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Petróleo, aço e aviões: Tarifaço de Trump contra o Brasil vai impactar exportações de indústrias do Vale e região

Petróleo, aço e aviões: Tarifaço de Trump contra o Brasil vai impactar exportações de indústrias do Vale e região
São José dos Campos, Ilhabela, São Sebastião e Pindamonhangaba devem ser as cidades da região mais afetadas pela taxação, por serem os locais do Vale do Paraíba que mais exportam para os Estados Unidos. Tarifaço de Trump vai impactar exportações da região
Petróleo, aço, ferro e aeronaves. Esses são alguns dos produtos fabricados por cidades do Vale do Paraíba e região bragantina que devem ser impactados com a nova taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos.
Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira (9), uma tarifa de 50% sobre qualquer produto exportado pelo Brasil. A medida entra em vigor no dia 1º de agosto.
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Em carta ao presidente Lula (PT), Trump justificou a medida dizendo ser uma vergonha internacional o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e também afirmou que a relação comercial entre os dois países é injusta - saiba mais clicando aqui.
A decisão de taxar o país deve impactar as exportações das cidades que compõem o Vale do Paraíba e região bragantina, principalmente São José dos Campos, segunda cidade do país que mais vende para o mercado americano, ficando atrás só do Rio de Janeiro (RJ).
Outras cidades da região estão na lista de maiores exportadoras para os Estados Unidos: Ilhabela, São Sebastião e Pindamonhangaba.
Os produtos que o Brasil mais vende para os Estados Unidos são o petróleo, produtos semiacabados de ferro e aço, e aeronaves, segundo o Comex Stat, plataforma do governo federal que divulga dados de importação e exportação.
Presidente dos EUA, Donald Trump
AP Photo/Mark Schiefelbein
O petróleo, combustível mais exportado, é justamente o que São Sebastião e Ilhabela mandam para o mercado americano.
Em seguida, vêm os produtos semiacabados de ferro e aço, como os fabricados em Pindamonhangaba. E as aeronaves, vendidas pela Embraer por São José dos Campos, vêm em terceiro lugar.
Na visão da economista Carla Beni, que é professora da Fundação Getúlio Vargas, mesmo se o tarifaço anunciado se concretize, o Brasil não deve ser prejudicado, já que os produtos exportados para os EUA são de interesse de outros países, podendo abrir novas negociações para exportações fora do eixo americano.
“O que o Trump acabou de fazer é dar um reforço gigantesco para o Brics e para o Mercosul. O que o Brasil exporta para os Estados Unidos são produtos muito desejáveis, o mundo inteiro quer petróleo, quer café, né? São produtos que têm muito mercado”, avaliou Carla.
"Temos que conferir se realmente a ameaça será cumprida e, se for cumprida, aí teremos outro problema que é a busca por novos mercados e a adequação a esse percentual, mas a chance dele (tarifaço) se manter é baixa, pois isso vai ter uma elevação dos preços de uma forma gigantesca para o consumidor americano”, completou a economista.
Ao g1, a Embraer informou que não vai comentar o assunto neste momento.
O presidente Lula convocou os ministros para uma reunião no palácio do planalto para discutir a taxação. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que considera injustas as tarifas anunciadas por Trump e que os Estados Unidos tem superávit com o Brasil, ou seja, eles vendem mais ao Brasil do que compram - saiba mais clicando aqui.
Apesar da crítica, Alckmin garantiu que o governo brasileiro manterá uma postura diplomática nas relações com Washington.
Presidente dos EUA, Donald Trump
WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
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