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Roraima tem pior índice de democracia ambiental da Amazônia Legal, aponta estudo

Roraima tem pior índice de democracia ambiental da Amazônia Legal, aponta estudo
Estudo do Instituto Centro de Vida (ICV) e da Transparência Internacional – Brasil aponta que estado registrou 20,8 pontos no novo Índice de Democracia Ambiental. Roraima tem pior índice de Democracia Ambiental entre os estados da Amazônia Legal.
Caíque Rodrigues/g1 RR/Arquivo
Roraima é o estado da Amazônia Legal que menos oferece proteção a defensores ambientais, acesso à justiça, informação e participação da população na definição de políticas públicas, de acordo com o novo Índice de Democracia Ambiental (IDA). O estudo mapeou todos os nove estados da região e foi divulgado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e a Transparência Internacional – Brasil na segunda-feira (16).
O estado teve a pior nota geral da região: 20,8 pontos de um total de 100. Ele é seguido pelo Acre, que registrou 26,5, e pelo Tocantins, que apresentou 30. O Mato Grosso teve a melhor pontuação, 48,3 (veja o ranking completo no gráfico).
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O desempenho de Roraima foi classificado como ruim ou péssimo em todas as categorias do estudo (entenda mais abaixo). O índice mais crítico foi em relação a proteção para denunciantes, com apenas 0,8 pontos. De acordo com os pesquisadores, isso reflete "fragilidades institucionais e de políticas públicas".
A Amazônia Legal é uma área delimitada em 1953 por lei federal com o objetivo de criar políticas para o desenvolvimento socioeconômico da região. É formada por nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e por parte do Maranhão, num total de 772 municípios.
➡️ Dividido nas categorias de "Acesso à Informação Ambiental", "Acesso à Justiça Ambiental", "Acesso à Participação" e "Proteção de Defensores Ambientais", o IDA mede o grau de compromisso das instituições públicas com a democracia ambiental e a proteção de direitos na região.
A maior pontuação de Roraima foi registrada na categoria de acesso a informação, que avalia se dados ambientais relevantes estão disponíveis e acessíveis ao público, com 39,4 pontos. Nas outras foram:
Acesso a Justiça ambiental: 29 pontos;
Acesso a participação: 13,7 pontos;
Proteção de defensores: 0,8 pontos.
No âmbito estadual, a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) disponibiliza uma plataforma com dados sobre multas aplicadas, autos de infração, licenças ambientais, de embarcação, pesca, autorizações de queimadas e de Cadastro Ambiental Rural. Além de orçamentos e boletins hidroclimáticos, de qualidade do ar e de focos de calor.
Há ainda um Grupo de Trabalho Social da Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação para a construção conjunta de espaços de governança e participação da sociedade. O objetivo é coordenar, discutir e consolidar o processo de concepção dos planos, programas e projetos, além de apoiar consultas públicas junto às comunidades roraimenses.
De acordo com o governo, a Polícia Militar também atua na proteção e prevenção ambiental por meio da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa), com operações de repressão e atividades de cunho educacional voltadas para o cuidado com o meio ambiente.
Recomendações
Segundo o estudo, nenhum estado da Amazônia Legal foi avaliado com índice bom. Com 64,8 pontos, a União foi o único ente avaliado desta forma.
Para a coordenadora do Programa de Integridade Socioambiental da Transparência Internacional, Olivia Ainbinder, os resultados são preocupantes e demonstram um longo caminho para garantir o acesso à informação, participação e à Justiça, além da proteção de defensores na Amazônia.
“Em especial no ano em que o Brasil sedia a COP do Clima, esperamos que o diagnóstico contribua para que governos e demais instituições avaliadas realizem reformas e para que a sociedade demande mudanças", disse Olivia.
➡️ O estudo ainda indica que as instituições públicas adotem medidas de urgência na Amazônia Legal. São elas:
Fortalecimento dos programas de proteção a defensores e defensoras ambientais nos níveis federal e estadual na Amazônia, com recursos adequados, e garantia de participação social, capacitação e protocolos de atuação das forças de segurança;
Disponibilização de informações ambientais essenciais em temas como exploração florestal, licenciamento, pecuária, regularização ambiental e fundiária, garantindo sua atualização, completude e formato reutilizável;
Criação e reforço de estruturas especializadas em meio ambiente, questões fundiárias e de povos indígenas e comunidades tradicionais no Judiciário, Ministério Público, Defensorias e polícias, com capacitação de seus membros e iniciativas de Justiça itinerante;
Aprimoramento de instrumentos de participação social em temas ambientais, como conselhos e audiências públicas, com inclusão, equilíbrio de representação e ampla divulgação das atividades.
Outra medida é um tratado regional que vise fortalecer o acesso à informação, à participação e à Justiça em temas ambientais e a proteção dos defensores.
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