Tarifaço de Trump: Clientes dos EUA recuam e contêineres com toneladas de mel são embarcados

Outra carga, com mais de 500 toneladas de mel, pertencente a outro grupo empresarial, ainda enfrenta impasses e permanece parada no porto. O grupo negocia com os clientes para viabilizar o envio da mercadoria. Mercado de mel impactado: anúncio de taxação por Donald Trump prejudica a exportação
A Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis) informou nesta segunda-feira (14) que o embarque de contêineres com 95 toneladas de mel orgânico produzido no Piauí foi liberado na noite de domingo (13), após um apelo feito pelos produtores aos clientes nos Estados Unidos.
A carga estava inicialmente programada para ser embarcada na última sexta-feira (11), mas os compradores solicitaram a suspensão, temendo que o produto chegasse aos Estados Unidos já sob a vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
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Os contêineres já estavam no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), distante a mais de 500 km da Casa Apis, localizada no município de Picos, a 314 km ao Sul de Teresina.
"Há mais de 15 anos trabalhamos com esses clientes. Na sexta-feira, fomos surpreendidos com a solicitação de suspensão do envio. Graças a Deus, recebemos a notícia ontem (13) à noite de que o embarque foi liberado, atendendo à nossa solicitação feita aos clientes", afirmou Sitônio Dantas, presidente da Casa Apis.
O empresário explicou que a carga foi dividida entre diferentes navios, com rotas distintas, o que fará com que o mel chegue aos Estados Unidos em datas variadas — em alguns casos, possivelmente já sob a vigência da nova tarifa.
“Eles atenderam ao nosso apelo por conta da parceria de anos. Alguns lotes devem chegar antes do dia 1º, mas outros podem desembarcar depois. Mesmo assim, eles assumiram esse risco em resposta à nossa solicitação”, afirmou Sitônio ao g1.
Outra carga, com mais de 500 toneladas de mel, pertencente ao Grupo Sama, ainda enfrenta impasses e permanece parada no porto. O CEO do grupo, Samuel Araújo, afirmou nesta segunda-feira (14) que as negociações com os clientes continuam na tentativa de viabilizar o envio da mercadoria.
“Nenhum cliente quer que a carga chegue após o dia 1º. Eles estão exigindo que a entrega ocorra antes dessa data. Estamos fazendo tudo o que for possível para atender a essa demanda”, declarou Samuel.
LEIA TAMBÉM: Entenda como tarifaço de Trump já afeta produtores de mel do Nordeste
Contratos seguem mantidos e partes avaliam alternativas
O presidente da Casa Apis esclareceu que, embora o embarque tenha sido cancelado inicialmente, os acordos firmados com os clientes seguem mantidos.
A expectativa é de que cerca de mil toneladas adicionais de mel sejam enviadas até o fim do ano, somando-se às mil toneladas já exportadas entre janeiro e junho.
"O que havia sido suspenso era o embarque, não os negócios. Nós temos contratos com essas empresas firmados até dezembro. Podemos dizer que estamos na metade desses contratos", explicou Sitônio.
O empresário afirmou que as cooperativas já avaliam como deverão proceder caso o tarifaço seja mantido. "Agora é esperar até o dia 1º de agosto para a gente ver como fica essa situação", disse.
"Provavelmente, se permanecer 50%, o que é inviável para quase todos os negócios, vamos negociar, e o consenso é de que vamos dividir essa despesa entre nós, exportadores e importadores", completou.
Sitônio relatou que o setor já enfrenta outro desafio: a estiagem. “A seca comprometeu nossa safra, e a previsão é de uma queda em torno de 40% na produção em 2025. E agora mais essa questão [o tarifaço]. Vamos torcer e pedir a Deus para que tudo se encaminhe para um desfecho positivo”, disse.
Os Estados Unidos consomem 80% do mel produzido no Brasil. Em 2024, embora não tenha sido o maior estado produtor, o Piauí liderou o ranking brasileiro de exportação de mel para o país.
Tarifaço de Trump: Clientes dos EUA voltam atrás e contêineres com toneladas de mel são embarcados
Reprodução/TV Clube
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A Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis) informou nesta segunda-feira (14) que o embarque de contêineres com 95 toneladas de mel orgânico produzido no Piauí foi liberado na noite de domingo (13), após um apelo feito pelos produtores aos clientes nos Estados Unidos.
A carga estava inicialmente programada para ser embarcada na última sexta-feira (11), mas os compradores solicitaram a suspensão, temendo que o produto chegasse aos Estados Unidos já sob a vigência da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
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Os contêineres já estavam no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante (CE), distante a mais de 500 km da Casa Apis, localizada no município de Picos, a 314 km ao Sul de Teresina.
"Há mais de 15 anos trabalhamos com esses clientes. Na sexta-feira, fomos surpreendidos com a solicitação de suspensão do envio. Graças a Deus, recebemos a notícia ontem (13) à noite de que o embarque foi liberado, atendendo à nossa solicitação feita aos clientes", afirmou Sitônio Dantas, presidente da Casa Apis.
O empresário explicou que a carga foi dividida entre diferentes navios, com rotas distintas, o que fará com que o mel chegue aos Estados Unidos em datas variadas — em alguns casos, possivelmente já sob a vigência da nova tarifa.
“Eles atenderam ao nosso apelo por conta da parceria de anos. Alguns lotes devem chegar antes do dia 1º, mas outros podem desembarcar depois. Mesmo assim, eles assumiram esse risco em resposta à nossa solicitação”, afirmou Sitônio ao g1.
Outra carga, com mais de 500 toneladas de mel, pertencente ao Grupo Sama, ainda enfrenta impasses e permanece parada no porto. O CEO do grupo, Samuel Araújo, afirmou nesta segunda-feira (14) que as negociações com os clientes continuam na tentativa de viabilizar o envio da mercadoria.
“Nenhum cliente quer que a carga chegue após o dia 1º. Eles estão exigindo que a entrega ocorra antes dessa data. Estamos fazendo tudo o que for possível para atender a essa demanda”, declarou Samuel.
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Contratos seguem mantidos e partes avaliam alternativas
O presidente da Casa Apis esclareceu que, embora o embarque tenha sido cancelado inicialmente, os acordos firmados com os clientes seguem mantidos.
A expectativa é de que cerca de mil toneladas adicionais de mel sejam enviadas até o fim do ano, somando-se às mil toneladas já exportadas entre janeiro e junho.
"O que havia sido suspenso era o embarque, não os negócios. Nós temos contratos com essas empresas firmados até dezembro. Podemos dizer que estamos na metade desses contratos", explicou Sitônio.
O empresário afirmou que as cooperativas já avaliam como deverão proceder caso o tarifaço seja mantido. "Agora é esperar até o dia 1º de agosto para a gente ver como fica essa situação", disse.
"Provavelmente, se permanecer 50%, o que é inviável para quase todos os negócios, vamos negociar, e o consenso é de que vamos dividir essa despesa entre nós, exportadores e importadores", completou.
Sitônio relatou que o setor já enfrenta outro desafio: a estiagem. “A seca comprometeu nossa safra, e a previsão é de uma queda em torno de 40% na produção em 2025. E agora mais essa questão [o tarifaço]. Vamos torcer e pedir a Deus para que tudo se encaminhe para um desfecho positivo”, disse.
Os Estados Unidos consomem 80% do mel produzido no Brasil. Em 2024, embora não tenha sido o maior estado produtor, o Piauí liderou o ranking brasileiro de exportação de mel para o país.
Tarifaço de Trump: Clientes dos EUA voltam atrás e contêineres com toneladas de mel são embarcados
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