SC quer usar aviões menores para expandir viagens regionais em 24 aeroportos; entenda plano

Estado analisa dois projetos feitos por empresas do ramo. Tipo de aeronave e rotas ainda não foram definidos. Aeroporto de Correia Pinto, na Serra de Santa Catarina
Jonatã Rocha/SecomGOVSC
Conectar cidades de Santa Catarina através de aeroportos com aeronaves modernas e preços competitivos. A partir deste objetivo, o governo do estado estuda dois projetos, feitos por duas empresas do ramo, para o desenvolvimento da aviação regional no território catarinense.
Em ambas as ideias que são analisadas, a ideia é usar aeronaves menores, de oito a 18 de lugares. Inclusive um modelo feito na China foi visto em uma viagem feita por uma comitiva catarinense ao país asiático no final de junho (leia mais abaixo).
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A ideia é, até o final do ano, apresentar o plano à população, acredita o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.
Aeroporto de Joaçaba
Prefeitura de Joaçaba/Divulgação
Objetivo
Com a aviação regional, o estado quer reduzir o tempo de viagem, já que o território catarinense é formado por muitos planaltos, que tornam a jornada nas rodovias mais longas.
O secretário deu o exemplo de uma viagem de Caçador, no Oeste do estado, até Florianópolis. As duas cidades ficam distantes cerca de 350 quilômetros uma da outra.
"Leva seis horas de viagem [de carro] e isso poderia ser feito em 45 minutos de avião", argumenta o secretário.
Outra área em que a aviação regional poderia ser útil, de acordo com ele, é na saúde pública. "Esses aviões também poderiam transportar pacientes que precisam se deslocar para centros médicos importantes".
A ideia é que essa modalidade de transporte possa ser usada por diversos segmentos da economia, desde produtores e empresários a visitantes.
"Não tem um viés específico. Por exemplo, se você tem alguém que vem de São Paulo para Santa Catarina para visitar Caçador, essa pessoa vai poder vir até Florianópolis, numa companhia aérea tradicional, e aqui ter a possibilidade de fazer uma conexão com Caçador, com Joaçaba, com São Miguel do Oeste, nesse contexto da aviação interna regional", exemplifica o secretário.
Pista do aeroporto de São Miguel do Oeste, no Oeste de Santa Catarina
Prefeitura de São Miguel do Oeste/Divulgação
Estrutura aérea catarinense
Há 24 aeroportos em Santa Catarina. Desse total, cinco deles são privados, e são também os que recebem voos comerciais. São eles:
Aeroporto Internacional Hercílio Luz - Florianópolis
Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola - Joinville
Aeroporto Ministro Victor Konder - Navegantes
Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi - Jaguaruna
Aeroporto Serafim Enoss Bertaso - Chapecó
Santa Catarina tem 24 aeroportos
SPAF/Divulgação
Esses terminais têm estrutura e pista de comprimento suficiente para receber os aviões comerciais, explica o secretário.
Os outros 19 aeroportos podem receber aeronaves menores. Eles ficam nas cidades de:
Dionísio Cerqueira
São Miguel do Oeste
Itapiranga
Pinhalzinho
Xanxerê
Concórdia
Joaçaba
Caçador
Videira
Curitibanos
Correia Pinto
Lages
São Joaquim
Três Barras
Rio Negrinho
São Francisco do Sul
Blumenau
Lontras
Forquilhinha
O aeroporto de Correia Pinto recebia voos comerciais da companhia aérea Azul. Porém, no início de março, a empresa decidiu não operar mais no local. A secretaria esclarece que negocia com outras companhias aéreas para que os voos comerciais voltem nesse aeroporto.
Outro local que pode ser estratégico para o estado é Dionísio Cerqueira, que fica no Oeste do estado, na fronteira com a Argentina. O aeroporto da cidade estava fechado desde 2013, e foi reaberto no ano passado.
