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Justiça do AC determina suspensão imediata da greve dos servidores da Educação de Rio Branco

Justiça do AC determina suspensão imediata da greve dos servidores da Educação de Rio Branco
Decisão assinada na noite desta segunda-feira (2) estabelece multa de R$ 50 mil para o caso de descumprimento e ordena o retorno imediato às atividades escolares. Justiça determina suspensão da greve de servidores da educação municipal de Rio Branco
Aline Pontes/Rede Amazônica
A Justiça do Acre determinou, na noite desta segunda-feira (2), a suspensão da greve dos servidores da Educação Municipal de Rio Branco, que já dura quase duas semanas. A decisão, assinada pelo desembargador Lois Arruda, atende um pedido da prefeitura da capital, estabelece multa diária de R$ 50 mil para o caso de descumprimento e ordena o retorno imediato as atividades escolares.
À Rede Amazônica Acre, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, disse que não foi notificada oficialmente e que o movimento grevista continuará.
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Segundo a decisão, a prefeitura municipal argumenta que a paralisação é ilegal e abusiva, uma vez que os sindicatos não teriam esgotado as tentativas de negociação, nem garantido o funcionamento mínimo dos serviços essenciais, como prevê a legislação.
O Executivo municipal afirma ainda que 47 escolas estão totalmente paralisadas e outras 10 estão funcionando de forma precária, 'afetando o direito à educação de crianças e adolescentes'.
"[A prefeitura municipal] Defendeu a abusividade da greve, ainda tendo em vista, que está sendo utilizada para forçar o Ente municipal a adotar providências que se encontra impedido de realizar, a exemplo de reajuste salarial e implementação de gratificações neste exercício financeiro de 2025, impedimento esse ocasionado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ante a limitação dos gastos com despesas de pessoal", diz parte da decisão.
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No documento, o magistrado destacou que ainda há canais de diálogo abertos entre o Executivo e os sindicatos e que, portanto, a greve foi deflagrada sem o cumprimento de todos os requisitos legais.
A Justiça também apontou falhas na comunicação prévia por parte do Sindicato dos Professores da Educação Básica (Sinproac), que, segundo o magistrado, não teria informado corretamente sobre sua adesão ao movimento.
A Justiça também determinou que o Sinteac complemente sua contestação, apresentando documentos que comprovem a regularidade da assembleia que aprovou a greve.
Negociações e manifestações
Na manhã da última segunda-feira (2), os servidores fizeram uma manifestação em frente à sede da Secretaria Municipal de Educação (Seme), na Avenida Antônio da Rocha Viana. A via chegou a ser fechada em alguns momentos durante o protesto.
Na última sexta-feira (30), uma audiência entre o Sinteac e a gestão municipal, intermediada pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) também acabou sem um acordo.
No dia 29 daquele mês, os manifestantes chegaram a fazer uma vigília em frente à prefeitura, em meio à frente fria que atingiu o estado.
Servidores da Educação protestam em frente à Prefeitura de Rio Branco
No dia 27 de maio, os servidores de escolas municipais protestaram em frente à Câmara de Rio Branco. Naquele mesmo dia, o secretário da pasta, Alysson Bestene, falou que a Seme criou uma comissão de negociação para ouvir as reivindicações da categoria.
No entanto, comentou que há uma proposta de uma reforma da previdência municipal e que é necessário um prazo para analisar os números.
Secretário de Educação Alysson Bestene fala sobre as negociações com professores em greve
Movimento grevista
Segundo o Sinteac, a greve é por tempo indeterminado e o intuito dos protesto é de pedirem que os parlamentarem escutem as reivindicações da categoria. As pautas são:
Reposição do índice de reajuste do piso do magistério e do índice inflacionário para professores e funcionários;
Auxílio alimentação e saúde de R$ 1 mil;
Cumprimento da hora atividade dos professores;
Reajuste nas gratificações da equipe gestora.
Os protestos e indicativos de greve iniciaram no dia 6 de maio. Servidores da Seme fizeram um protesto também em frente à prefeitura e cobraram reajuste salarial. Na época, a categoria decidiu que iria se reunir novamente em outra data para decidir se paralisava ou não as atividades.
Servidores pedem auxílio alimentação e saúde e o cumprimento da hora atividade dos professores, além de outras melhorias
Reprodução/Rede Amazônica Acre
No dia 16 deste mês, os servidores voltaram a protestar por reajuste salarial e melhorias trabalhistas no Centro da capital acreana. As aulas e atividades foram suspensas em diversas escolas por conta do ato.
Na época, funcionários de 80 escolas participaram de uma assembleia deliberativa durante o protesto e decidiram entrar em greve a partir do dia 22.
Servidores da Educação de Rio Branco deflagram greve e cerca de 80 escolas devem paralisar
VÍDEOS: g1

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