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Após 25 dias de greve, prefeitura e Cândido Ferreira chegam a acordo: sem demissões e com aumento de repasse a partir de setembro

Após 25 dias de greve, prefeitura e Cândido Ferreira chegam a acordo: sem demissões e com aumento de repasse a partir de setembro
Fachada do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, em Campinas (SP)
Gabriella Ramos
Após 25 dias de greve dos trabalhadores, a prefeitura de Campinas e o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira definiram, nesta segunda-feira (28), acordo para novo convênio de oferta assistencial, com início previsto para 1º de setembro.
O acordo prevê:
Manutenção dos empregos;
Aumento de repasse mensal para R$ 6,9 milhões;
Garantia de manutenção de todos os postos de atendimento;
Possibilidade de parte dos serviços serem absorvidos pelo município.
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Para ter validade, o acordo ainda precisa ser oficializado à Justiça.
Apesar do avanço, o comando de greve informou que continuará mobilizado e reforçou, em nota, que o novo convênio ainda não foi assinado, e seu efeito depende da elaboração de um novo Plano de Trabalho.
"Até o momento, não temos clareza sobre quais serviços seriam transferidos para a gestão direta da prefeitura, nem qualquer resposta em relação à nossa pauta que exige a garantia de participação efetiva dos trabalhadores e usuários na gestão dos serviços de saúde", afirmou o coletivo.
O coletivo afirmou que "a saída da greve só pode ser decidida pelos próprios trabalhadores, de forma democrática e organizada".
Aumento de repasse
O novo acordo estipula o valor de repasse mensal de R$ 6,9 milhões para a associação de saúde a partir de setembro. Antes das tratativas, o repasse mensal da prefeitura era de R$ 6,08 milhões.
Segundo o serviço, o convênio com a administração municipal deveria ser renovado em maio. A expectativa da entidade era que, com o novo contrato, houvesse um reajuste de 23% no valor do repasse da prefeitura, passando de R$ 6.068.301,83 para R$ 7.418.987,77.
No início do mês de julho, o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira apresentou plano de trabalho que incluía a demissão de 114 funcionários, devido à negativa por parte da prefeitura em reajustar o valor pedido pela instituição.
Em 30 de maio, a 2ª Vara da Fazenda Pública elevou o valor para R$ 6,25 milhões até fim das discussões e, posteriormente, em 4 de julho, revisou para R$ 6,5 milhões até a conclusão deste processo.
Na audiência realizada hoje (28), o Serviço de Saúde Cândido Ferreira informou que auditoria independente apontou fluxo de caixa de R$ 6,9 milhões de reais por mês.
Em nota, a administração afirmou que no primeiro quadrimestre de 2025, investiu R$ 663,7 milhões nos trabalhos de assistência realizados pela Saúde e Rede Mário Gatti, gestora dos hospitais Ouro Verde, Mário Gatti e Mário Gattinho, das UPAs e do Samu.
"Deste total, R$ 486,9 milhões tiveram como origem recursos municipais, o equivalente a 73,36%. A soma das despesas liquidadas ficou em R$ 490,85 milhões e representou 20,15% da receita de impostos do Município, percentual acima do mínimo constitucional de 15%, e de 17% previsto pela Lei Orgânica de Campinas", detalha a nota.
Serviços absorvidos pela prefeitura
Campinas tem 14 centros de atenção psicossocial (Caps), sendo que em 11 deles há oferta assistencial pelo Cândido Ferreira, que é responsável por 5,5 mil atendimentos de saúde mental pelo SUS na metrópole.
Em novo acordo fechado nesta segunda (28), a prefeitura assumiu uma parte dos serviços que eram ofertados pelo Cândido Ferreira, para que todos os postos de atendimento sejam mantidos.
Questionada sobre quais serviços serão municipalizados, a prefeitura informou em nota, que a "relação de atividades será divulgada posteriormente quando for pactuado o plano de trabalho de forma conjunta pelas partes no convênio que será assinado".
Durante a reunião, o coletivo de trabalhadores manifestou a necessidade de detalhamento do cronograma de municipalização dos serviços.
A prefeitura também reforçou que “não há vínculo empregatício entre funcionários do Cândido e Administração Municipal”.
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