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Ministro alemão diz que UE deve tomar medidas 'decisivas' contra os EUA caso negociações de tarifas fracassem

Ministro alemão diz que UE deve tomar medidas 'decisivas' contra os EUA caso negociações de tarifas fracassem
Segundo Klingbeil, as tarifas impostas pelo governo Trump ameaçam a economia dos EUA tanto ou mais que a europeia. Presidente dos EUA tem notificado líderes globais desde segunda-feira (7) com cartas informando sobre taxações que passam a valer a partir de 1º de agosto. O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, no plenário do Bundestag
Nadja Wohlleben/Reuters
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, afirmou que a União Europeia deve tomar medidas "decisivas" contra os Estados Unidos caso as negociações tarifárias fracassem em meio a uma guerra comercial crescente.
"Se uma solução negociada justa não for bem-sucedida, devemos tomar contramedidas decisivas para proteger empregos e empresas na Europa", disse Klingbeil ao jornal alemão "Süddeutsche Zeitung".
No sábado (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas de 30% para o México e a União Europeia (UE). A medida está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Para Klingbeil, as tarifas impostas pelo governo Trump ameaçam a economia dos EUA tanto ou mais que a economia europeia.
"Nossa mão continua estendida, mas não vamos concordar com tudo", acrescentou.
Notificações
Até o momento, pelo menos 25 notificações já foram enviadas pelo republicano a seus parceiros comerciais. Veja a lista de países ao final desta reportagem.
Na carta enviada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump afirmou que a carta demonstra a "força e o compromisso" dos Estados Unidos em continuar suas relações comerciais com o bloco europeu, apesar dos déficits comerciais registrados pelo país.
"Tivemos anos para discutir nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que devemos nos afastar desses déficits comerciais persistentes e prolongados, causados por políticas tarifárias e não tarifárias da União Europeia. Nosso relacionamento tem sido, infelizmente, longe de ser recíproco", afirma o republicano na carta.
Nesse caso, além de definir a taxa em 30%, com vigência a partir de 1º de agosto, o presidente norte-americano também afirmou que os produtos transbordados — ou seja, que são reexportados para outro país —estarão sujeitos à tarifa mais elevada e reivindicou a abertura dos mercados europeus para os EUA.
A taxação vem após o republicano afirmar que caminhava nas negociações com a UE. Segundo já indicado pela liderança do bloco, a expectativa é que a União Europeia feche um acordo bilateral com os Estados Unidos antes de 1º de agosto, com concessões para setores de exportação considerados importantes — como aeronaves, equipamentos médicos e bebidas alcoólicas.
Donald Trump anuncia novas tarifas de 30% para México e União Europeia
Países repercutem a carta de Trump
Em resposta à carta de Trump, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que as tarifas estabelecidas em 30% podem interromper cadeias de suprimento transatlânticas essenciais, "em detrimento de empresas, consumidores e pacientes de ambos os lados do Atlântico" — uma vez que a UE exporta uma quantidade significativa de medicamentos e produtos farmacêuticos para os EUA.
"A UE tem priorizado consistentemente uma solução negociada com os EUA, refletindo nosso compromisso com o diálogo, a estabilidade e uma parceria transatlântica construtiva", afirmou a presidente do bloco, destacando que poucas economias no mundo se igualam ao nível de abertura e adesão às práticas comerciais justas como o bloco.
"Seguimos prontos para continuar trabalhando em direção a um acordo até 1º de agosto. Ao mesmo tempo, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger os interesses da UE, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais, se necessário", acrescentou.
O gabinete da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que Roma apoia plenamente os esforços da Comissão Europeia que devem ser intensificados nos próximos dias, e reiterou que é "fundamental manter o foco nas negociações", uma vez que a maior polarização pode fazer com que seja mais difícil chegar a um acordo.
Já o primeiro-ministro holandês disse que as tarifas impostas pelos EUA são "preocupantes", indicando que a taxação não era o caminho a seguir.
"A Comissão Europeia pode contar com o nosso total apoio. Como UE, devemos permanecer unidos e determinados na busca de um resultado com os Estados Unidos que seja mutuamente benéfico", completou.
Já do lado do México, o ministério da economia do país afirmou que recebeu a carta dos EUA sobre as novas tarifas e reiterou que segue negociando com os EUA. "Grupo de trabalho buscará alternativa antes de 1º de agosto para proteger empresas e funcionários", disse em nota oficial.
Com as cartas enviadas ao México e à União Europeia, o presidente norte-americano já enviou notificações a outros 23 líderes globais, com taxas mínimas que as nações terão que pagar a partir de 1º de agosto caso não firmem um acordo comercial com os EUA.
Entre as 23 nações que receberam as cartas, o Brasil ficou com a taxa mais alta, com 50%. A menor tarifa foi anunciada para as Filipinas (20%).

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