Corpo de jovem de 19 anos morto em abordagem da PM em SP é velado; policiais foram afastados

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Natanael Venâncio Almeida será enterrado nesta quarta (21). Família contou que rapaz fugiu por estar na moto sem capacete. Secretaria vai analisar imagens das câmeras na farda. Corregedoria acompanha o caso. Corpo de jovem de 19 anos morto em abordagem da PM em SP é velado
O corpo do jovem de 19 anos morto por policiais militares após uma abordagem na Vila Andrade, na Zona Sul de São Paulo, é velado na manhã desta quarta-feira (21). O enterro será em seguida. De acordo com a família, ele foi baleado quando já estava dentro de casa. Dois policiais foram afastados das ruas.
No total, segundo levantamento da TV Globo, ao menos 49 PMs foram afastados de suas funções nos últimos seis meses, quando vários casos de violência policial no estado vieram à tona e fizeram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, rever a sua posição e passar a defender câmeras nas fardas.
A mãe de Natanael Venâncio Almeida disse que ele tinha saído de moto para comprar remédio e, na volta, fugiu dos policiais por estar sem capacete. O caso aconteceu no fim da noite de domingo (18).
Maria Betânia Venancio relatou que presenciou o momento em que o filho foi baleado por um policial.
Ele caiu dentro de casa. Ele disparou a arma dentro da minha casa. Eles entraram e atiraram na minha frente.
Imagens de câmeras de segurança mostram parte da perseguição. Às 22h17, é possível ver o jovem fugindo de três policiais em motocicletas. No boletim de ocorrência, os PMs disseram que, ao abordar Natanael, que levava outro rapaz na garupa, houve confronto, e um dos policiais fez três disparos: dois atingiram o jovem e um acertou a mão do próprio PM.
Uma testemunha que não será identificada por segurança, porém, desmentiu a versão da polícia e afirmou à TV Globo que a arma não pertencia a Natanael.
“O policial colocou a arma do crime no chão”, disse. Outro vídeo gravado após a morte mostra um homem fotografando e entregando uma arma a um policial, supostamente a mesma que foi atribuída à vítima.
O irmão de Natanael, Micael Venancio, também fez críticas à conduta dos agentes: “Meu irmão ficou agonizando lá. Ele morreu de hemorragia porque não foi socorrido”.
O boletim de ocorrência informa que o policial que atirou estava sem câmera corporal. No entanto, na segunda, a própria Polícia Militar afirmou que há imagens do momento do disparo. A Corregedoria da PM investiga o caso e disse que vai começar analisando essas imagens.
Ainda segundo o BO, a Polícia Civil apreendeu duas armas: a pistola calibre .40 do policial e outra pistola 9 mm atribuída a Natanael. Todas as 12 munições dessa segunda arma estavam intactas, o que indica que não foi disparada.
A polícia confirmou que Natanael não tinha antecedentes criminais. Ele morava com o tio na região do Campo Limpo, na Zona Sul, e deixa uma filha de 1 ano e 4 meses.
Jovem Natanael Venâncio Almeida é morto em abordagem da PM na Zona Sul de SP
Reprodução/TV Globo
A ação policial gerou um protesto de moradores na noite de segunda-feira (19), que queimaram um carro na Avenida Carlos Caldeira Filho.
A manifestação aconteceu uma semana após a morte de outro jovem, também de 19 anos, pela PM na região, que fica ao lado da favela de Paraisópolis.
O que diz a Secretaria da Segurança
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que os agentes utilizavam câmeras corporais e que todas as circunstâncias dos fatos são investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar.
"As imagens serão analisadas no decorrer das investigações", apontou a pasta.
Moradores protestam na Zona Sul de SP após morte de jovem durante ação da PM
Reprodução/TV Globo
A SSP afirmou, ainda, que as armas envolvidas na ação foram apreendidas e encaminhadas para perícia e que a instituição não tolera desvios de conduta.
"Laudos periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística e IML e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento do caso. A Polícia Militar reitera que é uma instituição legalista, que não tolera excessos ou desvios de conduta. Qualquer denúncia de abuso por parte de seus agentes é rigorosamente investigada pela corregedoria da instituição."
