Ossadas encontradas em armário e suposto desvio de taxas de cemitério são investigados em Esteio

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Servidor está afastado e responde à procedimento de apuração na prefeitura. Taxas cobradas de familiares para sepultar parentes seriam desviadas por funcionários, conforme prefeitura. Funcionários do cemitério de Esteio são suspeito de fraude
Uma série de suspeitas de irregularidades são investigadas no Cemitério Municipal de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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A Polícia Civil apura a descoberta de ossadas humanas escondidas em um armário da administração do local, e também supostos desvios de pagamentos de taxas cobradas a familiares de pessoas sepultadas.
Além disso, também há a suspeita irregularidades em reformas de sepulturas.
Ossadas no armário
Três ossadas foram descobertas dentro de um armário da administração do cemitário, segundo a secretária de Obras de Esteio, Lilian Heigert.
“Ninguém espera encontrar ossadas dentro de um armário de escritório. Acionamos imediatamente o IGP (Instituto-Geral de Perícias)”, diz a secretária.
O coordenador do cemitério, Fernando Cheruti, que assumiu o cargo em janeiro, foi quem identificou os restos mortais. Segundo ele, uma das ossadas estava enrolada em um lençol do Hospital São Camilo e ainda trazia vestígios de fralda geriátrica, bolsa e roupas — o que levanta suspeitas sobre o descarte irregular de corpos.
O hospital afirma ter aberto uma investigação interna.
Suposto desvio de taxas
Além da descoberta das ossadas, um suposto esquema de desvio de taxas cobradas de familiares de falecidos começou a ser apurado. Ex-coordenador do cemitério, Taiguara Almeida de Cunha é suspeito de cobrar os valores – que variavam entre R$ 1 mil e R$ 7 mil –por dinheiro vivo ou PIX, e não repassar à prefeitura, conforme a lei.
Segundo a investigação, os valores iriam para contas pessoais de pessoas envolvidas no suposto esquema.
Dessa forma, as pessoas que enterravam seus entes queridos no hospital acabavam em dívida com a prefeitura. Foi o que aconteceu com a professora Daiana dos Santos Chaves, que, após perder a mãe em julho de 2024, relata recebido uma cobrança de R$ 750 em taxas, que pagou via PIX, no momento do sepultamento.
“Nos disseram que, se não pagássemos, não fariam o enterro. Tivemos que nos virar na hora. Só depois descobrimos que pagamos para uma conta que nem era da prefeitura”, disse a professora, que perdeu tudo na enchente de maio. A situação só foi percebida quando a prefeitura voltou a cobrar a taxa oficial — que nunca havia sido registrada como paga.
“É muito revoltante. Tiraram a nossa dignidade em um momento de dor”, ela lamenta.
Além do suposto golpe com taxas funerárias, os servidores também teriam oferecido serviços de reforma de túmulos, utilizando materiais supostamente da própria prefeitura. “Eles faziam as reformas em horário de expediente e com nosso material”, explicou a secretária Lilian Heigert.
Taiguara é servidor concursado, foi afastado do cargo e responde a processo administrativo disciplinar (PAD).
À RBS TV, o advogado que representa Taiguara, Diego Palácios de Souza, afirma que o processo administrativo é "infundado e motivado por interesses políticos, sem provas concretas".
A defesa também alega que a descoberta das ossadas ocorreu após seu afastamento. "Medidas legais serão tomadas para anular o processo, denunciar abuso de autoridade e buscar reparação por danos morais", informa, em nota.
Após o início das investigações, servidores da prefeitura, incluindo a própria secretária, afirmam ter sido alvo de ameaças. Uma funcionária relata que precisou até mesmo de escolta da Guarda Municipal por temer por sua segurança.
Investigação na Polícia e pedido de CPI
A Polícia Civil de Esteio encaminhou os casos ao recém-criado Departamento Estadual de Crimes Contra a Administração Pública. Um pedido de CPI tramita na Câmara Municipal.
Em nota, a prefeitura disse que dois sepultadores do cemitério que teriam recebido dinheiro das contas seguem trabalhando, “para não comprometer a “prestação do serviço” no cemitério.
O que diz a prefeitura de Esteio
A Prefeitura de Esteio informa que o coordenador do serviço, suspeito de participar dos desvios, servidor público concursado que tinha uma função gratificada, está afastado até o final do ano, tendo suas horas de trabalho a serem cumpridas descontadas do banco de horas. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que permite a investigação, ainda está em andamento.
Quanto aos sepultadores que foram apontados como participantes, eles estão sendo também investigados, mas a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos optou por não afastá-los pois haveria comprometimento na prestação do serviço .
