Veja FOTOS do velório público de José Mujica no Uruguai

Velório do corpo do ex-presidente do Uruguai é aberto ao público e tem cortejo fúnebre. Considerado ícone da esquerda latino-americana, Mujica morreu na terça-feira (13) por conta de um câncer no esôfago. Caixão com o corpo do ex-presidente uruguaio José Mujica no início do velório de Mujica, em Montevidéu, no Uruguai, em 14 de maio de 2025.
Pablo Porciúncula/ AFP
O corpo de José "Pepe" Mujica, ex-presidente do Uruguai que morreu na terça-feira (13), começou a ser velado na manhã desta quarta-feira (14), em Montevidéu, capital uruguaia.
O velório começou com um cortejo fúnebre pelas ruas da capital uruguaia que saiu da Praça da Independência e passou por diversos pontos, como a sede do grupo político Movimento de Participação Popular. Leia mais sobre o funeral aqui.
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Pessoas de diferentes segmentos da sociedade, entre políticos, filiados do partido de Mujica e fãs do ex-presidente, se reuniram em torno do cortejo para prestar suas homenagens encontraram fãs. Veja fotos abaixo:
Uruguaios acompanham cortejo fúnebre do ex-presidente do Uruguai José Mujica, em Montevidéu, em 14 de maio de 2025.
Andres Cuenca/ Reuters
Oficial carrega Bandeira de Artigas, usada pelo herói nacional José Gervasio Artigas, para cobrir caixão de Pepe Mujica durante velório público em 14 de maio de 2025.
Dante Fernandez/AFP
Fã de Pepe Mujica com camiseta em homenagem ao ex-presidente durante velório público em Montevidéu em 14 de maio de 2025.
REUTERS/Martin Varela Umpierrez
Viúva de Mujica, Lucia Topolansky, presente no cortejo fúnebre do corpo do marido em Montevidéu, no Uruguai, em 14 de maio de 2025.
Dante Fernandez/AFP
Uruguaios acompanham cortejo fúnebre do ex-presidente do Uruguai José Mujica, em Montevidéu, em 14 de maio de 2025.
Mariana Mendez/AFP
Apoiadores do Movimento de Participação Popular seguram bandeiras do partido em cortejo fúnebre de Pepe Mujica em Montevidéu, no Uruguai, em 14 de maio de 2025.
REUTERS/Andres Cuenca
Fã de Pepe Mujica com camiseta em homenagem ao ex-presidente durante velório público em Montevidéu em 14 de maio de 2025.
REUTERS/Martin Varela Umpierrez
Cavalaria uruguaia transporta corpo do ex-presidente do país José Mujica no início do cortejo fúnebre do corpo de Mujica, em 14 de maio de 2025.
Andres Cuenca/ Reuters
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Mujica morreu na terça-feira (13), aos 89 anos, após meses de luta contra um câncer no esôfago. No início da semana, a mulher dele revelou que o ex-presidente estava em estado terminal e recebendo cuidados paliativos.
José Alberto Mujica Cordano nasceu em Montevidéu, em 20 de maio de 1935. Nos anos 1960, tornou-se membro da guerrilha Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros.
O grupo se notabilizou, antes da instalação da ditadura militar uruguaia, em 1973, por assaltar bancos e distribuir comida e dinheiro roubado aos pobres.
Durante sua atuação na clandestinidade, Mujica foi ferido quatro vezes em confrontos com forças policiais. Escapou duas vezes da prisão até ser recapturado definitivamente, em 1972.
Ao todo, ele passou 14 anos de sua vida atrás das grades e sofreu torturas. Em 1985, Mujica foi finalmente libertado após a promulgação de um decreto de anistia.
Ele entrou para a política institucional, ajudou a fundar o partido de esquerda Movimento de Participação Popular (MPP) e foi eleito deputado em 1994.
Cinco anos depois, chegou ao Senado e, em 2005, com a chegada a Presidência de seu correligionário Tabaré Vázquez (1940-2020), foi nomeado ministro da Agricultura.
Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai
Secretaria de Comunicação do Uruguai
Mujica foi eleito sucessor de Vázquez e se tornou presidente em 2010, governando até 2015. O político virou ícone da esquerda sul-americana.
Ao lado de sua mulher, Lucía Topolansky, Mujica chamou atenção como um chefe de Estado de vida simples, que morava em um sítio modesto nos arredores da capital e dirigia seu próprio Fusca ano 1987 diariamente até a sede do Executivo.
Presidência de Mujica e legado
José Alberto "Pepe" Mujica, ex-presidente do Uruguai
Secretaria de Comunicação do Uruguai
Mujica, ao assumir a Presidência em 2010, elevou o gasto social de 60,9% para 75,5% dos gastos públicos.
Em conformidade com sua visão política, o salário mínimo teve um aumento de 250%. Em 2012, ele propôs a legalização do consumo e da venda da maconha, que acabou se concretizando no país.
Após deixar a Presidência, voltou ao Senado, cargo que ocupou até 2020, quando renunciou por motivos de saúde, em meio à pandemia de Covid-19.
Mujica passou os últimos anos de sua vida cuidando de sua horta. Acredita-se que doava 90% do salário como ex-presidente para projetos de combate à pobreza.
Durante a maior parte da vida, declarou-se ateu. Em uma entrevista de 2012, sintetizou sua crença: “Não tenho religião, mas sou quase panteísta: admiro a natureza”.
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