Socorristas na Indonésia terão de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta de vulcão para chegar a Juliana Marins

Niteroiense fazia um mochilão pela Ásia e, na madrugada de sábado, no horário local, despencou em penhasco no caminho do cume do Monte Rinjani. Este já é o 4º dia de buscas na Indonésia. Acidente completa 72 horas, e socorristas ainda tentam resgatar brasileira na Indonésia
A equipe do resgate da niteroiense Juliana Marins terá de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta do Monte Rinjani para chegar até a jovem, que no sábado (21) caiu no penhasco do vulcão.
Esta terça-feira (24) é o 4º dia de buscas pela turista. Na madrugada no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o perfil criado pela família de Juliana para concentrar as informações oficiais informou que os socorristas desceram 400 metros pela encosta, “mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650 metros de distância”. “Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem.”
Mapa compara a altura do Rinjani com o Corcovado
Infografia: Veronica Medeiros/g1
⛰️Entenda o tamanho do desafio
O pico do Rinjani tem 3.726 metros de altitude;
O ponto da trilha onde Julia caiu está entre 3.000 metros e 3.100 metros acima do nível do mar;
No sábado, horas após a queda, um drone localizou Juliana a 300 metros penhasco abaixo;
Mas a jovem continuou deslizando pelo precipício e caiu ainda mais — a estimativa da família é que Juliana parou a 650 metros;
Para comparação, o Morro do Corcovado tem 710 metros, mais os 38 metros da estátua;
Isso significa que, para alcançar Juliana, os socorristas precisariam descer quase um Corcovado pelo paredão do Rinjani;
Lara Fassarella Pierri, amiga de Juliana, acredita que a niteroiense possa estar ainda mais abaixo, a 950 metros — ou quase um Corcovado somado a um Pão de Açúcar.
Sem turistas
O Parque Nacional do Monte Rinjani anunciou na madrugada desta terça-feira (24) no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o fechamento temporário da trilha para o cume do vulcão. A medida foi tomada para acelerar o trabalho de resgate de Juliana.
“A trilha de escalada de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada, a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado (até que o processo de evacuação seja oficialmente concluído)”, diz o comunicado.
Segundo a família de Juliana, “as autoridades do parque confirmaram que fecharam o último trecho da trilha, onde estão sendo realizadas as operações de resgate, para evitar a curiosidade dos turistas”. Parentes disseram que uma furadeira e um helicóptero podem ser usados.
LEIA MAIS
Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã
Como é a trilha para o vulcão onde brasileira caiu na Indonésia
Quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia
Informação desencontrada
A família da brasileira negou neste domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho.
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.
Drone flagra brasileira que caiu em trilha na Indonésia
A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados.
"Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele", disse Mariana.
A embaixada do Brasil na Indonésia diz que acompanha o caso e que pediu que a operação de resgate seja feita mesmo à noite. Ao Fantástico, o embaixador admitiu que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.
Segundo nota do Itamaraty, dois funcionários da embaixada do Brasil na Indonésia foram enviados, no sábado (21), para acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. De acordo com a família, essas imagens dela caída na trilha são reais.
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Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.
"O guia falou: 'então descansa' e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu".
"O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana", disse Mariana.
Condições climáticas da trilha onde a brasileira caiu são ruins neste domingo
Reprodução redes sociais
Mapa mostra onde Juliana caiu'
Reprodução/TV Globo
O que se sabe até agora
Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia. A queda ocorreu na madrugada de sábado (21), no horário local — ainda sexta-feira (20) no Brasil.
A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha horas depois.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Quem é Juliana Marins
Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance.
A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada.
A equipe do resgate da niteroiense Juliana Marins terá de descer o equivalente a um Corcovado pela encosta do Monte Rinjani para chegar até a jovem, que no sábado (21) caiu no penhasco do vulcão.
Esta terça-feira (24) é o 4º dia de buscas pela turista. Na madrugada no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o perfil criado pela família de Juliana para concentrar as informações oficiais informou que os socorristas desceram 400 metros pela encosta, “mas estimam que a localização de Juliana ainda está a uns 650 metros de distância”. “Ela estava bem mais longe do que estimaram ontem.”
Mapa compara a altura do Rinjani com o Corcovado
Infografia: Veronica Medeiros/g1
⛰️Entenda o tamanho do desafio
O pico do Rinjani tem 3.726 metros de altitude;
O ponto da trilha onde Julia caiu está entre 3.000 metros e 3.100 metros acima do nível do mar;
No sábado, horas após a queda, um drone localizou Juliana a 300 metros penhasco abaixo;
Mas a jovem continuou deslizando pelo precipício e caiu ainda mais — a estimativa da família é que Juliana parou a 650 metros;
Para comparação, o Morro do Corcovado tem 710 metros, mais os 38 metros da estátua;
Isso significa que, para alcançar Juliana, os socorristas precisariam descer quase um Corcovado pelo paredão do Rinjani;
Lara Fassarella Pierri, amiga de Juliana, acredita que a niteroiense possa estar ainda mais abaixo, a 950 metros — ou quase um Corcovado somado a um Pão de Açúcar.
Sem turistas
O Parque Nacional do Monte Rinjani anunciou na madrugada desta terça-feira (24) no Brasil, meio da tarde na Indonésia, o fechamento temporário da trilha para o cume do vulcão. A medida foi tomada para acelerar o trabalho de resgate de Juliana.
“A trilha de escalada de Pelawangan Sembalun até o Cume do Rinjani está temporariamente fechada, a partir de 24 de junho de 2025, por tempo indeterminado (até que o processo de evacuação seja oficialmente concluído)”, diz o comunicado.
Segundo a família de Juliana, “as autoridades do parque confirmaram que fecharam o último trecho da trilha, onde estão sendo realizadas as operações de resgate, para evitar a curiosidade dos turistas”. Parentes disseram que uma furadeira e um helicóptero podem ser usados.
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Brasileira foi abandonada por guia durante uma hora, diz irmã
Como é a trilha para o vulcão onde brasileira caiu na Indonésia
Quem é a brasileira que caiu em trilha e espera resgate na Indonésia
Informação desencontrada
A família da brasileira negou neste domingo (22) informações divulgadas por autoridades indonésias e até pela Embaixada do Brasil em Jacarta de que a jovem teria recebido comida, água e agasalho.
“Recebemos, com muita preocupação e apreensão, que não é verdadeira a informação de que a equipe de resgate levou comida, água e agasalho para a Juliana. A informação que temos é que até agora não conseguiram chegar até ela, pois as cordas não tinham tamanho suficiente, além da baixa visibilidade”, afirmou Mariana, que está no Brasil.
Drone flagra brasileira que caiu em trilha na Indonésia
A irmã também denunciou que vídeos divulgados como sendo do momento do resgate foram forjados.
"Todos os vídeos que foram feitos são mentiras, inclusive o do resgate chegando nela. O vídeo foi forjado para parecer isso, junto com essa mensagem associada a ele", disse Mariana.
A embaixada do Brasil na Indonésia diz que acompanha o caso e que pediu que a operação de resgate seja feita mesmo à noite. Ao Fantástico, o embaixador admitiu que repassou informações incorretas no início, com base em relatos imprecisos das autoridades locais.
Segundo nota do Itamaraty, dois funcionários da embaixada do Brasil na Indonésia foram enviados, no sábado (21), para acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Juliana foi vista pela última vez por volta das 17h30 (horário local) do sábado em imagens feitas por turistas com o auxílio de um drone. De acordo com a família, essas imagens dela caída na trilha são reais.
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Em uma postagem nas redes sociais, Mariana deu detalhes sobre a queda da irmã na trilha. Segundo ela, Juliana saiu com um grupo de 5 pessoas e um guia local. O grupo já estava em seu 2º dia de trilha, quando Juliana disse que estava cansada para continuar.
"O guia falou: 'então descansa' e seguiu viagem. A gente tinha recebido a informação que o guia tinha ficado com ela, que ela tinha tropeçado e caído. Não foi isso que aconteceu".
"O guia só seguiu viagem para chegar até o cume. A gente só tem essas informações de mídia local. Juliana ficou desesperada porque ninguém mais voltou e caiu. Abandonaram Juliana", disse Mariana.
Condições climáticas da trilha onde a brasileira caiu são ruins neste domingo
Reprodução redes sociais
Mapa mostra onde Juliana caiu'
Reprodução/TV Globo
O que se sabe até agora
Juliana Marins caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, uma das atrações turísticas mais conhecidas da Indonésia. A queda ocorreu na madrugada de sábado (21), no horário local — ainda sexta-feira (20) no Brasil.
A jovem estava sozinha no momento do acidente e foi localizada por turistas que passaram pela trilha horas depois.
Jovem Juliana Marins, 26 anos, caiu em trilha na Indonésia
Redes sociais
Quem é Juliana Marins
Natural de Niterói (RJ), Juliana Marins é formada em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também atua como dançarina de pole dance.
A jovem compartilhou registros da viagem nas redes sociais, onde mantinha contato com amigos e seguidores. O acidente interrompeu abruptamente a jornada.
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