Vista aérea do aeroporto de São Joaquim
Jonatã Rocha/Secom
Aeronaves
Para que a aviação regional funcione em Santa Catarina, é preciso pensar sobre as aeronaves. Como os aeroportos menores não possuem pistas e estruturas para receber aviões grandes, será necessária uma decisão sobre os tipos de veículos para conectar a malha aérea do estado, explica o secretário.
A comitiva de Santa Catarina que esteve em viagem à China de 20 a 24 de junho aproveitou para dar uma olhada nessa questão.
"Essa ida à China foi por várias outras agendas, mas nós aproveitamos para visitar a fábrica de um avião que faz parte de um dos projetos que nos foi apresentado. É um avião para 17 lugares, rigorosamente feito para aviação regional e pequenos aeroportos", disse o secretário.
Esses veículos podem pousar em pistas menores, de 700 a 800 metros de comprimento. "É uma aeronave que poderia pousar em qualquer dos nossos aeroportos aqui no estado", completou Martins.
Segundo ele, um dos dois projetos sobre aviação regional em Santa Catarina apresentados usaria esses aviões vistos na viagem à China, do modelo Harbin Y-12. O outro, utilizaria aeronaves um pouco menores.
Comitiva catarinense visita fábrica de aviões na China
Secom GovSC/Divulgação
Outras questões
Outra situação que é examinada é quais incentivos públicos poderão ser dados para que o projeto saia do papel. "Nós estamos analisando esses dois projetos, vendo de que forma o estado pode dar esse subsídio", declara o secretário.
São verificadas opções de subsídio como:
impostos - para compra de aeronaves, peças, combustível e compra de assentos, para garantir que os voos vão acontecer dentro do estado
financiamento através de bancos de fomento, com juros mais acessíveis
Em relação a rotas, isso deve ser decidido depois, quando já tiver sido escolhido o projeto. Será determinado, por exemplo, se uma aeronave poderá fazer a viagem entre aeroportos menores ou se precisará passar por um dos maiores.
"Essa construção da rota só vai ser possível depois que a gente definir qual o projeto que a gente vai apoiar e abraçar. A intenção é atender o maior número de aeroportos possíveis e, claro, poder fazer a sua interligação", finaliza o secretário.
Comitiva catarinense na Ásia segue para a China
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Jonatã Rocha/SecomGOVSC
Conectar cidades de Santa Catarina através de aeroportos com aeronaves modernas e preços competitivos. A partir deste objetivo, o governo do estado estuda dois projetos, feitos por duas empresas do ramo, para o desenvolvimento da aviação regional no território catarinense.
Em ambas as ideias que são analisadas, a ideia é usar aeronaves menores, de oito a 18 de lugares. Inclusive um modelo feito na China foi visto em uma viagem feita por uma comitiva catarinense ao país asiático no final de junho (leia mais abaixo).
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A ideia é, até o final do ano, apresentar o plano à população, acredita o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.
Aeroporto de Joaçaba
Prefeitura de Joaçaba/Divulgação
Objetivo
Com a aviação regional, o estado quer reduzir o tempo de viagem, já que o território catarinense é formado por muitos planaltos, que tornam a jornada nas rodovias mais longas.
O secretário deu o exemplo de uma viagem de Caçador, no Oeste do estado, até Florianópolis. As duas cidades ficam distantes cerca de 350 quilômetros uma da outra.
"Leva seis horas de viagem [de carro] e isso poderia ser feito em 45 minutos de avião", argumenta o secretário.
Outra área em que a aviação regional poderia ser útil, de acordo com ele, é na saúde pública. "Esses aviões também poderiam transportar pacientes que precisam se deslocar para centros médicos importantes".
A ideia é que essa modalidade de transporte possa ser usada por diversos segmentos da economia, desde produtores e empresários a visitantes.
"Não tem um viés específico. Por exemplo, se você tem alguém que vem de São Paulo para Santa Catarina para visitar Caçador, essa pessoa vai poder vir até Florianópolis, numa companhia aérea tradicional, e aqui ter a possibilidade de fazer uma conexão com Caçador, com Joaçaba, com São Miguel do Oeste, nesse contexto da aviação interna regional", exemplifica o secretário.
