consegue recurso que pode reduzir pena no AC

Condenado por feminicídio, homem que matou companheira com tiro na cabeça consegue recurso que pode reduzir pena no AC
Samuel Guimarães Brandão foi condenado a 24 anos de prisão por ter matado a esposa, Elziane Moura Gomes. Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) julgou que a confissão dele deve ser considerada na dosimetria da pena. Samuel Guimarães Brandão foi condenado a mais de 24 anos de prisão
Reprodução
Condenado a 24 anos de reclusão pelo feminicídio da esposa, Samuel Guimarães Brandão obteve uma decisão favorável que pode reduzir sua sentença. Isto porque após condenado, a defesa dele entrou com um recurso pedindo que fosse considerada a confissão dele em juízo, e que não fosse considerada qualificadora do impacto causado à família.
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Elziane Moura Gomes, de 27 anos, foi morta com um tiro na cabeça no dia 4 de junho de 2020. Segundo informações da polícia, o casal estava em uma discussão quando o homem pegou a arma, do tipo rifle, e atirou contra a mulher. Ela morreu no local antes de receber ajuda.
Apenas parte do argumento foi aceito. A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) julgou que a confissão de Brandão deve ser considerada na dosimetria da pena, o que não havia sido feito, conforme a decisão, por não ter sido utilizada como fundamento para a condenação.
“O reconhecimento da atenuante da confissão é cabível mesmo quando parcial ou qualificada, independentemente de ter sido utilizada como fundamento para a condenação”, considerou a câmara.
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A morte de Elziane só chegou ao conhecimento da polícia um dia após o crime
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Apesar da decisão, os desembargadores mantiveram a valoração negativa das circunstâncias e consequências do crime. Entretanto, ainda não houve publicação de sentença alterada. Ele é defendido pela Defensoria Pública (DPE-AC), que não costuma se manifestar sobre os casos.
Ao todo, Brandão foi condenado a 24 anos de reclusão, além de um ano e um mês de detenção e 60 dias-multa, equivalente a um trigésimo do salário-mínimo vigente à época do fato. Também foi determinado pagamento de R$ 5 mil em indenização à filha da vítima, que presenciou o crime.
Crime ocorreu no seringal Novo Oriente, na zona rural de Feijó, interior do Acre
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Crime
A morte de Elziane só chegou ao conhecimento da polícia um dia após o crime. Assim que ficaram sabendo do caso, policiais foram até o local, que é de difícil acesso e que para se chegar são cerca de cinco horas de viagem pelo rio. Por isso, o corpo da vítima só chegou até a cidade de Feijó no dia 7 de junho para passar pelos exames cadavéricos.
Cinco dias após a morte da mulher, Brandão se entregou na delegacia da cidade de Feijó. O delegado responsável pelas investigações, Valdinei Soares informou na época que o homem se apresentou com um advogado e permaneceu em silêncio durante o interrogatório.
Como já havia um mandado de prisão expedido contra ele, o homem foi preso e levado para o presídio de Tarauacá, também no interior do estado. Em outubro daquele ano, ele virou réu.
À época, o então advogado de Brandão, Karil Shesma disse que além de feminicídio, o acusado foi denunciado pelo crime de tentativa de homicídio contra a filha da mulher, de 8 anos, que estava no local no momento do crime contra a mãe. Mas, segundo o advogado, a criança não foi ferida.
“Não posso adiantar muita coisa, mas os fatos não ocorreram da forma como foram divulgados. O feminicídio, a base é que matou por ser mulher, e não foi. Ele confessa que o disparo foi a partir dele mesmo, da arma que estava com ele, mas durante o procedimento, ele vai provar que não foi da forma como está colocado. E ele tem preferido ficar calado agora para expor só quando for com o juiz”, disse o advogado.
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