Marido que matou esposa e carregou corpo em carrinho do supermercado é condenado a 34 anos de prisão em Juiz de Fora

A decisão é do Tribunal do Júri de Fora e foi proferida na tarde desta quarta-feira (25), após cerca de 20 horas de julgamento. Crime foi cometido em 2018, no apartamento do casal, na presença de um dos filhos. Marina Gonçalves da Cunha, foto de arquivo
Arquivo Pessoal
Pedro Araújo Cunha Parreiras foi condenado a 34 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado, pela morte da esposa Marina Gonçalves Cunha Parreiras. O crime aconteceu no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora, no apartamento da família, em maio de 2018. Relembre abaixo.
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A decisão é do Tribunal do Júri e foi proferida por volta das 15h desta quarta-feira (25), após quase 20 horas de julgamento.
Todas as qualificadoras sustentadas pela acusação foram reconhecidas: motivo fútil, meio cruel, feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da causa de aumento de pena pelo assassinato cometido na presença do filho mais velho do casal.
O réu também foi condenado pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual, com agravante pela tentativa de apagar vestígios e manipular a cena do crime.
O Júri rejeitou a alegação de legítima defesa, bem como as tentativas de caracterizar o crime como homicídio privilegiado ou culposo. Segundo a sentença, ficou comprovado que Marina foi morta com brutalidade, por asfixia, em um ato de controle, frieza e desumanidade.
Pedro estava preso no Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) desde agosto de 2018 aguardando o julgamento.
Família agradece a Justiça, mesmo que tardia
Em nota enviada à imprensa, a família de Marina agradeceu ao Tribunal do Júri. "Após sete anos de espera, a tese da acusação prevaleceu de forma plena".
Conforme a publicação, a condenação permitirá que Marina descanse em paz. "E que seus três filhos, hoje sob os cuidados dos avós maternos, possam crescer com a certeza de que a justiça existe – mesmo que tardiamente".
A defesa do réu disse que vai recorrer da decisão.
O crime
O crime aconteceu no dia 21 de maio de 2018, no Bairro São Mateus, e causou grande comoção na cidade. O filho do casal, que tinha 7 anos na época, estava no apartamento quando a mãe foi morta.
Após o assassinato, Pedro enrolou Marina em um edredom, colocou no carrinho de supermercado e desceu até o estacionamento do prédio. De carro, levou o corpo até um terreno no Bairro Aeroporto, próximo ao Parque da Lajinha, e o arrastou até uma mata.
Câmeras de monitoramento mostraram a movimentação dele no prédio. Assista abaixo.
Vídeo mostra ações de homem que matou a esposa após o crime em Juiz de Fora
A vítima foi encontrada 10 dias depois, sem roupas, com marcas de violência no pescoço e com o rosto parcialmente desfigurado por queimaduras provocadas por um produto.
Pedro foi preso em junho, quando confessou o crime, chegou a conseguir um alvará de soltura no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas voltou à prisão em agosto daquele ano.
Marina Gonçalves da Cunha, foto de arquivo
Arquivo Pessoal
Marido foi às compras após o crime
Segundo a investigação, o casal teria discutido por problemas financeiros e por um possível pedido de separação da mulher. A morte foi causada por asfixia, depois que o marido deu socos no rosto da esposa.
Já com Marina sem vida, ele retirou aliança, brincos e roupas da vítima, limpou o local e lavou as roupas usadas por ela. Depois, foi ao supermercado e voltou com o carrinho do condomínio para subir com as sacolas. Cerca de meia hora depois, saiu com o mesmo para levar o corpo de Marina, enrolado em um edredom, sem ser descoberto.
Pedro Araújo Cunha Parreiras durante prisão em 2008 em Juiz de Fora
TV Integração/Reprodução
Após abandonar o corpo na mata, ele doou o edredom a uma pessoa em situação de rua.
Em depoimento, o réu disse que, horas antes, discutiu com a esposa no trajeto do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, onde ela desembarcou de uma viagem a São Paulo e ele foi buscá-la, até Juiz de Fora.
Ele confessou o crime após familiares reconhecerem o corpo dela no Posto Médico Legal (PML) da Polícia Civil.
