Linnpy

G
G1
1d

Mãe de Tatiana Medeiros assume que levou celular para sala em que vereadora está presa no PI

Mãe de Tatiana Medeiros assume que levou celular para sala em que vereadora está presa no PI
A vereadora Tatiana Medeiros, presa no Quartel do Comando Geral (QCG) da PM, segundo a SSP, chegou a informar que recebeu o celular e o tablet de um dos seus advogados. A mãe dela também é ré por corrupção eleitoral e outros crimes. Tatiana Medeiros, vereadora de Teresina pelo PSB
TV Clube
Maria Odélia de Aguiar Medeiros, mãe da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), confessou, em depoimento à Polícia Militar (PM) na sexta-feira (23), que levou um celular para a filha na Sala de Estado Maior do Quartel do Comando Geral (QCG), onde ela está sob custódia. As duas são rés por organização criminosa, corrupção eleitoral e outros crimes.
✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp
Em declaração à PM, a mãe da vereadora afirmou que levou o celular para que "em caso de urgência, a filha pudesse entrar em contato para pedir socorro". Segundo a mulher, a parlamentar enfrenta transtornos psíquicos, já havia passado por seis crises no ambiente e possui laudos que comprovam a gravidade dos problemas de saúde.
O depoimento de Maria Odélia contraria a primeira versão apresentada pela vereadora, que afirmou à Secretaria de Segurança Pública (SSP-PI), ter recebido o celular e o tablet de um dos seus advogados. Questionada sobre o tablet, a mãe da ré presa disse que a filha já entrou no QCG com o aparelho.
LEIA TAMBÉM
Justiça Eleitoral torna ré a vereadora Tatiana Medeiros e outras oito pessoas
Tatiana Medeiros passa mal e é levada para o Hospital de Urgência de Teresina
Celular e tablet são encontrados durante vistoria em 'cela' de Tatiana Medeiros
Além disso, a mulher declarou em sua confissão que os advogados da família e os policias do comando não tiveram qualquer participação no ato.
Procurados pela TV Clube, a defesa da vereadora disse que a Maria Odélia não vai se pronunciar. A Polícia Militar disse que também não vai falar sobre o caso.
Quem são os réus?
A vereadora Tatiana, quatro parentes seus, o namorado e um assessor se tornaram réus após a Justiça Eleitoral acatar a denúncia oferecida em 13 de maio pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Eles são:
Tatiana Teixeira Medeiros (vereadora de Teresina pelo PSB): responde por organização criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, peculato e lavagem de dinheiro.
Alandilson Cardoso Passos (namorado da vereadora): responde por organização criminosa, corrupção eleitoral, violação do sigilo do voto, agiotagem e lavagem de dinheiro;
Stênio Ferreira Santos (padrasto da vereadora): responde por organização criminosa, corrupção eleitoral, violação do sigilo do voto, peculato, apropriação indébita eleitoral, agiotagem e lavagem de dinheiro;
Maria Odélia de Aguiar Medeiros (mãe da vereadora): responde por organização criminosa, corrupção eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro;
Emanuelly Pinho de Melo (assessora da vereadora): responde por organização criminosa, corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro;
Bianca dos Santos Teixeira Medeiros (irmã da vereadora): responde por organização criminosa e corrupção eleitoral;
Lucas de Carvalho Dias Sena (cunhado da vereadora): responde por organização criminosa e corrupção eleitoral;
Bruna Raquel Lima Sousa (funcionária da ONG Vamos Juntos): responde por organização criminosa e corrupção eleitoral;
Sávio de Carvalho França (funcionário da ONG Vamos Juntos): responde por organização criminosa e corrupção eleitoral.
Qual a participação deles?
Tatiana Teixeira Medeiros
A parlamentar foi presa no dia 3 de abril durante uma operação da Polícia Federal. Ela é suspeita de liderar o esquema de corrupção eleitoral. A investigação aponta que a campanha que a elegeu foi custeada com "recursos ilícitos oriundos de facção criminosa".
Alandilson Cardoso Passos
O namorado da vereadora está preso desde novembro de 2024 por suspeita de tráfico de drogas. Ele foi identificado como um dos líderes de uma facção criminosa. A polícia obteve trechos de conversa dele com um amigo afirmando que gastou mais de R$ 1 milhão com a campanha que elegeu Tatiana Medeiros. O dinheiro fornecido por ele seria oriundo do crime organizado.
Stênio Ferreira Santos
O padrasto da vereadora, conforme a PF, atuava como operador financeiro na organização criminosa. Ou seja, ele seria o responsável por realizar saques, repassar valores e realizar intermediações com terceiros, além de participar da estruturação da base de apoio político vinculada ao grupo criminoso.
Maria Odélia de Aguiar Medeiros
A mãe da vereadora, de acordo com a investigação, exercia a função de articuladora da base de apoio político e era responsável pela coordenação da ONG Instituto Vamos Juntos – localizada na Zona Norte de Teresina e mantida por Tatiana Medeiros. A PF indica que o espaço era utilizado como instrumento para o recrutamento de eleitores e monitoramento da captação e fidelização de votos em favor da candidatura da vereadora.
Emanuelly Pinho de Melo
Segundo a PF, ela exercia funções de assessoria tanto na ONG Instituto Vamos Juntos – onde era responsável pelo cadastramento de famílias e pela intermediação de pagamentos em troca de votos – quanto na campanha eleitoral de Tatiana Medeiros, em que auxiliava na organização da agenda, visitas a lideranças políticas e controle de votos.
Bianca dos Santos Teixeira Medeiros e Lucas de Carvalho Dias Sena
O casal desempenhava o papel de intermediadores de pagamentos e, conforme investigação, colaborava diretamente com a operacionalização financeira das atividades ilícitas vinculadas à organização criminosa.
Bruna Raquel Lima Sousa e Sávio de Carvalho França
Os funcionários da ONG Instituto Vamos Juntos seriam, de acordo com a PF, responsáveis pelo cadastro e controle administrativo das famílias supostamente beneficiárias da instituição, bem como pelo controle de votos em favor da vereadora.
? Confira as últimas notícias do g1 Piauí
? Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no Twitter
VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar