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Laboratórios improvisados, fórmulas da internet e insumos legais: como era a produção de drogas sintéticas do Cartel Brasil

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Laboratórios improvisados, fórmulas da internet e insumos legais: como era a produção de drogas sintéticas do Cartel Brasil
Investigação da Polícia Federal revela que organização criminosa montava fábricas de ecstasy em favelas do Rio com autorização do tráfico e operava em condições insalubres, usando até adolescentes na produção. Cerco ao homem que fez fortuna com produção de drogas sintéticas no Rio
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta semana Vinícius da Silva Melo Abade, de 34 anos, apontado como chefe do Cartel Brasil, uma organização criminosa voltada à produção e distribuição de drogas sintéticas em larga escala.
A quadrilha comprava insumos legalmente e, com fórmulas encontradas na internet, fabricava comprimidos em larga escala em laboratórios improvisados dentro de áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV) — em troca, o Cartel Brasil cedia parte da produção ao CV como “tributo informal”.
Segundo o delegado da PF Samuel Escobar, responsável pela investigação, os espaços usados eram insalubres, sem qualquer controle sanitário ou proteção, com trabalhadores manipulando produtos químicos com as próprias mãos. “A gente via vídeos em que a mistura era feita no chão, com as mãos, sem luva, sem máscara”, disse o delegado.
A mão de obra era formada por traficantes locais e até moradores da comunidade, incluindo adolescentes. “Muitos entravam por necessidade. Alguns eram recrutados para pesar, embalar e até operar as prensas que moldavam os comprimidos”, explica Escobar.
Vinícius Abade, o chefe do Cartel Brasil
Reprodução/TV Globo
Veja, em tópicos, como era o esquema do Cartel Brasil.
?Criação de empresas de fachada
Os criminosos abriam empresas com aparência legal, como perfumarias, barbearias e lojas de cosméticos.
Essas empresas tinham CNPJ regularizado, endereço formal (às vezes residencial) e até autorização para comércio exterior.
Serviam para comprar legalmente insumos químicos usados na fabricação de drogas, disfarçando a verdadeira finalidade.
?Compra legal de insumos
Através das empresas, os integrantes conseguiam adquirir substâncias químicas em distribuidoras regulares, sem levantar suspeitas.
Compravam produtos como ácidos, solventes e precursores químicos usados na síntese de MDA e MDMA (princípios ativos do ecstasy).
Como a compra era legal, a fiscalização era dificultada — mas o uso final era totalmente ilegal.
?Montagem de laboratórios em favelas
Os laboratórios clandestinos eram montados dentro de comunidades dominadas pelo Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Para funcionar nesses locais, o cartel fazia acordos com o tráfico local, oferecendo uma “parceria” em que parte da produção ficava com os traficantes da comunidade.
Esses laboratórios ficavam escondidos em casas, cômodos vazios ou pontos estratégicos da favela.
Produção de drogas sintéticas pelo Cartel Brasil
Reprodução/TV Globo
☠️ Produção improvisada e insalubre
Os locais não seguiam nenhuma norma sanitária ou de segurança química.
A produção incluía: mistura manual de substâncias químicas, muitas vezes sem luvas ou máscaras; uso de balanças de precisão para pesar os insumos; prensas manuais ou elétricas para comprimir os compostos e formar os comprimidos.
Trabalhavam ali traficantes locais, moradores e até adolescentes em busca de dinheiro.
?Criação de pílulas com logotipos
Os comprimidos eram prensados com formatos e logos personalizados, como “Cartel Brasil”, “Bitcoin”, “Lula”, “Bob Esponja”, “Breaking Bad”, “BMW”, “Skull” e “Coca-Cola”.
Isso dava identidade visual à droga e funcionava como “marketing” para atrair consumidores e revendedores.
?Armazenamento e embalo
Após a prensagem, os comprimidos eram contados, embalados e separados por lote.
Esse processo era feito em imóveis alugados exclusivamente para isso, com ajuda de familiares e comparsas.
Drogas do Cartel Brasil
Reprodução/TV Globo
?Distribuição nacional
A distribuição ocorria de duas formas principais:
Por transportadoras: os pacotes saíam do Rio de Janeiro com remetentes e mercadorias falsos, simulando produtos legais.
Por “mulas”: pessoas recrutadas para levar fisicamente a droga para outros estados, em ônibus, carros ou voos, em troca de dinheiro.
?Recebimento de pagamentos
Os pagamentos eram feitos por Pix, transferências bancárias ou dinheiro em espécie.
Frequentemente usavam contas de laranjas, empresas de fachada ou parentes sem renda formal.
Alguns recebiam parcelas do Auxílio Emergencial ao mesmo tempo em que movimentavam centenas de milhares de reais.
?Lavagem do dinheiro
O dinheiro obtido era reinvestido em:
Carros de luxo (como uma BMW registrada em empresa fantasma).
Novos equipamentos de produção.
Abertura de mais empresas de fachada.
Também havia movimentações fracionadas de valores para evitar alertas de órgãos de controle (prática conhecida como “smurfing”).
Produção de drogas sintéticas pelo Cartel Brasil
Reprodução/TV Globo
Produção de drogas sintéticas pelo Cartel Brasil
Reprodução/TV Globo

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