Moradores protestam na Zona Sul de SP após morte de jovem em ação da PM
O corpo do jovem de 19 anos morto por policiais militares após uma abordagem na Vila Andrade, na Zona Sul de São Paulo, é velado na manhã desta quarta-feira (21). O enterro será em seguida. De acordo com a família, ele foi baleado quando já estava dentro de casa. Dois policiais foram afastados das ruas.
No total, segundo levantamento da TV Globo, ao menos 49 PMs foram afastados de suas funções nos últimos seis meses, quando vários casos de violência policial no estado vieram à tona e fizeram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, rever a sua posição e passar a defender câmeras nas fardas.
A mãe de Natanael Venâncio Almeida disse que ele tinha saído de moto para comprar remédio e, na volta, fugiu dos policiais por estar sem capacete. O caso aconteceu no fim da noite de domingo (18).
Maria Betânia Venancio relatou que presenciou o momento em que o filho foi baleado por um policial.
Ele caiu dentro de casa. Ele disparou a arma dentro da minha casa. Eles entraram e atiraram na minha frente.
Imagens de câmeras de segurança mostram parte da perseguição. Às 22h17, é possível ver o jovem fugindo de três policiais em motocicletas. No boletim de ocorrência, os PMs disseram que, ao abordar Natanael, que levava outro rapaz na garupa, houve confronto, e um dos policiais fez três disparos: dois atingiram o jovem e um acertou a mão do próprio PM.
Uma testemunha que não será identificada por segurança, porém, desmentiu a versão da polícia e afirmou à TV Globo que a arma não pertencia a Natanael.
“O policial colocou a arma do crime no chão”, disse. Outro vídeo gravado após a morte mostra um homem fotografando e entregando uma arma a um policial, supostamente a mesma que foi atribuída à vítima.
O irmão de Natanael, Micael Venancio, também fez críticas à conduta dos agentes: “Meu irmão ficou agonizando lá. Ele morreu de hemorragia porque não foi socorrido”.
O boletim de ocorrência informa que o policial que atirou estava sem câmera corporal. No entanto, na segunda, a própria Polícia Militar afirmou que há imagens do momento do disparo. A Corregedoria da PM investiga o caso e disse que vai começar analisando essas imagens.
Ainda segundo o BO, a Polícia Civil apreendeu duas armas: a pistola calibre .40 do policial e outra pistola 9 mm atribuída a Natanael. Todas as 12 munições dessa segunda arma estavam intactas, o que indica que não foi disparada.
A polícia confirmou que Natanael não tinha antecedentes criminais. Ele morava com o tio na região do Campo Limpo, na Zona Sul, e deixa uma filha de 1 ano e 4 meses.
Jovem Natanael Venâncio Almeida é morto em abordagem da PM na Zona Sul de SP
Reprodução/TV Globo
A ação policial gerou um protesto de moradores na noite de segunda-feira (19), que queimaram um carro na Avenida Carlos Caldeira Filho.
A manifestação aconteceu uma semana após a morte de outro jovem, também de 19 anos, pela PM na região, que fica ao lado da favela de Paraisópolis.
O que diz a Secretaria da Segurança
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse que os agentes utilizavam câmeras corporais e que todas as circunstâncias dos fatos são investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar.
"As imagens serão analisadas no decorrer das investigações", apontou a pasta.
Moradores protestam na Zona Sul de SP após morte de jovem durante ação da PM
Reprodução/TV Globo
A SSP afirmou, ainda, que as armas envolvidas na ação foram apreendidas e encaminhadas para perícia e que a instituição não tolera desvios de conduta.
"Laudos periciais foram solicitados ao Instituto de Criminalística e IML e, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para auxiliar no esclarecimento do caso. A Polícia Militar reitera que é uma instituição legalista, que não tolera excessos ou desvios de conduta. Qualquer denúncia de abuso por parte de seus agentes é rigorosamente investigada pela corregedoria da instituição."
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