Pista do aeroporto de São Miguel do Oeste, no Oeste de Santa Catarina
Prefeitura de São Miguel do Oeste/Divulgação
Estrutura aérea catarinense
Há 24 aeroportos em Santa Catarina. Desse total, cinco deles são privados, e são também os que recebem voos comerciais. São eles:
Aeroporto Internacional Hercílio Luz - Florianópolis
Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola - Joinville
Aeroporto Ministro Victor Konder - Navegantes
Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi - Jaguaruna
Aeroporto Serafim Enoss Bertaso - Chapecó
Santa Catarina tem 24 aeroportos
SPAF/Divulgação
Esses terminais têm estrutura e pista de comprimento suficiente para receber os aviões comerciais, explica o secretário.
Os outros 19 aeroportos podem receber aeronaves menores. Eles ficam nas cidades de:
Dionísio Cerqueira
São Miguel do Oeste
Itapiranga
Pinhalzinho
Xanxerê
Concórdia
Joaçaba
Caçador
Videira
Curitibanos
Correia Pinto
Lages
São Joaquim
Três Barras
Rio Negrinho
São Francisco do Sul
Blumenau
Lontras
Forquilhinha
O aeroporto de Correia Pinto recebia voos comerciais da companhia aérea Azul. Porém, no início de março, a empresa decidiu não operar mais no local. A secretaria esclarece que negocia com outras companhias aéreas para que os voos comerciais voltem nesse aeroporto.
Outro local que pode ser estratégico para o estado é Dionísio Cerqueira, que fica no Oeste do estado, na fronteira com a Argentina. O aeroporto da cidade estava fechado desde 2013, e foi reaberto no ano passado.
Vista aérea do aeroporto de São Joaquim
Jonatã Rocha/Secom
Aeronaves
Para que a aviação regional funcione em Santa Catarina, é preciso pensar sobre as aeronaves. Como os aeroportos menores não possuem pistas e estruturas para receber aviões grandes, será necessária uma decisão sobre os tipos de veículos para conectar a malha aérea do estado, explica o secretário.
A comitiva de Santa Catarina que esteve em viagem à China de 20 a 24 de junho aproveitou para dar uma olhada nessa questão.
"Essa ida à China foi por várias outras agendas, mas nós aproveitamos para visitar a fábrica de um avião que faz parte de um dos projetos que nos foi apresentado. É um avião para 17 lugares, rigorosamente feito para aviação regional e pequenos aeroportos", disse o secretário.
Esses veículos podem pousar em pistas menores, de 700 a 800 metros de comprimento. "É uma aeronave que poderia pousar em qualquer dos nossos aeroportos aqui no estado", completou Martins.
Segundo ele, um dos dois projetos sobre aviação regional em Santa Catarina apresentados usaria esses aviões vistos na viagem à China, do modelo Harbin Y-12. O outro, utilizaria aeronaves um pouco menores.
Comitiva catarinense visita fábrica de aviões na China
Secom GovSC/Divulgação
Outras questões
Outra situação que é examinada é quais incentivos públicos poderão ser dados para que o projeto saia do papel. "Nós estamos analisando esses dois projetos, vendo de que forma o estado pode dar esse subsídio", declara o secretário.
São verificadas opções de subsídio como:
impostos - para compra de aeronaves, peças, combustível e compra de assentos, para garantir que os voos vão acontecer dentro do estado
financiamento através de bancos de fomento, com juros mais acessíveis
Em relação a rotas, isso deve ser decidido depois, quando já tiver sido escolhido o projeto. Será determinado, por exemplo, se uma aeronave poderá fazer a viagem entre aeroportos menores ou se precisará passar por um dos maiores.
"Essa construção da rota só vai ser possível depois que a gente definir qual o projeto que a gente vai apoiar e abraçar. A intenção é atender o maior número de aeroportos possíveis e, claro, poder fazer a sua interligação", finaliza o secretário.
Comitiva catarinense na Ásia segue para a China
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