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Rifas 'beneficentes' eram fachada para golpe de R$ 15 milhões que beneficiava influenciadores, empresário e advogado de Araguari, diz Polícia Civil

Rifas 'beneficentes' eram fachada para golpe de R$ 15 milhões que beneficiava influenciadores, empresário e advogado de Araguari, diz Polícia Civil
Segunda fase da 'Operação Camarilha' ocorreu nesta sexta-feira (13) e foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, além da apreensão de 10 veículos. De acordo com a investigação, o grupo tinha atuações em Araguari, Brasília (DF), Praia Grande (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Operação Camarilha investiga organização criminosa em cinco estados e DF
Uma quadrilha composta por influenciadores digitais, empresários, um advogado e um contador foi alvo da segunda fase da 'Operação Camarilha' nesta sexta-feira (13), em Araguari. A ação realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais e pela Polícia Civil investiga a organização criminosa de atuação nacional envolvida em um esquema de fraude com títulos de capitalização e rifas de veículos e dinheiro em espécie.
Ao todo foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, sendo um deles em um imóvel em Goiânia (GO) e 10 veículos foram apreendidos. Nenhuma prisão foi decretada.
De acordo com o MPMG e a Polícia Civil, o grupo tinha ramificações em Araguari, Brasília (DF), Praia Grande (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Os crimes apurados incluem estelionato, lavagem de dinheiro, organização criminosa, contravenção penal de jogo de azar, crime contra a economia popular e as 'Bets'.
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Materiais apreendidos durante o cumprimento de mandado de busca a apreensão em Goiás
Polícia Militar/Divulgação
O esquema
A primeira fase da operação foi realizada em abril de 2023, e, desde então, a investigação revelou que os envolvidos utilizavam autorizações reais para vender Títulos de Capitalização Filantrópica, concedidas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), para encobrir um golpe milionário.
Para o golpe, a empresa de capitalização com base em Porto Alegre obtinha autorização da Susep para comercializar os títulos na modalidade filantrópica premiável. No entanto, para cada título vendido, apenas 5% do valor arrecadado era repassado à entidade filantrópica, enquanto 95% era desviado para influenciadores e empresas intermediárias.
Dentre as empresas envolvidas estavam duas sediadas em Praia Grande. A instituição beneficiária identificada nas investigações, ainda era forçada a contratar os influenciadores de Araguari, além de uma das empresas de Praia Grande, como condição para participar do sistema. Com isso:
65% do valor dos títulos era repassado aos influenciadores;
20% para a empresa de Praia Grande envolvida;
Apenas 5% ficava com a instituição beneficiária, descaracterizando completamente o suposto caráter filantrópico da iniciativa.
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Divulgação enganosa
A investigação aponta que três influenciadores digitais de Araguari usavam suas redes sociais para divulgar os títulos como se fossem rifas beneficentes, prometendo aos compradores que estariam ajudando instituições de caridade, quando na verdade os valores eram desviados.
Apesar de terem autorização formal para sorteios de carros e prêmios em dinheiro, o conteúdo das promessas e anúncios configurava fraude, enganando milhares de pessoas em todo o país e caracterizando crime contra a economia popular.
"Eles tinham autorização para fazer esses sorteios de carros e dinheiro em espécie, porém, a forma que eles anunciavam, o jeito que eles realizavam promessas para quem adquiria foi o que enganou milhões de pessoas no país e também que caracterizou crime contra a economia", explicou o delegado Rodrigo Luis Fiorindo Faria.
Ainda de acordo com o delegado, o esquema teria movimentado cerca de R$ 15 milhões entre setembro de 2023 e abril de 2025. A fraude é tão ampla que se tornou um dos focos da CPI das BETS no Senado Federal, presidida pelo senador Hiran Gonçalves e com relatoria da senadora Soraya Thronicke.
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