Rio Preto tem 23 sepultamentos de pets em túmulos familiares desde sanção de lei há menos de um ano: 'Despedida com amor e respeito', diz psicóloga

Decreto municipal de 2024 permite o enterro de animais domésticos em cemitérios públicos e privados da cidade. Psicóloga destaca importância do rito de despedida para o processo de luto. Rio Preto registra 23 sepultamentos de pets em túmulos familiares desde sanção de lei municipal, em 2024.
Arquivo Pessoal
Desde que entrou em vigor em agosto de 2024, a Lei Municipal nº 14.632, que autoriza o sepultamento de animais domésticos em cemitérios públicos e privados de São José do Rio Preto (SP), já permitiu que 23 tutores dessem um adeus mais digno aos seus pets. Somente em 2025, foram 11 sepultamentos registrados pela Secretaria de Administração, sendo oito no Cemitério São João Batista e três no Cemitério da Ressurreição.
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A legislação permite que cães e gatos com até 80 quilos sejam sepultados em túmulos familiares, desde que o tutor ou responsável atenda a uma série de requisitos. Para realizar o procedimento, é necessário comprovar a titularidade da sepultura, apresentar documentos de identificação, laudo veterinário com a causa da morte e realizar o envelopamento do corpo do animal em embalagem resistente e apropriada.
A legislação permite que cães e gatos com até 80 quilos sejam sepultados em túmulos familiares.
Divulgação
O sepultamento custa cerca de R$ 85,13, conforme o preço público estipulado pelo Decreto Municipal nº 20.086/2025. Segundo a prefeitura, não há fila de espera e o serviço é realizado conforme a demanda, mediante apresentação dos documentos obrigatórios. Até o momento, não há previsão de criação de alas exclusivas para animais nos cemitérios públicos da cidade, nem registro de adesão por parte dos cemitérios privados.
?Importância da despedida
Em conversa com o g1, a psicóloga e psicanalista Silvia Helena Vertoni Homsi, de 63 anos, explica que esse tipo de despedida é fundamental para o processo de elaboração do luto. “Para muitos, o animal é considerado um ente querido da família. A despedida ritualística facilita o processo de aceitação da perda e permite que o tutor lide com a ausência do pet de forma mais saudável”, conta.
Silvia destaca que o sepultamento formal também ajuda a validar as emoções.
“Assim como acontece com os humanos, essa cerimônia permite expressar a dor, a saudade e a gratidão pela companhia do animal. É uma maneira de reconhecer a importância dele na vida da família e oferecer uma despedida com amor e respeito”, diz.
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A psicóloga ainda ressalta que o vínculo entre humanos e animais tem se tornado cada vez mais profundo, o que justifica o desejo de muitos em sepultar seus pets junto aos entes familiares. “É uma forma de celebrar o amor vivido, transformar a dor da perda em algo mais manejável e fortalecer o apoio emocional entre os que ficam”, afirma.
As informações sobre os sepultamentos são controladas pela Secretaria de Administração por meio da Guia de Autorização para Sepultamento, que registra dados como espécie do animal, nome e data do enterro. Até agora, os sepultamentos realizados foram apenas de cães e gatos.
Cemitério São João Batista em São José do Rio Preto (SP).
TV TEM / Rogério Pedrozo
Mais detalhes sobre os procedimentos podem ser obtidos diretamente com a administração dos cemitérios municipais.
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