Dois policiais civis e um empresário são presos em operação da PF e MP contra vazamento de informações sigilosas na Polícia de SP

Inquérito indica que os investigados atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas pela polícia, mediante o pagamento de propina. Ação desta quarta (25) é desdobramento da operação que prendeu agentes ligados ao empresário Vinicius Gritzbach. PF apreende helicóptero, armas e dinheiro em operação contra corrupção na Polícia de SP
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público paulista prenderam na manhã desta quarta-feira (25) ao menos dois policiais civis e um empresário acusados de participação em um esquema criminoso de vazamento de informações sigilosas dentro da polícia de São Paulo.
As suspeitas são de que eles atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais, mediante o pagamento de propina.
Na casa dos policiais detidos e do empresário, a PF encontrou dinheiro, armas e até um helicóptero que foi apreendido por decisão judicial.
Segundo os agentes federais, além dos três mandados de prisão preventiva, a chamada "Operação Augusta" cumpre nove mandados de busca e apreensão (cinco na capital, três na região metropolitana de São Paulo e um em Praia Grande).
Armas apreendidas pela Polícia Federal nesta quarta (25), durante a Operação Augusta.
Reprodução/TV Globo
A operação é um desdobramento da Operação Tacitus, que no ano passado deteve cinco policiais, um advogado e um empresário que tinham sido delatados por Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Naquela ocasião, um dos presos foi o policial civil Marcelo Marques de Souza, o "Bombom", que também é alvo dessa nova operação. O esquema desbaratado pela PF foi descoberto após análise do celular de Bombom, apreendido ano passado.
Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo e a intermediação ilícita e apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
Os agentes públicos estão sendo acusados dos seguintes crimes: corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As investigações seguem em andamento sob sigilo.
Dinheiro apreendido pela PF durante a 'Operação Augusta', contra o vazamento de operações sigilosas dentro da Polícia Civil de São Paulo.
Reprodução/TV Globo
A Operação Augusta é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo e conta com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.
Um dos episódios investigados envolve a tentativa de restituição de um helicóptero – fato que deu origem ao nome da operação. A aeronave, avaliada em alto valor, foi bloqueada pela Justiça junto a outros bens e recursos que podem somar R$ 12 milhões.
O g1 procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para comentar a operação, mas ainda não recebeu retorno.
Operação Augusta: veja os crimes apurados pela PF
Corrupção passiva majorada: prevista no artigo 317, §1º, do Código Penal, com pena de até 12 anos de reclusão;
Corrupção ativa majorada: prevista no artigo 333, parágrafo único, do Código Penal, com pena de até 12 anos de reclusão;
Violação de sigilo funcional com dano à administração pública, tipificada no artigo 325 do Código Penal, com pena de até 6 anos de reclusão;
Quebra de sigilo de informações protegidas por norma legal, nos termos do artigo 10 da Lei Complementar n.º 105/2001, com pena de até 4 anos de reclusão;
Advocacia administrativa, crime previsto no artigo 321 do Código Penal, com pena de até 3 meses de detenção.
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público paulista prenderam na manhã desta quarta-feira (25) ao menos dois policiais civis e um empresário acusados de participação em um esquema criminoso de vazamento de informações sigilosas dentro da polícia de São Paulo.
As suspeitas são de que eles atuavam para favorecer ilegalmente pessoas investigadas em inquéritos criminais, mediante o pagamento de propina.
Na casa dos policiais detidos e do empresário, a PF encontrou dinheiro, armas e até um helicóptero que foi apreendido por decisão judicial.
Segundo os agentes federais, além dos três mandados de prisão preventiva, a chamada "Operação Augusta" cumpre nove mandados de busca e apreensão (cinco na capital, três na região metropolitana de São Paulo e um em Praia Grande).
Armas apreendidas pela Polícia Federal nesta quarta (25), durante a Operação Augusta.
Reprodução/TV Globo
A operação é um desdobramento da Operação Tacitus, que no ano passado deteve cinco policiais, um advogado e um empresário que tinham sido delatados por Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Naquela ocasião, um dos presos foi o policial civil Marcelo Marques de Souza, o "Bombom", que também é alvo dessa nova operação. O esquema desbaratado pela PF foi descoberto após análise do celular de Bombom, apreendido ano passado.
Entre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o repasse clandestino de informações protegidas por sigilo e a intermediação ilícita e apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos.
Os agentes públicos estão sendo acusados dos seguintes crimes: corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. As investigações seguem em andamento sob sigilo.
Dinheiro apreendido pela PF durante a 'Operação Augusta', contra o vazamento de operações sigilosas dentro da Polícia Civil de São Paulo.
Reprodução/TV Globo
A Operação Augusta é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado de São Paulo e conta com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.
Um dos episódios investigados envolve a tentativa de restituição de um helicóptero – fato que deu origem ao nome da operação. A aeronave, avaliada em alto valor, foi bloqueada pela Justiça junto a outros bens e recursos que podem somar R$ 12 milhões.
O g1 procurou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para comentar a operação, mas ainda não recebeu retorno.
Operação Augusta: veja os crimes apurados pela PF
Corrupção passiva majorada: prevista no artigo 317, §1º, do Código Penal, com pena de até 12 anos de reclusão;
Corrupção ativa majorada: prevista no artigo 333, parágrafo único, do Código Penal, com pena de até 12 anos de reclusão;
Violação de sigilo funcional com dano à administração pública, tipificada no artigo 325 do Código Penal, com pena de até 6 anos de reclusão;
Quebra de sigilo de informações protegidas por norma legal, nos termos do artigo 10 da Lei Complementar n.º 105/2001, com pena de até 4 anos de reclusão;
Advocacia administrativa, crime previsto no artigo 321 do Código Penal, com pena de até 3 meses de detenção.
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