MAIS SOBRE O CASO:
Caso Marina: MPMG oferece denúncia contra marido por feminicídio da esposa em Juiz de Fora
Caso Marina: audiência de instrução ocorre nesta terça em Juiz de Fora
Justiça concede alvará de soltura a suspeito de feminicídio da esposa em Juiz de Fora; vídeo mostra movimentação no dia do crime
Ato em Juiz de Fora remete à memória de Marina; marido suspeito de feminicídio está solto
Marido é indiciado por assassinato de mulher que teve o corpo abandonado por 10 dias perto de avenida de Juiz de Fora
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Arquivo Pessoal
Pedro Araújo Cunha Parreiras foi condenado a 34 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado, pela morte da esposa Marina Gonçalves Cunha Parreiras. O crime aconteceu no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora, no apartamento da família, em maio de 2018. Relembre abaixo.
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A decisão é do Tribunal do Júri e foi proferida por volta das 15h desta quarta-feira (25), após quase 20 horas de julgamento.
Todas as qualificadoras sustentadas pela acusação foram reconhecidas: motivo fútil, meio cruel, feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da causa de aumento de pena pelo assassinato cometido na presença do filho mais velho do casal.
O réu também foi condenado pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual, com agravante pela tentativa de apagar vestígios e manipular a cena do crime.
O Júri rejeitou a alegação de legítima defesa, bem como as tentativas de caracterizar o crime como homicídio privilegiado ou culposo. Segundo a sentença, ficou comprovado que Marina foi morta com brutalidade, por asfixia, em um ato de controle, frieza e desumanidade.
Pedro estava preso no Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) desde agosto de 2018 aguardando o julgamento.
Família agradece a Justiça, mesmo que tardia
Em nota enviada à imprensa, a família de Marina agradeceu ao Tribunal do Júri. "Após sete anos de espera, a tese da acusação prevaleceu de forma plena".
Conforme a publicação, a condenação permitirá que Marina descanse em paz. "E que seus três filhos, hoje sob os cuidados dos avós maternos, possam crescer com a certeza de que a justiça existe – mesmo que tardiamente".
A defesa do réu disse que vai recorrer da decisão.
O crime
O crime aconteceu no dia 21 de maio de 2018, no Bairro São Mateus, e causou grande comoção na cidade. O filho do casal, que tinha 7 anos na época, estava no apartamento quando a mãe foi morta.
Após o assassinato, Pedro enrolou Marina em um edredom, colocou no carrinho de supermercado e desceu até o estacionamento do prédio. De carro, levou o corpo até um terreno no Bairro Aeroporto, próximo ao Parque da Lajinha, e o arrastou até uma mata.
Câmeras de monitoramento mostraram a movimentação dele no prédio. Assista abaixo.
Vídeo mostra ações de homem que matou a esposa após o crime em Juiz de Fora
A vítima foi encontrada 10 dias depois, sem roupas, com marcas de violência no pescoço e com o rosto parcialmente desfigurado por queimaduras provocadas por um produto.
Pedro foi preso em junho, quando confessou o crime, chegou a conseguir um alvará de soltura no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, mas voltou à prisão em agosto daquele ano.
Marina Gonçalves da Cunha, foto de arquivo
Arquivo Pessoal
Marido foi às compras após o crime
Segundo a investigação, o casal teria discutido por problemas financeiros e por um possível pedido de separação da mulher. A morte foi causada por asfixia, depois que o marido deu socos no rosto da esposa.
Já com Marina sem vida, ele retirou aliança, brincos e roupas da vítima, limpou o local e lavou as roupas usadas por ela. Depois, foi ao supermercado e voltou com o carrinho do condomínio para subir com as sacolas. Cerca de meia hora depois, saiu com o mesmo para levar o corpo de Marina, enrolado em um edredom, sem ser descoberto.
Pedro Araújo Cunha Parreiras durante prisão em 2008 em Juiz de Fora
TV Integração/Reprodução
Após abandonar o corpo na mata, ele doou o edredom a uma pessoa em situação de rua.
Em depoimento, o réu disse que, horas antes, discutiu com a esposa no trajeto do Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá, onde ela desembarcou de uma viagem a São Paulo e ele foi buscá-la, até Juiz de Fora.
Ele confessou o crime após familiares reconhecerem o corpo dela no Posto Médico Legal (PML) da Polícia Civil.
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