Linnpy

G
G1
1d

Primeiro-ministro reeleito de Portugal anuncia governo de partido único, sem esquerda nem extrema direita

Primeiro-ministro reeleito de Portugal anuncia governo de partido único, sem esquerda nem extrema direita
Apesar de ter conseguido se manter no cargo após eleição, Luís Montenegro, da aliança de centro-direita, não tem maioria funcional no Parlamento, que está fragmentado e teve um crescimento expressivo de cadeiras do partido de extrema direita Chega. Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, se reúne com partidos após eleições gerais em Lisboa
Reuters
O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, apresentou a formação de seu novo governo ao presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa, nesta quarta-feira (4).
Reeleito para mais um mandato, Montenegro, que assumiu o poder em março de 2024 e faz parte da aliança de centro-direita AD, irá manter a maioria dos ministros que já fazia parte de seu gabinete.
Mesmo após sua coligação não conseguir obter uma maioria funcional no Parlamento, que está fragmentado, o premiê não escolheu nenhum nome da oposição. Nenhum político da esquerda nem da extrema direita - do partido Chega, que ganhou várias cadeiras e despontou como principal força de oposição - foi anunciado.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Quatro ministros deixaram o governo e três novos nomes foram anunciados, além disso houve uma remodelação ministerial.
A pasta da Coesão Territorial foi absorvida pelo Ministério da Economia. A ministra Margarida Balseiro Lopes, que era responsável pela pasta de Juventude e Desporto, passa a ficar também com Cultura.
Um novo ministério também foi criado. Gonçalo Saraiva Matias será o ministro Adjunto e da Reforma do Estado.
Veja todos:
Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: Paulo Artur dos Santos de Castro de Campos Rangel
Ministro de Estado e das Finanças: Joaquim José Miranda Sarmento
Ministro da Presidência: António Egrejas Leitão Amaro
Ministro da Economia e da Coesão Territorial: Manuel Castro Almeida
Ministro Adjunto e da Reforma do Estado: Gonçalo Nuno da Cruz Saraiva Matias
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Carlos Eduardo Almeida de Abreu Amorim
Ministro da Defesa Nacional: João Nuno Lacerda Teixeira de Melo
Ministro das Infraestruturas e Habitação: Miguel Martinez de Castro Pinto Luz
Ministra da Justiça: Rita Fragoso de Rhodes Alarcão Júdice de Abreu e Mota
Ministra da Administração Interna: Maria Lúcia da Conceição Abrantes Amaral
Ministro da Educação, Ciência e Inovação: Fernando Manuel de Almeida Alexandre
Ministra da Saúde: Ana Paula Mecheiro de Almeida Martins Silvestre Correia
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: Maria do Rosário Valente Rebelo Pinto Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia: Maria da Graça Martins da Silva Carvalho
Ministra da Cultura, Juventude e Desporto: Ana Margarida Balseiro de Sousa Lopes
Ministro da Agricultura e Mar: José Manuel Ferreira Fernandes
Primeiro-ministro foi nomeado há uma semana
O presidente de Portugal Marcelo Rebelo de Sousa confirmou a nomeação de Luis Montenegro, líder da Aliança Democrática (AD), como primeiro-ministro no dia 29 de maio.
Em Portugal, o governo não funciona igual no Brasil. O país europeu tem um regime semipresidencialista, formado por um presidente e por um primeiro-ministro.
No dia 18 de maio, os eleitores portugueses votaram para escolher deputados da Assembleia da República, como é chamado o Parlamento português. Os votos, diferentemente do que ocorre no Brasil, são para um partido, não para um candidato.
O partido que obtém mais votos pode ganhar o controle do Legislativo, mas só se conquistar um número mínimo de assentos no Parlamento.
A AD, coalizão de centro-direita liderada por Montenegro, conquistou 91 dos 230 assentos no parlamento — 11 a mais do que na legislatura anterior, mas ainda longe de uma maioria absoluta.
Montenegro recusou-se a fazer acordos com o Chega, partido anti-establishment e anti-imigração, que obteve 60 assentos — dois a mais que o Partido Socialista (PS), que teve seu pior desempenho em quatro décadas.
Eleições em Portugal: coalizão de centro-direita vence, mas não consegue maioria no Parlamento
A eleição, a terceira em apenas três anos, foi convocada após Montenegro não conseguir vencer uma moção de confiança em março, quando a oposição questionou sua integridade devido a negócios da empresa de consultoria de sua família.
Ele negou qualquer irregularidade, e os eleitores acabaram punindo o Partido Socialista por seu papel na queda do governo de Montenegro, em uma eleição que muitos consideraram desnecessária.
Embora o primeiro grande teste do governo deva ser o orçamento de 2026, no final do ano, nenhuma nova eleição parlamentar poderá ser convocada até pelo menos meados de 2026, pois Portugal realizará uma eleição presidencial em janeiro próximo.
Embora isso não garanta estabilidade política, a posição enfraquecida do PS de centro-esquerda provavelmente o tornará uma oposição mais conciliadora, com mais afinidade com a AD do que com o Chega, dizem os analistas, que veem pouco risco de uma paralisia legislativa no médio prazo.

Para ler a notícia completa, acesse o link original:

Ler notícia completa

Comentários 0

Não há mais notícias para carregar