‘Isso aqui não é milícia não, cara: é pior que milícia’, diz PM investigado por oferecer segurança armada durante o expediente

Restaurantes, lanchonetes, mercados e lojas pagavam um ‘salário’ para os PMs pelo ‘serviço’. O grupo de 11 policiais militares alvo da operação desta terça-feira (1º) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) se dizia “pior que milícia” ao extorquir das vítimas. Até a última atualização desta reportagem, 9 militares haviam sido presos.
“Tranquilo, padrinho. Cenzinho por semana, pô, só pra tomar uma água cara, pô. É sem opressão, pô. Isso aqui não é milícia não, cara. Pior que milícia. Se não quiser dar os 100 vai dar m*rda”, diz um PM em um áudio obtido pelos investigadores.
Segundo as investigações, esses policiais militares exigiam dinheiro para fazer “segurança privada” de estabelecimentos comerciais em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os comerciantes que pagam são apelidados de padrinhos.
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), em horário de trabalho, usando fardas e viaturas, os PMs faziam o serviço para restaurantes, postos de combustíveis, farmácias, clínicas, universidades, funerárias, serviços de transporte e até um posto do Detran.
“Rapaziada, para reforçar uma situação ontem: [um campo de] grama sintética nova. Nós fomos lá ontem, desenrolamos alguma coisa. O cara falou que iria falar com o responsável. Mas é aquilo. É bom a guarnição de hoje voltar lá de novo. É, vai ser bom. Vai ser mais um aí, engrossar! Ritmo de festa!”, mostra outro áudio.
Promotores saíram para cumprir mandados de prisão contra 11 policiais militares. Só no 39º BPM (Belford Roxo), eram 6 alvos. Os 11 foram denunciados por organização criminosa, corrupção passiva e peculato, que é quando um funcionário público se apropria de dinheiro se valendo do cargo que ocupa.
Os mandados foram expedidos pela Auditoria da Justiça Militar e foram cumpridos em endereços em Belford Roxo, Nova Iguaçu, Maricá e nos bairros da Pavuna e Bento Ribeiro, na capital.
Segundo o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), os crimes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que os policiais estavam lotados no 39º BPM (Belford Roxo) — alguns permaneceram na unidade.
Os comerciantes beneficiados pelo esquema eram informalmente chamados de “padrinhos”. Entre os estabelecimentos, estavam:
restaurantes;
lanchonetes;
mercados;
lojas;
postos de combustíveis;
depósitos;
farmácias;
clínicas;
universidades;
funerárias;
serviços de mototáxi e transporte alternativo;
feiras livres;
festas populares;
e até um posto do Detran em Belford Roxo.
“Segundo as investigações do Gaesp, a oferta do serviço era contratada pelos comerciantes, com quem os PMs estabeleciam uma relação de dependência econômica, comprometendo os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública”, explicou o MPRJ.
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Policial é preso durante operação do MPRJ
Reprodução/TV Globo
MPRJ e a Corregedoria da PM cumprem mandados contra policiais
Reprodução/TV Globo
“Tranquilo, padrinho. Cenzinho por semana, pô, só pra tomar uma água cara, pô. É sem opressão, pô. Isso aqui não é milícia não, cara. Pior que milícia. Se não quiser dar os 100 vai dar m*rda”, diz um PM em um áudio obtido pelos investigadores.
Segundo as investigações, esses policiais militares exigiam dinheiro para fazer “segurança privada” de estabelecimentos comerciais em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os comerciantes que pagam são apelidados de padrinhos.
De acordo com a denúncia do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), em horário de trabalho, usando fardas e viaturas, os PMs faziam o serviço para restaurantes, postos de combustíveis, farmácias, clínicas, universidades, funerárias, serviços de transporte e até um posto do Detran.
“Rapaziada, para reforçar uma situação ontem: [um campo de] grama sintética nova. Nós fomos lá ontem, desenrolamos alguma coisa. O cara falou que iria falar com o responsável. Mas é aquilo. É bom a guarnição de hoje voltar lá de novo. É, vai ser bom. Vai ser mais um aí, engrossar! Ritmo de festa!”, mostra outro áudio.
Promotores saíram para cumprir mandados de prisão contra 11 policiais militares. Só no 39º BPM (Belford Roxo), eram 6 alvos. Os 11 foram denunciados por organização criminosa, corrupção passiva e peculato, que é quando um funcionário público se apropria de dinheiro se valendo do cargo que ocupa.
Os mandados foram expedidos pela Auditoria da Justiça Militar e foram cumpridos em endereços em Belford Roxo, Nova Iguaçu, Maricá e nos bairros da Pavuna e Bento Ribeiro, na capital.
Segundo o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), os crimes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que os policiais estavam lotados no 39º BPM (Belford Roxo) — alguns permaneceram na unidade.
Os comerciantes beneficiados pelo esquema eram informalmente chamados de “padrinhos”. Entre os estabelecimentos, estavam:
restaurantes;
lanchonetes;
mercados;
lojas;
postos de combustíveis;
depósitos;
farmácias;
clínicas;
universidades;
funerárias;
serviços de mototáxi e transporte alternativo;
feiras livres;
festas populares;
e até um posto do Detran em Belford Roxo.
“Segundo as investigações do Gaesp, a oferta do serviço era contratada pelos comerciantes, com quem os PMs estabeleciam uma relação de dependência econômica, comprometendo os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública”, explicou o MPRJ.
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Policial é preso durante operação do MPRJ
Reprodução/TV Globo
MPRJ e a Corregedoria da PM cumprem mandados contra policiais
Reprodução/TV Globo
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