Sobre os valores desviados, a Administração Municipal está fazendo um levantamento de pessoas lesadas para se chegar ao montante que deixou de entrar nos cofres públicos, o que será divulgado assim que concluída a apuração.
Cemitério de Esteio
Reprodução/RBS TV
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Uma série de suspeitas de irregularidades são investigadas no Cemitério Municipal de Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
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A Polícia Civil apura a descoberta de ossadas humanas escondidas em um armário da administração do local, e também supostos desvios de pagamentos de taxas cobradas a familiares de pessoas sepultadas.
Além disso, também há a suspeita irregularidades em reformas de sepulturas.
Ossadas no armário
Três ossadas foram descobertas dentro de um armário da administração do cemitário, segundo a secretária de Obras de Esteio, Lilian Heigert.
“Ninguém espera encontrar ossadas dentro de um armário de escritório. Acionamos imediatamente o IGP (Instituto-Geral de Perícias)”, diz a secretária.
O coordenador do cemitério, Fernando Cheruti, que assumiu o cargo em janeiro, foi quem identificou os restos mortais. Segundo ele, uma das ossadas estava enrolada em um lençol do Hospital São Camilo e ainda trazia vestígios de fralda geriátrica, bolsa e roupas — o que levanta suspeitas sobre o descarte irregular de corpos.
O hospital afirma ter aberto uma investigação interna.
Suposto desvio de taxas
Além da descoberta das ossadas, um suposto esquema de desvio de taxas cobradas de familiares de falecidos começou a ser apurado. Ex-coordenador do cemitério, Taiguara Almeida de Cunha é suspeito de cobrar os valores – que variavam entre R$ 1 mil e R$ 7 mil –por dinheiro vivo ou PIX, e não repassar à prefeitura, conforme a lei.
Segundo a investigação, os valores iriam para contas pessoais de pessoas envolvidas no suposto esquema.
Dessa forma, as pessoas que enterravam seus entes queridos no hospital acabavam em dívida com a prefeitura. Foi o que aconteceu com a professora Daiana dos Santos Chaves, que, após perder a mãe em julho de 2024, relata recebido uma cobrança de R$ 750 em taxas, que pagou via PIX, no momento do sepultamento.
“Nos disseram que, se não pagássemos, não fariam o enterro. Tivemos que nos virar na hora. Só depois descobrimos que pagamos para uma conta que nem era da prefeitura”, disse a professora, que perdeu tudo na enchente de maio. A situação só foi percebida quando a prefeitura voltou a cobrar a taxa oficial — que nunca havia sido registrada como paga.
“É muito revoltante. Tiraram a nossa dignidade em um momento de dor”, ela lamenta.
Além do suposto golpe com taxas funerárias, os servidores também teriam oferecido serviços de reforma de túmulos, utilizando materiais supostamente da própria prefeitura. “Eles faziam as reformas em horário de expediente e com nosso material”, explicou a secretária Lilian Heigert.
Taiguara é servidor concursado, foi afastado do cargo e responde a processo administrativo disciplinar (PAD).
À RBS TV, o advogado que representa Taiguara, Diego Palácios de Souza, afirma que o processo administrativo é "infundado e motivado por interesses políticos, sem provas concretas".
A defesa também alega que a descoberta das ossadas ocorreu após seu afastamento. "Medidas legais serão tomadas para anular o processo, denunciar abuso de autoridade e buscar reparação por danos morais", informa, em nota.
Após o início das investigações, servidores da prefeitura, incluindo a própria secretária, afirmam ter sido alvo de ameaças. Uma funcionária relata que precisou até mesmo de escolta da Guarda Municipal por temer por sua segurança.
Investigação na Polícia e pedido de CPI
A Polícia Civil de Esteio encaminhou os casos ao recém-criado Departamento Estadual de Crimes Contra a Administração Pública. Um pedido de CPI tramita na Câmara Municipal.
Em nota, a prefeitura disse que dois sepultadores do cemitério que teriam recebido dinheiro das contas seguem trabalhando, “para não comprometer a “prestação do serviço” no cemitério.
O que diz a prefeitura de Esteio
A Prefeitura de Esteio informa que o coordenador do serviço, suspeito de participar dos desvios, servidor público concursado que tinha uma função gratificada, está afastado até o final do ano, tendo suas horas de trabalho a serem cumpridas descontadas do banco de horas. O Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que permite a investigação, ainda está em andamento.
Quanto aos sepultadores que foram apontados como participantes, eles estão sendo também investigados, mas a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos optou por não afastá-los pois haveria comprometimento na prestação do serviço .
Sobre os valores desviados, a Administração Municipal está fazendo um levantamento de pessoas lesadas para se chegar ao montante que deixou de entrar nos cofres públicos, o que será divulgado assim que concluída a apuração.
Cemitério de Esteio
Reprodução/RBS TV
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